Sexta Sei: Iara Rennó canta os orixás em “Oríkì“: “Ser negre assusta a branquitude”

Disco é resultado de 13 anos de pesquisa e maturação e traz participações de grandes nomes da MPB, de Criolo a Carlinhos Brown

por Fabiano Moreira
sextaseibaixocentro@gmail.com

Exu

Fotos de Cai Ramalho com Iara Rennó em ensaio inspirado nos orixás

A cantora, compositora e poeta Iara Rennóc acaba de lançar um álbum que levou 13 anos para ser concluído, “Oríkì“, uma  exaltação à cultura dos orixás, com canções dedicadas aos mais populares no Brasil e a participação de grandes nomes, os parceiros Tulipa Ruiz, Anelis Assumpção, Lucas Santtana, Curumin, Criolo, Carlinhos Brown e Thalma de Freitas, que têm alguma relação com o candomblé. O álbum já chega com um segundo volume, irmão, “Ori Okàn“, a caminho. Batemos um papo, por e-mail, quando encontrei uma generosa Iara disposta a partilhar a experiência de criação do disco, que levou “o tempo de uma geração” e o renascimento da artista como filha de santo para ficar pronto.

Xangô
Iansã

Afaixa de trabalho do disco, “Patakorí O“, ela gravou com Criolo, que também acaba de lançar disco, o ótimo “Sobre viver”. Ela me contou o fascínio dele pelo repertório e pela sua banda, que ele recrutou inteira, risos. Falamos da importância desse álbum em um momento de preconceito religioso e violência contra os praticantes de religiões de matriz africana no Brasil. “Se ser negre assusta a supremacia branca, a sabedoria negra assusta mais ainda”, dispara. E também relembramos como a sua tia Tetê Espíndola causou no Festival dos Festivais, em 1985, geração Xuxa que somos.

Capa de Mayra Muniz

Moreira – O álbum “Oríkì“ tem muitas participações especiais, são nomes realmente impressionantes, como Carlinhos Brown, Criolo, Anelis Assumpção, Lucas Santtana, Thalma de Freitas, Curumin e Rob Mazurek, além de Tulipa Ruiz em um registro que precede ao seu álbum de estreia. Como foram essas escolhas e quais as histórias de cada um no trabalho?

Iara Rennó – São pessoas realmente impressionantes, algumas com as quais eu tenho uma relação antiga, de admiração, de uma época quando estávamos inventando a nossa música, nos lançando em nossas carreiras – com exceção de Brown e Lucas – ou antes mesmo disso, como é o caso da Tulipa. Então há uma ligação artística e também afetiva, entre mim e as pessoas que eu convidei, que de forma geral foram escolhidas também por nutrir alguma relação com o candomblé – em maior ou menor grau – criando essa conexão comigo e com a obra. Por isso, esse disco é também um elo energético e espiritual, que nos une na criação, na amizade, nas trajetórias, e a presença de cada um traz força para esse xirê. Todos estes encontros envolvem serendipidade, uma magia própria, seu axé. 

Alguns eu chamei a partir da energia do orixá que trazem – como o caso de Lucas, Curumin, ou mesmo de Tulipa (numa esfera mais subjetiva). Anelis por ser praticamente uma irmã e compartilharmos desde cedo o sentir dessa ancestralidade, independente de estar cantando para sua orixá. Já Brown eu conheci pessoalmente bem na época da pré-produção do disco, sendo que sua participação – como um “mais velho da religião”, além de grande artista – foi pra mim uma bênção dupla! Com Rob Mazurek, que, apesar de não ter – pelo menos até então – proximidade com a cultura de orixá, aconteceu de ele estar no Brasil e a gente ter tido uma conexão musical.

