Sexta Sei: Materializações do impossível na “in.corpo.ração” de Jup do Bairro

O fim das tentativas: depois de quatro anos de espera, velho lobo de imprensa fala com a artista sobre seu segundo EP 

por Fabiano Moreira
sextaseibaixocentro@gmail.com

Capa do EP “in.corpo.ração” por Wallace Domingues

Entrevistar a Jup do Bairro, 31 anos, é um sonho que nasceu junto à Sexta Sei, há quatro anos, ainda na pandemia, quando solicitei entrevista, aproveitando a sua apresentação virtual na programação do Agosto Multicor, na semana do nosso tradicional Miss Brasil Gay. Na época, ela não deu entrevistas para jornalistas da cidade, apenas para a assessoria do evento. No mesmo dia, quando negou nosso papo, passou a tarde, no Twitter, comentando um episódio transfóbico. Mas a minha admiração seguiu crescendo, ela lançou o clipe absurdo de “O Corre”, um dos muitos incríveis vídeos dirigidos pelo Rodrigo de Carvalho, e não tinha condições de eu guardar qualquer ressentimento, eu queria só dar um rolê com ela naquele carrinho e dividir o “brilho labial”. Em janeiro de 2023, perdi mais uma oportunidade, consegui a entrevista para falar do single “Jup-me”, que caiu, junto com a entrevista, por infração dos direitos de copyright de Benny Benassi. Mas eu tinha esse sonho de entrevistar a Jup, e eu nunca desisti, e hoje ela está aqui, sextando, magnífica, falando de seu segundo EP, in.corpo.ração”, que chega nesta sexta às plataformas. Essa entrevista é, pra mim, muito especial, o ponto alto dessa trajetória de quatro anos da página, o arco do herói, eu e a Jup, no topo da montanha russa, dividindo o gloss. Jup é uma artista completa, uma performer incrível que doma o palco, como assisti, virtualmente, no aniversário pandêmico de 8 annus da Mamba Negra. Falamos, por e-mail, de como esse EP desenvolve as reflexões do “corpo sem juízo” de seu trabalho de estreia, agora embalado em  “influências da variedade de subgêneros da música eletrônica brasileira, como tecno, house, funk e o rap como base” pela dupla Cyberkills, da parceria com os gênios da raça Edgar, Mateus Fazeno Rock e Maria Alcina e das influências encontradas na noite paulistana contemporânea que reverberam no EP, como A Mamba Negra, o Baile da DZ7 e as ballrooms; Com vocês, Jup do Bairro.

“não vou mais chorar nem me lamentar”

Moreira – O EP segue as reflexões acerca do “corpo sem juízo”, que foi o título do seu EP de estreia, de 2020, a partir da filosofia de Spinoza. Se o primeiro EP investigava o que pode um corpo sem juízo, este segundo volume pergunta o que não pode e o porquê. Quais foram as suas conclusões com essas reflexões? Você tem expressado expansões de potência com esse trabalho, né?

Jup do Bairro – Acredito que hoje me sinto mais madura, desde que comecei a investigar meu corpo a partir da arte, política e filosofia. Ao questionar o que podia um corpo sem juízo, percebo que pode muitas coisas ou quase tudo. Foi a tentativa de me sentir pertencente e fazer com que acreditassem em mim, por isso a campanha de financiamento coletivo em 2019 não só pra fazer com que meu disco acontecesse de forma efetiva, mas que minha trajetória pudesse acontecer também de forma afetiva. Não há limites para sonhar, apesar de ter meus sonhos ceifados inúmeras vezes,” in.corpo.ração” é uma fresta do meu imaginário que se torna real e assim incorporo em mim o que quero viver. 

Incorporar é transcender os limites do corpo, é se fundir com a possibilidade e a conexão mais porosa do hoje em que transformo em registro, contação de história que possa reverberar em outras histórias tão histéricas quanto a minha. Talvez seja um dos trabalhos mais sinceros comigo mesma, assim como os outros também foram, mas esse se conecta com o meu eu de hoje. É musicalmente eclético sob influências da variedade de subgêneros da música eletrônica brasileira como tecno, house, funk e o rap como base, mas acredito ser também um disco pop

"lave sua boca (suja) quanfo for falar de mim"
"mulher do fim do mundo"
"espero que este samba te encontre bem"

Moreira – As duas participações desse álbum são de dois dos artistas mais potentes da atualidade, com poéticas muito próprias e muito pessoais, os gênios que são Edgar e Matheus Fazeno Rock. Curioso que você fala em um “dream team dos meus artistas favoritos”, e me sinto da mesma forma quanto a eles, duas das entrevistas mais desejadas da página. Como foi trabalhar com esses gigantes? Como os trabalhos de vocês se entrelaçam?

