Sexta Sei: A “Consciência do Ser” na epifania do encontro entre Raquel Lara Rezende e Tiago Guimarães

Todas as canções do álbum estão na frequência 432hz, usada no canto gregoriano, que cria uma vibração de cura, como eles mostram em show no Sensorial

por Fabiano Moreira
sextaseibaixocentro@gmail.com

Raquel Lara Rezende e Tiago Guimarães por Bruna Piazzi

Recentemente, dois trabalhos me pegaram pela mão e me tiraram de um pequeno buraco, desses que a  vida nos empurra volta e meia. O primeiro foi o EP  “Egbe Tóbi Ode”, do juiz-forano Diogo Veiga, e o segundo foi o álbum “Consciência do Ser”, gravado pela “juiz-forana honorária” e mineira Raquel Lara Rezende, 39 anos, e o paulista com raízes portuguesas Tiago Guimarães, 30, que fazem show de lançamento do trabalho, nesta sexta (14), às 22h, no Sensorial, com shows de Juliana Stanzani é Carol Serdeira, transformando a casa de espetáculos em centro de cura. Sim, é real, a música deles é sublime e tem propriedades terapêuticas na frequência 432hz, usada no canto gregoriano, que cria uma vibração de cura. Essa Sexta Sei é só pra agradecer as cascatas de maravilhas que esse álbum trouxe pra minha vida.

Moreira – Antes de começarmos, é importante dizer que me senti tocado pelo álbum de vocês de uma maneira muito pessoal. Me ajudou a atravessar algo, me pegou pela mão. Tem a ver com o canto mágico da Raquel, o uso da frequência 432hz? Bem, para nós leigos, explica tudo? Essa é a frequência do canto gregoriano, a mais consistente na natureza, e tem efeito tranquilizante e cria uma vibração de cura. Li que aumenta as atividades do hemisfério direito do cérebro, responsável pela imaginação e pela criatividade. Tecnicamente, como se obtém?

Raquel – Que lindo, Fabiano! Gracias por esse retorno. Ficamos muito felizes! Com relação à frequência 432HZ, é importante entendermos que antes da frequência 440hz ser convencionada como padrão em todo o mundo, o que aconteceu é que, na década de 1950, as afinações variavam. Por exemplo, Verdi afinava em A (lá)=432hz. Bethoven e Bach escreveram a maior parte de suas obras para A=415Hz. Também têm sido encontrados instrumentos egípcios antigos ajustados para 432hz. Também na Grécia antiga, os instrumentos eram predominantemente afinados em 432Hz. Então, essa referência global do 440 hz é muito recente e é extremamente autoritária e empobrecedora. Desde a década de 1970, principalmente, começaram a aparecer muitos estudos, principalmente nos EUA, com os sons, frequências e vibrações como ferramentas para a harmonização do corpo físico. Inclusive, hoje, as frequências sonoras são utilizadas como tratamento médico nos EUA e na Europa. A cimática, que é o estudo dos padrões físicos produzidos pela interação de ondas sonoras em um meio, como areia, água, entre outros, mostra de forma mais palpável a influência dessas frequências na matéria. Coloquei uma imagem (acima) que mostra o comportamento de matéria sob o estímulo das frequências 432hz e 440hz. Você vai ver que a frequência 432hz estimula a formação de padrões geométricos bem definidos e harmônicos, enquanto que a frequência 440 hz estimula o distanciamento das moléculas. Isso significa que o mesmo acontece em nosso corpo físico que é composto por moléculas. Não se trata de pensar que a frequência 440hz é “do mal”, como alguns dizem. A escolha de fazer todo o álbum na frequência 432 hz não tem a ver com a decisão de estar em uma frequência que é mais harmônica e que traz mais benefícios para quem escuta. Como você citou, ela estimula os dois lados do cérebro, o que traz maior clareza mental e em consequência, um estado de presença mais qualificado. Esses benefícios surgem apenas de estar em um ambiente em que você é estimulado por essa frequência.

Fotos do show em São Paulo por Bruna Piazzi

Moreira – Também estou muito interessado na jornada juiz-forana da nossa heroína… A ideia do álbum veio em abril  de 2020, a partir da composição da canção “Voz de dentro”, em parceria com o músico e compositor juiz-forano Renato da Lapa, um dos mais potentes da nova geração, meu amigo virtual. O show vai ter abertura da Juliana Stanzani, minha amiga de chá, risos, compositora de mão cheia. Os dois já passaram por aqui pela página. Você ainda integrou os grupos de percussão Tambuzada e Ingoma, aqui em Jufas, bem, me conta essa jornada juiz-forana e da importância da cidade na sua história. E, já que vamos falar de você, conta qual o parentesco com Otto Lara Rezende, ídolo de Nelson Rodrigues?