Com Thalma, nossa aproximação também aconteceu na  época do início da produção, e como ela se apaixonou pelo projeto e passou a cantar algumas músicas, era como se sempre tivesse sido parte. Mais um que conheci naquele mesmo período foi Criolo. Ele não tinha lançado ainda seu primeiro álbum, foi a um show que fiz com Kiko Dinnuci no qual juntávamos músicas pra orixá minhas e dele, e nunca mais esqueceu desse momento. Tanto que alguns anos depois, encontrei com ele, no Rio, e ele me perguntou sério, num tom de chamada, meio cobrança: “E aquele repertório? Você tem que cantar, tem que lançar.” Desde o início, achava que “Patakorí O” – música que ele canta – precisava de uma pegada rap, melodia mais falada e ficou perfeita com a interpretação dele. Acho que aquele show foi mesmo marcante, pois Criolo chamou a banda quase toda pra tocar com ele: Maurício Badé, Guilherme Held (dois que já tocavam comigo), Marcelo Cabral, Thiago França, Sergito Machado (três que já tocavam com Kiko).

Oxumaré
Em "Uma Flecha (Òkè Aró)", com Curumin

Moreira – A pesquisa foi extensa e prolongada na pesquisa desse álbum, mais de 13 anos. O projeto surgiu em 2009, quando você criou uma instalação sonora no Museu Afro Brasil, intitulada “Oríkì in Corpore“. Conta mais desse processo de criação do disco. Ainda tem um segundo volume a caminho, “Ori Okàn“?

Iara Rennó – Isso, o projeto começa com a criação das músicas para a exposição, onde foram criados 12 ambientes, que proporcionavam uma experiência sensorial relacionada à características de cada orixá, incluindo a escuta da respectiva faixa. Então compus as músicas e fiz uma primeira produção musical. O disco ficou inédito e inacabado, havia a necessidade de ajustes tanto da parte artística quanto da parte espiritual. Não tava na hora. Não tava pronta, nem a obra e nem eu. Foi preciso maturar, mexer e ritualizar para que fosse possível botar este disco no mundo. O tempo de uma geração, a conclusão de um primeiro ciclo, e meu renascimento como filha de santo. 

“Orí Okàn” não é bem um segundo volume… Porque são abordagens totalmente diferentes. Os Oríki são poemas da tradição yorubá que têm características de saudação e atributos. Por exemplo: “Senhora das nuvens de chumbo/ senhora do mundo/ dentro de mim”, música de Gil e Caetano pra “Iansã”, tem um texto que apresenta qualidades, portanto mais próximo de um oríkì, já “eu vi mamãe Oxum na cachoeira/ sentada na beira do rio”, que é uma cantiga pra Oxum, tem uma narrativa de um relato, saca a diferença?

Então assim, pra ser mais específica, no primeiro álbum, Oríki, são dez oriki (tradicionais ou recriados); uma orin (cantiga); uma música instrumental de saudação e uma outra que tem uma forma de composição mais aberta, não se enquadrando exatamente em nenhum desses formatos. Já o repertório de Orí Okan traz músicas com outras características textuais e/ ou musicais e um ponto de vista mais subjetivo, tudo ligado ao meu enredo no caminho de Orixá, sendo que a maioria das músicas foram criadas quando eu já estava em processo de recolhimento dentro do terreiro. Além de ter uma outra proposta de sonoridade e produção musical. 

Ogun
Oxum
Nanã

Moreira A sua iniciação ao candomblé é recente, feita há dois anos. A pesquisa influenciou nessa escolha? Quais mudanças a religião trouxe para a sua vida?