Jup do Bairro – Existem artistas que me fazem sentir porosa ao primeiro instante em que entro contato com sua obra, com Edgar e Mateus Fazeno Rock foi exatamente assim. Edgar é um amor antigo, mais de dez  anos que aprecio e me reconheço em sua mente inquieta, como a minha. Música, performance, cinema, moda e todas as possibilidades do fazer “arteiro” Edgar já transitou e isso me excita, é o tipo de pessoa que eu quero construir e imortalizar algo junto, não poderia ser diferente. Conheci Mateus Fazeno Rock em 2020 com “Rolê nas Ruínas”, seu disco de estreia. Desde lá, ele se tornou um dos meus artistas favoritos de todos os tempos. Suas composições, sonoridade e atitude rockstar me cativam a cada momento. Sem contar que uma pessoa doce, daquelas que queremos estar do lado sempre. Participei do impecável disco dele “Jesus Ñ Voltará”, de 2023, mas, pra mim, ainda não era o bastante. Quando compus minha parte de “não vou mais chorar nem me lamentar”, inevitavelmente, pensei em juntar os dois nessa faixa, como um dream team com alguns dos meus artistas favoritos. Fiz uma guia, apresentei para eles, e toparam. Ainda no ano passado, apresentamos essa música em um show e foi astronômico! Agora esse encontro está registrado para a eternidade.

“sinfonia do corpo - in.corpo.ração”

Moreira – Também tenho adorado acompanhar o trabalho da dupla CyberKills, em colaborações com Irmãs de Pau, Mia Badgyal, Boombeat, Linn da Quebrada, Pabllo Vittar, Gloria Groove, Jaloo… Como foi a troca artística com eles? 

Jup do Bairro Eu amo trabalhar com o CyberKills, acho que esse é o mote principal do nosso encontro e por isso tem dado tão certo. Suas mentes criativas e cheias de referências se conectam com a minha vontade de insistir em fazer música. CyberKills assumem a produção e dividem a direção musical comigo dessa aventura sonora totalmente inédita no meu trabalho, apesar de flertar muito com esses ritmos ao longo da minha trajetória. O funk é muito presente nesse cenário, mas ousaria dizer que sonoridade nasce em um baile punk de favela e, principalmente, as influências encontradas na noite paulistana contemporânea. A Mamba Negra, o Baile da DZ7, as ballrooms espalhadas por toda a cidade. Queríamos criar um repertório que comunicasse de uma forma objetiva mas criativamente sob a trilha sonora que consumimos. Acredito que tenha muito de Deize Tigrona e Tati Quebra-Barraco, mas também de Leci Brandão, Alcione e, inclusive, Elza Soares, que interpreto “Mulher do Fim do Mundo”, inclusive. Mulheres que me fizeram sonhar e os produtores MU540, Bonekinha Iraquiana, BADSISTA, EVEHIVE, YKYMANI, Dj Bassan, Dj Caio Prince, FUSO! e o próprio CyberKills por exemplo, que ilustram e me enchem de criatividade. É como um cenário romântico, nossas almas se encontram – se isso é possível.

Moreira – “Amor de Carnaval” foi lançada no carnaval com participação de Maria Alcina, uma artista de voz grave que sempre desafiou as convençôes de gênero. Como foi trabalhar com ela, que é uma artista monumental? E porquê fazer uma nova versão para o EP?

Jup do Bairro – Maria Alcina é uma grande referência pra mim e já viveu muitos carnavais, foi uma honra imensa viver esse carnaval com ela. É emocionante e inspirador ver a relação dela com a arte, o quão ela está entregue e com tanta vontade de fazer, além de ser uma das pessoas mais generosas que já conheci. Incorporo um pouco de Alcina em mim pois quero incentivar pessoas como a própria me incentivou com sua vontade de viver e se sentir viva. “Amor de Carnaval” é a abertura desse novo momento que me encontro artisticamente, a faixa entra no EP como um spoken words, ou uma carta que escrevo pra mim e marca a abertura da faixa seguinte “mulher do fim do mundo” onde também incorporo Elza Soares para interpretar de uma forma inédita a faixa que foi imortalizada em sua voz. Uma homenagem a essas mulheres que inspiraram a criação da minha mulheridade, minha travestilidade. E se eu chorei sem querer chorar, profetizo que também sou essa mulher do fim desse mundo e vou cantar.

