Sexta Sei: Quero o meu amor de verão, na próxima estação, quebrando tudo com o som da Maglore

Banda apresenta show de seu último disco, o beatlemaníaco “V”, nesta sexta (7), no Sensorial, com ativismo e romantismo

por Fabiano Moreira
sextaseibaixocentro@gmail.com

Fotos por Azevedo Lobo

Depois de quatro anos do primeiro show na cidade, a banda Maglore volta a Jufas para show da tour do quinto álbum de estúdio, o romântico e, ao mesmo tempo, político “V”, lançado em agosto, com composições de Teago Oliveira (voz e guitarra) e Lucas Gonçalves (voz e baixo). A banda ainda traz, na formação, Lelo Brandão (guitarra e synth) e Felipe Dieder (bateria). O show de hoje rola às 23h no Sensorial.

Bati um papo com Lucas Gonçalves, que é leitor aqui da página, no qual falamos da influência dos Beatles na criação do disco (incluindo a capa que faz referência a “Hard Days Night”/1964), de um toque mineiro em “Vira Lata”, da estética de voz dobrada do disco, simulando um delay bem curto, da necessidade de o discurso político e social do disco ir além da bolha, do amor presente na obra da Maglore e dos trabalhos solo dele e de Teago Oliveira.

A capa de “V”

Moreira – Já que estamos em Minas, para cá puxarei a sardinha: esse disco tem muita influência do Clube da Esquina e das melodias de Beto Guedes? Vi que foi gravado no estúdio Ilha do Corvo, em Belo Horizonte… E sempre que eu ouço eu penso, esse baianos estão olhando pra gente!

Lucas Gonçalves – Boa! A música mineira tem sua presença no disco sim, todos nós gostamos muito. Mas acho que veio mais por conta da influência dos Beatles mesmo, que também era muito presente na obra do Beto Guedes, principalmente. As harmonias vocais, as guitarras em seus arranjos mais solares, os arranjos de cordas também. Leonardo Marques, que divide a produção com a gente, tem essa referência em seus trabalhos também, além de sempre trazer muitas novidades sonoras para a banda. De canção e harmonia, acho que “Vira Lata” seria essa canção mais mineira do “V”, na minha opinião.

“Amor de verão”

Moreira – Os vocais são uma atração à parte no disco, né, além do Teago Oliveira, acho que a presença da voz do Lucas Gonçalves é muito marcante. Como vocês trabalharam estes arranjos? Ficou bonito pra c…, hein…

Lucas Gonçalves – Nesse disco tem algumas canções minhas e, mesmo nelas, achamos importante dobrarmos a voz com o Teago. Eu amo essa estética de voz dobrada, que simula um delay bem curto, mas para além disso, traz mais força pras músicas também. Nas músicas do Teago, eu e Leo Marques ficamos buscando uns espaços para arranjos vocais. Aliás, tem um coro no final de “Amor Antigo” que a banda toda faz junto.

“Éles”

Moreira – Estamos em tempos de eleição, e esse é um disco muito político, né, como fica nítido no clipe de “Eles” e na faixa “Maio, 1968”, vocês acham importantes esses posicionamentos, como artistas? O Brasil torna impossível não se posicionar? O quão políticos vocês são?

Lucas Gonçalves – Pelo jeito que as coisas vão, acho importante se posicionar, não somente para influenciar pontos de vista, mas para incitar debates sobre o que está havendo. O problema é quando essa discussão fica dentro da própria bolha e todos ali já estão em concordância entre si. O último domingo deixou claro como o Brasil funciona. É preciso se posicionar e mais importante do que isso, é preciso ir além dessa bolha. Não tem como fugir, isso influencia muito no dia a dia do nosso fazer artístico.

Moreira – O disco também fala muito de amor, inclusive o próprio, é outra bandeira forte da Maglore. Vocês são românticos?

Lucas Gonçalves – Pois é! Esse disco tem a sua carga de romantismo, mas também foge para a realidade assim que é possível, para contextualizar. Acho que algumas canções têm um teor que mira a era de ouro, os anos 70, todas aquelas transformações, a juventude hippie, o dedo em “V”, liberdade, etc. A estética sonora também propõe isso.

“Ver-a-cidade (outra praça de ser)”, do segundo disco de Lucas Gonçalves, “Verona”

Moreira – Eu curto muito o trabalho solo de Teago e Lucas, como andam essas carreiras paralelas? E a rotina de shows da banda? Voltando ao normal após o período mais fechado da pandemia? Como está sendo esse retorno?

Lucas Gonçalves – Eu sigo aqui, gravando as minhas músicas, tentando um show por mês em São Paulo, que é onde moro atualmente. Agora que iniciamos a turnê do “V”, é normal que se desacelere a carreira solo, principalmente no que se diz respeito à criação. É necessário tempo para mergulhar e vivenciar as experiências com intensidade. Voltar aos palcos têm sido importante para reafirmar o que somos. A Maglore é uma banda sem o selo “hype”, mas que tem muito público pelo Brasil. E o público é acolhedor demais e fortalece muito o nosso trabalho. Cada noite memorável por aí, com muitos encontros especiais. Juiz de Fora não vai ser diferente.

Abaixa que é tiro!💥🔫

Mari
Medina
Pekena Lumen
Pekena Lumen
Mari
Pekena Lumen
Marianna

Fiz um trabalho na Zona Norte por algumas semanas e pude contemplar diversas intervenções urbanas de grafite nos abrigos de pontos de ônibus. Tudo isso é resultado de um edital, “Caminhos das Artes Urbanas” (Caur), iniciativa do Programa Boniteza, da Prefeitura de Juiz de Fora, que promoveu a pintura de 52 abrigos. Entre os coletivos que ganharam o edital, estão  “Alcateia Urbana”, “Caminho Estúdio Criativo”, “Graffiteiras da Mata” e “Underground Graffiti Crew (UGC)”. A iniciativa é da Secretaria de Governo (SG).