Iara Rennó – Minha iniciação – que chamamos ‘feitura’ – é recente, mas minha relação com o candomblé se inicia efetivamente em 2008, quando comecei a frequentar terreiro como abiã. Este é o primeiro estágio para quem entra na religião. Então este é o começo, embora a gente chame de iniciado aquele que passa pelo ritual de fazer a cabeça para um orixá. E foi assim que comecei a adentrar nesse universo, em convívio e também em pesquisas sobre essa cultura. É difícil dizer se foi a pesquisa que influenciou numa escolha, ou se foi a escolha que influenciou na pesquisa. Aliás, o buraco é mais embaixo e o enigma mais profundo: escolhi este caminho ou fui escolhida? A filosofia de Ifá pressupõe a crença no destino. Não um destino imutável e ditado por um deus, mas no sentido de uma missão para ser cumprida nesta existência, um cargo dentro de uma casa de santo, uma função. Esta e outras premissas dessa cultura fazem todo o sentido pra mim, antes mesmo de eu saber que faziam parte da cultura das religiões de matriz africana. Então, nesse sentido, posso dizer que a religião embasa o modo como vejo e procuro viver a vida. Ajuda a compreender o destino, a missão, a ancestralidade, a vida. Ainda que esse aprendizado não seja exatamente didático no terreiro, e que tudo esteja envolto em mistério – assim como a própria existência – a gente vai aprendendo pela experiência com orixá. Pelo próprio mistério que é ter fé.

Oxalá

Moreira Esse tema do álbum se mostra ainda mais importante quando olhamos os números de violência contra os praticantes das religiões de matriz africana no Brasil, o racismo religioso. Só em 2021, foram 571 denúncias de violação à liberdade de crença no Brasil, segundo a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH). Existe muita perseguição ainda? Como podemos combater isso?

Iara Rennó – Sim, infelizmente a perseguição existe ainda e é maior do que mostram os dados. Existe o que podemos chamar de preconceito religioso, o qual o povo judeu, por exemplo, também já sofreu terrivelmente, assim como diversos cultos pagãos de povos brancos, e isso ocorre porque a religião pode ser um terrível instrumento de dominação – o que a história nos comprova dramaticamente. Pela “guerra santa” foram dizimados saberes de muitos povos (assim como os próprios povos). Porque o “religare” está ligado à conhecimento, ciência, tecnologia. Não é à toa a perseguição ao judaísmo, mas por ser uma religião forte de práticas e rituais, de conhecimentos profundos, segredos e tecnologias (eu gosto de citar o judaísmo porque vejo paralelos com o candomblé e acho que ajuda a branquitude a compreender). Afina, a sabedoria é sempre uma ameaça ao regime vigente, né? Um povo crente num deus único e ditador, que requer um intermediário formado por uma instituição para interpretar sua “palavra”, é mais fácil de ser comandado, manipulado. Já em relação às religiões de matriz africana, esse processo é duplamente agravado pois entra o fator racial. Num país como o Brasil, onde o racismo estrutural, muitas vezes velado, disfarçado, absorvido e absolvido é a fonte do alto índice de violência individual e social, uma doença mesmo, essa agressão toma proporções gigantes. Na diáspora africana, podemos sim falar sobre racismo religioso. A sabedoria negra é vista muitas vezes como uma afronta, uma ameaça para a estrutura político-social vigente. Uma/ um negre vestido de seu orixá, sua identidade, força e tecnologias que vem de África, certamente são uma via de rompimento com a ideia estapafúrdia de superioridade e dominação de pessoas brancas. Fomos educades para sufocar, apagar a ancestralidade negra – embranquecer – e esse processo violento gera desequilíbrio, sofrimento e reforça o preconceito contra tudo que traga em si o simbolismo dessa origem. Então, o primeiro passo é termos sempre um posicionamento anti-racista em todo e qualquer âmbito. Buscar acabar com a hostilidade que a sociedade impõe às pessoas pretas, indígenas, pardas, às barreiras impostas a esse grupo, que constitui a maioria no país. Acredito que trabalhos como o meu, que enaltecem a cultura de Ifá, o culto ao Orixá, possam ser uma ferramenta nessa luta, já que a música atinge os corpos pela vibração física e toca a alma, antes mesmo de passar pelo processo racional, e claro, a partir do tema, trazer a pauta para a discussão, entender a força e importância dessa inteligência para o mundo.

Iemanjá
Omolu

Moreira Qual o seu parentesco com as geniais Tetê Espíndola e Alzira E? Vi que já colaboraram. Fui uma criança impactada pela Tetê no festival na TV… Eu tinha dez anos no Festival dos Festivais, em 1985.