Moreira – Está um primor a direção de arte de Gabe Lima, que belezura, tudo tão azul. Qual foi o conceito do qual vocês partiram? Novamente, há uma certa aura infantil nas imagens que você está com o dorso desnudo, é uma intenção?

Jup do Bairro – “in.corpo.ração”, além de ser minha primeira aposta conceitual mais elaborada desde “CORPO SEM JUÍZO” de 2020, é uma celebração junto com quem esperou por lançamentos. Pensando nisso, juntamente com Gabe Lima, eu quis que cada faixa ilustrasse sua própria contação nessa história. Em “sinfonia do corpo – in.corpo.ração” vivo uma pomba – ou anjo, incorpora que a matéria humana em posição de ataque com uma arma feita com câmeras fotográficas, obra feita por Allan Weber que pra mim significa o registro como arma de sobrevivência ao tempo, de registro cultural do nosso presente. E é isso que procuro fazer com minha arte, registrar o tempo e a minha versão de minha própria história. A narrativa se estende durante todo o processo de criação onde “lave sua boca (suja) quando for falar de mim” apresentamos esse espaço azul celeste que foi a cor escolhida para compor o principal tom desse cenário. A cor foi escolhida a partir das pesquisas que fizemos sobre o uso dela em igrejas cristãs e a coincidência dos bares, principalmente de periferias. O azul celeste é a cor do infinito, do céu, do mar. É uma cor divina, um convite à contemplação, que convida a sonhar e a navegar. Em “não vou mais chorar nem me lamentar” incorporo essa cor em meu corpo, um face painting feito pelo maquiador Edu Castro, quem assina a beleza de todo esse material, e induz a pensar que também incorporei a casa que essa personagem vivida por mim esteve durante todo esse tempo. Já as imagens de “espero que esse samba te encontre bem” e “mulher do fim do mundo” é quando esse corpo sai de casa em busca do extraordinário, fabuloso e se depara com o brilho do breu. Fogos de artifício, sinalizadores e também o grito, mostra a urgência de ser vista, ouvida, já que esse corpo-espiritual sai de sua solitude e se encontra num mundo novo onde ele quer se fazer pertencente. A elaboração desse material conta também com inserções das obras do artista Estevão Silva, conhecido como “Gaudí Brasileiro”, que transformou sua casa em um castelo quase surrealista no Paraisópolis, zona sul de São Paulo. E também a imersão criativa minha e de Gabe sob artistas plásticos negros ao redor do mundo que nos serviram de inspiração, transformando o lúdico de imaginação em registros reais e materializações do impossível.

Abaixa que é tiro!💥🔫

Eu adoro a Clara Castro. Desenvolvemos uma amizade virtual, ela apóia demais aqui o projeto da Sexta Sei com o envio de pix, inshalá, é amiga do site antes disso e, como diz o Emicida, “quem tem um  amigo tem tudo”. Mesmo que virtual. Já assisti a um bom show seu no Parque Halfeld, antes da pandemia, destaquei seu trabalho na segunda página aqui, no primeiro ano da Sexta Sei, resenhei seu álbum “Ana”, no qual fui surpreendido pela voz da minha grande amiga Vera Leitão, e sou louco pelo clipe dramático e surrealista de “Enquanto os homens dormem”. Também estou de olho no trabalho do namorado, Nathan Itaborahy, que passou pela última playlist sextante com a bela “Carta para Roux”. Nesta sexta, Clara lança o primeiro single de seu próximo álbum, “Perambule”, a canção “Hora de Acordar”,  com melodia de outra gigante de Jufas,  Tata Rocha, da banda que amamos e também sexta Tatá Chama e as Inflamáveis. A letra foi composta na pandemia, “a partir de um olhar à paisagem vazia” e, quatro anos depois, ganha essa nova versão, primeiro single de seu terceiro disco, previsto para agosto. A faixa mistura sons orgânicos a programações e sons sampleados, entre a MPB, indie rock e um pop alternativo. Nathan participa com bateria, teclados, beat, programações, samples, synths e efeitos, e a guitarra é do querido e talentoso Lucas Gonçalves, da Maglore, obviamente, sextante. O trabalho se desdobra ainda em um registro audiovisual, um “cinema do cotidiano” dirigido por Anas Obaid com um olhar documental para cenas do dia a dia, com os artistas observando a cidade pela tela do portão de uma garagem. “O cotidiano, em sua banalidade, oferece cenas extraordinárias, e documentar tudo isso dá centralidade para elementos e lugares comuns da cidade”, conta Clara, essa artista gigante.