Raquel – Juiz de Fora foi a cidade aonde eu vivi por mais tempo, de 2007 a 2017, sendo que nesse período, eu morei um semestre em Porto Alegre e um ano em Buenos Aires. Eu nasci em Belo Horizonte e morei em muitas cidades diferentes, por conta do emprego do meu pai. E eu me acostumei com a sensação de estar sempre mudando, e Juiz de Fora foi a única cidade em que estive por mais de 5 anos. Aí eu criei muitas conexões importantes e, por isso, também é a primeira cidade em Minas Gerais aonde decidi fazer o show de lançamento do “Consciência do Ser”. Eu fiz o mestrado e o doutorado na UFJF, me envolvi com diferentes projetos culturais e artísticos, como o Sá Sinhora, um trio que formamos eu, Wesley Carvalho e Lara Linhalis; o Espelho d´água, projeto de pesquisa artística que idealizei e que foi realizado pela Lei Murilo Mendes de 2013, junto com o Daniel Lovisi, Felipe Saleme e Lara Linhalis. Além da participação no Tambuzada e no começo do Ingoma. Assim que cheguei em Juiz de Fora, logo conheci o Encontro de Compositores, que passei a ser assídua e se tornou uma importante escola para mim, de composição e de troca musical. Juiz de Fora segue sendo a cidade onde tenho mais amizades e pessoas que foram e seguem sendo importantes no meu caminho. E por isso, também, eu me sinto muito agradecida. A Juliana Stanzani é um desses seres preciosos. A Carol Serdeira que também estará com a gente no show do dia 14 é outro ser lindo que eu tive o prazer de conhecer na Bituca. Inclusive, nós três fomos da mesma turma. Com relação ao Otto, eu não o conheci pessoalmente. Quando ele morreu, eu tinha 10 anos. O meu avô, Assílio Lara Resende, frequentou muito a casa do pai do Otto, seu Resende, tio do meu avô, que foi professor e tutelou meu avô em parte da sua infância.

Moreira – Quando o Tiago entrou no projeto, depois desse insight inicial com o Renato? Ele já tinha o desejo de produzir um álbum que trouxesse um sentido espiritual, pelo que li. Como foi o encontro entre vocês, de onde se conhecem? Vi que já integraram, juntos, o grupo Samba de Reza.

Raquel – Eu e o Tiago nos conhecemos em 2018, em um laboratório de canto cigano, ministrado por Lucía Soledad, cantora argentina. Logo depois, começamos a fazer banhos de som, ele também esteve comigo no primeiro show autoral que realizei em São Paulo, o “Canto das Águas”, composto pelas músicas que compus no projeto Espelho dágua, realizado em Juiz de Fora. Nesse vídeo, tem a nossa apresentação desse projeto na TV Brasil. Depois, nós criamos o Samba de Reza, um grupo de samba com mais três músicos que  se dissolveu na pandemia (repertório que trazia o universo religioso popular brasileiro. com afrosambas, músicas de matriz afrobrasileirae ao universo do catolicismo popular)

Moreira – Quais foram as principais influências na feitura do álbum, além de  música mineira, rock, MPB, música cigana, mantras? Como foi essa costura em um tecido único? Vocês são terapeutas do som? Li algo no release…

Raquel – As minhas referências principais são a música mineira e outras coisas que eu amo pesquisar, como música árabe, cigana.. Agora, tanto eu como o Tiago a gente tem uma forma de compor muito intuitiva e livre. A gente não pensa de forma teórica, mesmo porque eu nem tenho esse estudo. O Tiago sim. Então, eu não sei o que a música vai se tornar e nem escolho que gênero tem a música que vou compor. A música se mostra como ela é. Então essa costura é uma costura do sentir, do fluir com a nossa musicalidade que foi super enriquecida pela musicalidade de cada ser que gravou com a gente.

Tiago Guimarães, por Bruna Piazzi

Moreira – O show desta sexta no Sensorial é o segundo de lançamento do álbum, depois de um show em São Paulo com a formação mais completa e mais próxima do que foi feito no álbum, com violão, violino, rabeca, violoncelo, baixo, guitarra, viola e percussão. Aqui em Juiz de Fora, será um grupo um pouco menor, uma versão intermediária, com baixo, violão e percussão. O que o público pode esperar?