Iara Rennó – Minha tia e minha mãe, respectivamente <3 Compositoras, instrumentistas, artistas de nascença e destino, minhas primeiras referências – mulheres se posicionando na arte e na vida, em meio à sociedade patriarcal e machista em que vivemos. Sim, fomos crianças impactadas pela TV, da pior qualidade aliás, geração Xuxa. Curioso você citar esse festival e a projeção que ele deu à Tetê, me recorda uma das primeiras situações em que sofri um misto de bullying com racismo – ainda sem saber do que se tratava. Eu tinha acabado de entrar numa escola particular, onde só tinha crianças brancas. Um moleque da perua estava cantarolando “Tetê Spinol” – então eu corrigi: “É Tetê Espíndola, ela é minha tia”. Ele começou a rir e disse, “Que mentira! Claro que não, ela é branca!”.

Abaixa que é tiro!💥🔫

Stain na Praça Menelcik de Carvalho

Não se assuste se passar pelas praças da Melquita, no Santa Helena, e Menelick de Carvalho, no Centro, e parecer que um unicórnio vomitou um arco-íris em cima dos logradouros, risos. É que os talentosos artistas urbanos Pekena Lumen e Stain deram um colorido especial às praças, atendendo ao convite do Programa Boniteza, coordenado pela Secretaria de Governo da Prefeitura de Juiz de Fora. Os dois também deixaram seus graffitis no viaduto Hélio Fadel, no Espaço Hip Hop.

O projeto “É nóis na Praça” agora vai atacar na praça do bairro Nossa Senhora Aparecida. Taí uma boa ideia em um mundo tão cão. Novos artistas interessados em contribuir com o projeto podem entrar em contato pelo e-mail projetosboniteza@gmail.com. Anota aí que, entre os dias 10 de junho e 10 de julho, Stain ocupa a galeria Ruth de Souza, no Teatro Paschoal Carlos Magno, com a individual “Quarentela”, com texto de apresentação desse Moreira.

Stain na Praça Menelick de Carvalho
Coral Delgado na Necessaire
O projeto Fordmastiff na Necessaire
Pedro Paiva na Toca do Tatu

O finde na Necessaire tem o projeto Fordmastiff, do carioca Lucas Stamford, como atração dessa sexta (27), às 19h, com abertura do músico local Dhenny Anderson. O disco de estreia do projeto Fordmastiff, “Counterfeit”, será lançado esse ano pelo selo Municipal K7, com influências que passam pela música eletrônica experimental. A apresentação é uma performance, com instalações de vídeo criadas pela artista juiz-forana Natália Reis. No sábado, às 16h, tem show com a cantora, compositora, violonista e guitarrista  carioca Coral Delgado, que faz show com repertório de R&B, rock e pop. Ela também apresenta repertório do álbum de estreia, “Drama”, também previsto para este ano pelo selo do Coletivo Lança. Essa semasna, ela lançou o primeiro single, “Sereia”. Dá pra ouvir um pouco do bom trabalho aqui e aqui.

Neste sábado (28), tem  Queremos! Festival, a partir das 13h, na Marina da Glória, no Rio. O line-up é matador, com  shows de Gilberto Gil, Kamasi Washington, Emicida, Baco Exu do Blues, Céu, Marina Sena, Tuyo, BK’, Drik Barbosa, Luedji Luna, FBC, ÀTTØØXXÁ e Majur. Tem transmissão no app e pelo Twitch da Amazon Music.

O Bastidores Bar, de Beto Campos, inaugura neste sábado, (28), a partir das 17h, com show da banda Eminência Parda.  O bar fica entre o arraial e a estrada para o parque, no espaço Serra Bela.

Hoje (27), às 20h, tem Pedro Paiva, do Vinil é Arte, e Fausto Mota na Toca do Tatu, na Rua Professor Virgílio Pereira da Silva, 1110, Vinã del Mar.