Mariana
Sofia Assis

Esse Dia das Crianças (12) tem lançamento especial na Netflix, a série de animação “O Menino Maluquinho”, adaptada da obra original de Ziraldo, lançada em 1980. O trailer que saiu já avisa que vai ser da hora demais. Desde o seu lançamento, na década de 1980, os livros de Ziraldo foram publicados em mais de dez países e venderam mais de 4 milhões de cópias. A produção é da Chatrone, com  adaptação de Carina Schulze e Arnaldo Branco, direção de Beto Gomez e Michele Massagli, direção de arte de Beta Kruger e Walkir Fernandes e direção de animação de Fits.

'Rock, o livro", na volta da Necessaire
Martiataka no Maquinaria
Gramboy e a festa Bang
Sandra Portella no Moinho
ETC. Foto: Gabriel Venzi
Palhaços Maria Pudim e Claudio
A banda OBEY! lança o EP “[Des]Humano“
Le Petit Cirque no Independência Shopping.
Paramore no Brasil, todas pira

Hoje (7), às 19h, tem lançamento de “Rock o Livro”, na  Necessaire, em São Pedro, com discotecagem de Edson Leão e Rosa Martins. Também nesta sexta (7) , às 19h, tem Sandra Portella com entrada franca no Moinho.

Hoje (7) a banda que eu gosto Martiataka festeja dez anos do lançamento do terceiro álbum do grupo, “Marginal” (2012) às 20h, no Beco. 🔥 A festa ainda terá shows da Banda Contratempo e do trio Três é Ímpar, formado por Lucas Soares (violão), Luciano Baptista (gaita) e Geison Vargas (bateria). O finde no Beco está quente e emenda com o feriado, com Bang, no sábado (8), e Encontro de Compositores, na segunda (10).

A banda OBEY! lança seu o EP “[Des]Humano”, sábado (8), às 22h, no Café Muzik.

No sábado (8), a banda que eu gosto ETC faz show, às 20h, no Cultural, comemorando 11 anos de rolê.

Um espetáculo infantil com números de palhaçaria, mágica, malabares, equilibrismo, o “Circo do só ele”, tem apresentações, sábado e domingo (8 e 9), às 16h,  no Museu Ferroviário de Juiz de Fora. No elenco, estão Rodrigo Mangal, Mara Bontempo, Revelino Mattos e Leonardo Vital.

Sexta (7) chega ao estacionamento do Independência Shopping o Le Petit Cirque, em cartaz até 15 de novembro. As sessões ocorrem de segunda à sexta, às 20h, e aos sábados, e domingos e feriados, às 15h, 17h30 e 20h.

Depois de quatro anos sem lançamentos, a Paramore voltou com tudo com o hit instantâneo This is why” e anunciou dois shows no Brasil em 2023: 9 de março, na Qualistage (Rio) e 11 de março, no Centro Esportivo Tietê (São Paulo). Ingressos aqui.

Fotos: Julia Pavin

Produzido por Barro e Guilherme Assis, “Meu esquema” é o disco de estreia da baiana Rachel Reis, que já teve algumas faixas destacadas aqui nas playlists, como “Lovezinho”, “Pelo” e “Motinha”. O som do álbum é pop, tropical, cheio de suíngue e com letras que falam de amor. O som é uma mistura de MPB, samba, reggae, bolero, pagodão, afro beat e ijexá. Tem participação de Céu na sensual “Brasa”. Todas as faixas de “Meu esquema” ganharam filmes de Lu Villaça numa espécie de álbum visual.

Foto: Bruna Sozzi

“Meu esquema”

Fotos: Ana Szwa

Thales Cavalcanti, 27 anos, é um desses raros artistas que a gente ouve e, já na primeira audição, sente que está diante de algo diferente e especial. Seu disco de estreia, o hipnotizante “Verde Maduro”, traz 11 canções que mostram as experimentações da mistura de tambor com beats. “Verde Maduro” tem produção do baixista Bruno di Lullo. Aqui nas playlists da Sexta Sei, já passaram as deliciosas “Tainá Cigana” (com vocais de Dora Morelenbaum, Júlia Mestre e da própria Tainá), “Caboclo no Terreiro” (quem tem participação de Davi Moraes) e “Morena de Oyá”. O disco ainda tem participações de João Gil, Diogo Gomes, Marlon Sette, Carlos Trilha e Jorge Continentino, entre outros. Estou bem fã. Ele foi revelado como ator como o protagonista no premiado longa “Casa Grande” (2014). 

“Verde Maduro”

Playlist com as novidades musicais da semana. Nesse post, tem todas as playlists do ano. Ainda tem as playlists de 2021 e 2020.

Playlist de clipes com Sam Smith + Kim Petras, Paramore, Artic Monkeys, Ludmilla + Sean Paul + Topo La Maskara, Lara Aufranc, Uiu Lopes, Shygirl, Ciara + Summer Walker, Calvin Harris + Charlie Puth + Shenseea, Ed Sheeran, Edgar, Mukeka di Rato, Kalef Castro + Mc Marie, Meet me at the altar, Simone Mazzer, Bree Runway, Angèle, Criolo + Ney Matogrosso, Christina Aguilera e a-Ha.

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