Foto Dayanna Andrade
“Oproprio” (Yago Oproprio)
“Deixa com a gente” (Antonio Neves)
"Amaríssima", Melly
“folhas” (Gustavo Galo)
"Periigo Imediato" (Laiuiz)
“Frevália” (Romero Ferro)

Sexta passada não teve página, pois aproveitei o feriado para descansar e fazer aquela pausa recomendada por Drummond, mas discos importantes foram lançados, e não posso deixar de recomendar seis deles.

“Oproprio”, de Yago Oproprio, rapper da Zona Leste de São Paulo, chegou indo direto pra lista de melhores álbuns do ano, pois é inovador e de qualidade do começo ao fim. Eu já tinha falado aqui do seu EP de estreia, “O Inquilino”, mas o álbum, lançamento da Som Livre, é único e genial, com uma nova forma de se fazer rap e um curta-metragem com três faixas e direção de Ênio Cesar, Larissa Zaidan e Luis Carone, conforme dei na última playlist. O estilo é melódico e calcado no boom bap, com temas do cotidiano e produção de Patrício Sid. O projeto gráfico do álbum é lindo e assinado pelo diretor criativo Fernando Marar, com pintura de Rodrigo Branco.

“Deixa com a gente”, terceiro álbum do multi-instrumentista Antonio Neves, também chega direto pra lista de melhores do ano, comemorando vinte anos de carreira do artista, que fez show recente em Jufas. Um álbum frasista, leve e bem humorado, que tem o samba como personagem principal. Filho de Eduardo Neves, renomado maestro e multi-instrumentista, o artista iniciou sua carreira em shows de samba de gafieira e acompanhou nomes como Teresa Cristina, Hamilton de Holanda e Leo Gandelman. A capa, com mesa de sinuca, remete aos bares da Lapa. “Mas, diferente do taco, eu tô matando a última bola com o trombone, que é uma forma de exaltar esse instrumento presente em gravações do Cartola, Nelson Cavaquinho, João Nogueira, Elton Medeiros e tantas outras referências do samba”, conta. Impossível não se apaixonar e se entregar à malandragem do samba autodepreciativo “Carismático”,  ‘a galhofice de “Abóbora”, na qual a carruagem do artista está se transformando no vegetal, e a “Rua Mata Cavalos 91”, berço do samba, onde “vai ser um pega pra capar”. Delícia de álbum.

Yago Oproprio por Joao Arraes
Antonio Neves
Melly por João Arraes
Hustavo Gallo
por Gabriel Luiza Bernal

“Amaríssima”, da baiana Melly, traz sons que vão do pop ao R&B, passando por ritmos e elementos predominantes na música baiana, como o pagode, o samba-reggae e o ijexá. Ela assina todas as composições e a direção musical do disco, que tem participações de Liniker em “10 minutos” e de Russo Passapusso  em “Rio Vermelho”.

“Frevália”, de Romero Ferro, mostra uma experiència bem sucedida da mais nova tendência do mercado de música, que é lançar os álbuns em dois EPs que se unem ao final. Eu falei da primeira parte em fevereiro, na minha página na Híbrida. A segunda parte chegou com classe e participações de Fafá de Belém, dona Lia do Itamaracá, Rodrigo Alarcon e Bixarte, enfim, chique como o Romero, que é um querido, assim como seu marido, Maurício Spinelli.

“folhas” também vem na trend do álbum em duas partes, com Gustavo Galo, conhecido por integrar a Trupe Chá de Boldo e por sua sensibilidade poética, mostrando o primeiro lado minimalista do trabalho, antes da chegada de seu ‘lado B’, “fruto”. O álbum é do selo Pequeno Imprevisto e tem participações de Juçara Marçal, Bruna Lucchesi, Ná Ozetti e Negro Léo. E nada vai ser mais bonito do que a imagem de “Alzira E criando folhas com as filhas”, no caso, Iara Rennó e Luz Marina, em “Pensando em Alzira E”, lançada no ano passado.