O Corredor Multicultural da Funalfa rola de hoje a terça-feira (31), com mais de mais de 40 atividades culturais gratuitas. Tem shows de Grupo Bacharéis do Samba, Guerreiras de Clara, Batuque na Roda, Gabriel Acaju, Sandra Portela, Dionysia Moreira, Helgi, MC Xuxú, Banda do Ben, Eminência Parda, JÔBrandaum, Uiara Leiggo, Tatá Dellon, TITIago, Nara Pinheiro e mais.

Sábado, às 18h, tem concurso de cosplay no Museu do Videogame no Independência Shopping. A exposição vai até o dia 14.

Nove filmes produzidos com o patrocínio do Ibiti Projeto (antiga Comuna do Ibitipoca) serão exibidos, neste sábado (28), às 16h, no YouTube da Mostra de Cinema de Ibitipoca. Entre os filmes, está “Projeções Extremas”, de Jodele Larcher.

Steel Pulse no Independência Vibra
Gilsons. Foto: Lucas Nogueira
3030
ETC. Foto: Gabriel Venzi
Silva. Foto: Manoella Mariano

Começa amanhã (28) e vai até 12 de junho o Independência Vibra, festival que se divide em três finais de semana no estacionamento do Independência Shopping. A estreia, neste sábado (28), é uma noite de  culto ao reggae e ao rap com os ingleses do Steel Pulse,  na estrada desde 1975, a mistura de rap e ritmos brasileiros dos baianos da banda 3030 e os juiz-foranos do Rama Ruana. O festival continua no dia 4 de junho, com o cantor capixaba Silva e a boa banda local ETC, e em 12 de junho, com os cariocas dos Gilsons, com quem bati papo aqui pra coluna a ser publicado no dia 10,  além das locais Onze:20 e Só Parênt. O evento é open bar e vai das 15h às 22h.

Letieres Leite e Orkestra Rumpilezz por Joao Atala
Letieres Leite

A playlist da semana passada foi encerrada com uma das faixas de “Moacir de Todos o Santos” (Rocinante), o último álbum gravado pela Orkestra Rumpilezz sob a batuta do seu fundador, o maestro Letieres Leite, que nos deixou abruptamente em outubro, aos 61 anos. O álbum chega acompanhado de belo documentário de 25 minutos exibição no canal Arte 1, com direito a depoimento do genial maestro baiano. O repertório contempla sete dos dez temas de “Coisas” (1965), estreia fonográfica do maestro, compositor, arranjador e multiinstrumentista pernambucano Moacir Santos (1926-2006), com Caetanos Veloso cantando em  “Nanã – Coisa nº 5”, faixa que também passou aqui pelas playlists.

A cantora e compositora carioca Maranda lançou, essa semana, o clipe dirigido por Maiara Líbano para “Corpo de Lata”, canção em parceria com Mari Morsch. A faixa é uma combinação de música flamenca, compassos compostos típicos da música africana e ecos da banda The Doors. Essa é a segunda faixa divulgada de seu disco de estreia,  “Tudo até agora”, que chega em 17 de junho. A primeira foi “Vendaval”, que ganhou clipe com atletas de longboard dance e patinadoras de roller.

Playlist com as novidades musicais da semana. Nesse post, tem todas as playlists do ano. Ainda tem as playlists de 2021 e 2020.

Playlist de clipes com Camila Cabello, Maglore, Kaike, Sobs + Tasha e Tracie + Sueth, Rico Nasty, Rennan da Penha + Deejay Telio + MC Livinho, Luna França, Yeek, Juçara Marçal, Flume + Oklou, Aquafaba + Salma Jô, Kika Boom, Muse Maya + Benz + Pedro Pan, Oxa, Sest + Felipe Artioli + Maori, Hate Moss + Isis Broken, Johnny Hooker, Zé Vaqueiro, João Gordo e Rammstein.

 

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