“Perigo Imediato, segundo álbum de Lauiz, é uma indicação do meu amigo Waguinho MPBDoll, da Dobra Discos. Na verdade, eles são irmãos separados no berço, e o pessoal da Matraca Records já está providenciando o exame de DNA, risos. Lauiz é integrante da banda Pelados, que excursionou com a nossa André Medeiros Lanches, e faz algo bem difícil, que é misturar música com humor, o que é para poucos gênios, como os irmãos Baptista. “Baby, me bota dentro do microondas” foi a minha porta de entrada, indicação do Waqguinho. O álbum tem feats com YMA, Irmão Victor (que eu adoro) Farme, João Barisbe. Theo Ceccato, Helena Cruz e Vicente Tassara. Vale a audição.

Está no ar a coluna de maio com os lançamentos LHBTQIA+ para a Revista Híbrida segundo este Moreira, com belos álbuns de WILLOW, Vivian Kuczynski, Priscilla,  Natania Borges. Orville Peck e Billie Eilish, EP “deuZONAS – vozes ferozes” e singles de Teto Preto e Jup do Bairro, Leyllah Diva e Sabrina Lopes e a dupla que eu amo Sofi Tukker. 

“Baby, meu popô é grande / E eu sou generosa / Não dá pra ser só de um / A tropa toda quer meu bumbum”, canta a vocalista do duo Sofi Tukker, Sophie Hawley-Weld, no primeiro single, “Throw some ass”, primeira mostra do terceiro álbum do duo que forma com Tucker Halpern, “Bread”, que chega em 23 de agosto, um acrônimo de “Be Really Energetic and Dance”. Entre os convidados especiais do álbum, estão Kah-Lo, MC Bola e Channel Tres.

“Throw Some Ass” tem letra baseada na jornada de Sophie em busca de uma cura para sua dor crônica nas costas. Depois de experimentar médicos e vários tratamentos, o alívio finalmente chegou quando seu coreógrafo brasileiro exigiu que ela jogasse a bunda. A sonoridade tem muito do Brasil, com sons e elementos do funk brasileiro. Tucker experimentou o ritmo depois de algum tempo no Brasil, no Carnaval do ano passado. O clipe foi filmado na deslumbrante residência do governador do Rio de Janeiro, o Palácio das Laranjeiras, apelidado de “Centro Sofi Tukker para bundas que não mexem bem”. Ali mesmo, eles fizeram o próprio hospital, com o Dr. Tucker usando calças sem bunda e uma aula de hidroginástica com pesos de mão feitos de baguetes. A dupla, indicada ao Grammy, anunciou sua maior turnê norte-americana até o momento, que terá início em 18 de setembro em Austin.

Lúdica Música no Palco Central por Cadija Costa
Banda Saginata na foto de Lucas Esteves
Digão
Caio Luccas
Sara e Nina por Beto Pego (aka Betina Polaroid)
João Rock
N.I.N.A_por Louquera
Carne Doce
Thiaguinho
I ❤️PRIO Blues & Jazz Festival . Foto do querido @diegopadilha _ PAD-
Batalha no Espaço Hip Hop por Matheus Pereira Pires

Depois de uma avassaladora passagem pelo projeto Palco Central, no Cine-Theatro Central, com direito a homenagem a Joãozinho da Percussão, o trio que amamos  Lúdica Música, formado por Rosana Britto (voz, guitarra, percussão), Isabella Ladeira (voz, percussão) e Gutti Mendes (voz, guitarra e percussão), comemora 33 anos de rolês nesta sexta (7), às 21h, na Versus. No sábado (8), às 21h, a casa recebe Digão, vocalista dos Raimundos, faz show com Os Spoilers, banda com os  integrantes Johnny Zanei, Gui Amaral, Antônio Frugiuele, Leo Rota e Henrique Cepuvelda.

Na Occaponto da gente, tem Roko. sexta (7) e Arrasssta e Rick Guilhem, no sãbado (8), tudo na faixa, a partir das 19h.

No sábado (8), às 15h. é dia de rock no clube Necessaire, com shows com as bandas Brita, Zumbi.raCoração Quebrado, Passos Largos e Saginata. A entrada é o valor que cada um puder doar no pix : 54.465.282.0001-21, e o montante será direcionado ás vìtimas das enchentes no Sul.

O I ❤️PRIO Blues & Jazz Festival chega ao fim, no  Teatro I ❤️ Prio, no Rio de Janeiro, com três noites especiais, com Nelson Faria recebendo Azymuth| (7), Paulinho Moska (8) e Rodrigo Suricato (9), às 17h, com entrada franca.

O rapper Caio Luccas faz show no sábado (8), às 22h, no Cultural.

As drag-queens Sara e Nina, a primeira sextada do ano por aqui, apresentam com o show “Minhas Mulheres Tristes – Uma ode furiosa ao Samba Canção”, sexta (7), às 21h,  no Dolores Club, na Lapa, e no sábado (8), na Arena Carioca Abelardo Barbosa, em Pedra de Guaratiba, no Centro do Rio. Dá para assistir ao show no YouTube aqui.

Sexta (7) e sábado (8), o Circo Voador recebe o Presença Festival, com Luedji Luna, Majur, N.I.N.A. e Bloconcé (7) Preta Gil, Gaby Amarantos, MC Soffia (8) e balls nos dois dias da Hell de Janeiro Ball. O line-up é formado 100% por mulheres negras nas duas noites. No dia 13,  Mangolab, Noize e Circo promovem o evento “Um som pro Sul”, em prol de trabalhadores, músicos e casas de show afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. No palco, um show especial com nomes como Ana Frango Elétrico, Biltre, Clarice Falcão, Rachel Reis e grande elnco, acompanhado pelos músicos da Nova Orquestra.

O Festival Salve o Sul acontece no dias 7 e 9, no Allianz Parque, em São Paulo, com Luisa Sonza, Pedro Sampaio, Amigos, Ludmilla, Carlinhos Brown e mais. No link, tem como doar para as vítimas das chuvas.

No sábado, acontece o clássico festival João Rock, em Ribeirão Preto, com Emicida e Pitty, Duda Beat, Maria Gadú, Negra Li, Djavan, Lulu Santos, Ney Matogrosso, Veigh, Teto, Ebony, Marina Sena, Detonautas, Samuel Rosa, CPM 22, Charlie Brown Jr. e mais.

Tem baile charme no Espaço Hip Hop da gente, domingo (9), a partir das 13h, gostoso demais. É só chegar.

No domingo (9), às 18h30, tem Carne Doce no Teatro Rival Petrobras, no Rio. No sábado (8), às 21h, um dos shows que eu mais quero ver no momento, que é Mãeana canta JG, com a gata embalando, com na sua perfeita afinação, João Gilberto e João Gomes.

Simone e Ney Matogrosso, Marisa Monte, Zélia Duncan e Silva, Seu Jorge, Mlly ee Rachel Reis, Larissa Luz, Carlinhos Brown e Hiran, Céu e Xamã, Sandra Sá, Margareth Menezes e Sued Nunes, Cida Moreira e Rico Dalasam são algumas das atrações do Prêmio da Música Brasileira, em sua 31ª edição, no dia 12 de junho, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, uma celebração especial dedicada a Tim Maia. A noite premiará os artistas, compositores, produtores e musicistas que mais se destacaram no decorrer de 2023, em 32 categorias, com  transmissão tido ao vivo pelo Canal Brasil e pelo canal do Prêmio da Música Brasileira no YouTube.

“Caraca. Muleque”, o Thiaguinho apresenta o show “Sorte” no dia 12 de junho, quarta, dia dos namorados e véspera de feriado, no Terrazzo.

Playlist com as novidades musicais da semana, que consolida às 2h da sexta. Todas as playlists de 2023,  2022, 2021 e 2020 nos links


Para melhores resultados, assista na smart TV à playlist de clipes com Billlie Eilish, Foster the People, Kings Of Leon, Omar Apollo, Moacyr Luz + António Zambujo + Pierre Aderne, Mdou Moctar, Residente + Amal Murkus, Hamilton de Holanda + Gonzalo Rubalcaba, Ringo Starr, Yemi Alade, Ebony, Brisa Flow + Abi Llanque, Doechii + JT, Jovem Dionisio, Tz da Coronel + Russ Millions + DJ Alle da Coro, Tokischa, Souza ZV, Toninho, Erikka, Aurora e Trinity the Tuck

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