Raquel – O público irá encontrar nesse show muito amor, muita alegria e arranjos novos que estão sendo construídos com os músicos de Juiz de Fora, Renato da Lapa, Victor Rozeni, Chico Cabral e Rayene Fortunato.

Abaixa que é tiro!💥🔫

Bule por Hannah Carvalho

Eu, que tenho um fraco por pernambucanos e mullets, risos, caí de amores instantaneamente pelo som da banda Bule, que acaba de lançar o single “Vinte e Muitos Anos”, misturando o bom e velho iê-iê-iê a ritmos tropicais e batidas eletrônicas, com clipe minimalista, gravado em um único take, que transmite a melancolia da canção. Formada por Pedro Lião (voz, synth), Carlos Filizola (guitarra, synth), Berna Coimbra (contrabaixo), Kildare Nascimento (bateria) e Damba (percussão, programações), o grupo apresenta um indie pop dançante. “Vinte e Muitos Anos” é o primeiro lançamento do segundo álbum do quinteto pernambucano, “Dançando sem ninguém me ouvir”, previsto para junho de 2023. Vale à pena dar uma passeada pelos clipes deles, cuidado pra não se apaixonar.

Fotod: Gabriella Ribeiro

Há toda uma nova obsessão com o pagode, e não é por menos, o ritmo foi, por muito tempo, considerado algo menor, excessivamente popular, simples. Por isso mesmo, é uma delícia acompanhar as novidades do ritmo, seja na excelência contagiante e requebrativa do pagodão baiano, que tem no ÀTTØØXXÁ a sua mais completa tradução, na “polpa da bunda”, e no pagode LGBTAQIA+ de Ludmilla no projeto Numanice, “eu por baixo tu por cima”, “bate, Ludmilla”, que influenciou, aqui em Jufas, o pagode do Samba de Colher. O pagode também aparece misturado a ritmos pop em versões modernizadas do pagotrap, esse nome tão gostoso de falar, que tem bom exemplar no clipe de “Violenta”, de A Travestis e Maya, sendo uma variação do pagodão baiano, ou do “Pagofunk Illuminati” do genial e visionário Jeza da Pedra.

O pagobeat “Naturalmente Suave” do trio Afeto Clandestino,
Capa de Uendel para "Samba Sbagliato", do italiano Rohma

Pois um projeto musical da Zona Norte do Rio, o trio Afeto Clandestino, acaba de explorar mais uma nuance, o pagobeat, misturado ao “pop sedução”, diz o release. O single “Naturalmente Suave” passou por aqui na playlist sextante, semana passada, chamando a atenção para o pagode pop do grupo, embalado pelos belos vocais de Beatrice, no EP homônimo. O clima é de festa, flerte e vontade de sentir-se bem, bem gostoso e tudo o que a gente precisa. Além de Beatrice, o projeto une o produtor e guitarrista Diogo Sarcinelli e o cantor e compositor Paulo Domingues. Bem, eles estão precisando urgente de um bom stylist pra fugir desse estilo Agostinho Carrara, rs, mas achei bacana. Acho que é um caso para o nosso Francisco resolver e vou apresentar as pontas. Na playlist, sequenciei com o Samba Sbagliato”, falso, do italiano que eu adoro Rohma. A capa do single é do artista sextante Uendel. A regra é clara: se tem cavaquinho, é pagode.

Desde o ano passado, estou atento a trabalhos musicais que falam de religiosidade ancestral africana. Para citar alguns trabalhos, estão sempre nos meus headphones o álbum  “Aluayê – Os Novos Afro-sambas”, de  Chico Alves, Toninho Geraes e Trio Janaju (que resenhei aqui), o single “EXU (tenho fome)”, de ÀIYÉ, inspirada em um Itan/lenda (falei mais aqui), o álbum fundamental de Iara Rennó, “Oríkì”, sobre os orixás (que sextou aqui), a obra todinha da MC Tha e o EP juiz-forano, recentemente lançado, “Egbe Tóbi Ode”, de Diogo Veiga. Àiyé, aliás, acaba de anunciar álbum , “Transes”, para o dia 20 de abril.

Um EP me surpreendeu bastante, recentemente, é o do ator, escritor e músico Thiago Tomé, o “Para pretos, pardos e simpatizantes”, que já me contempla no título, risos. É como diz Angela Davis, não basta não ser racista, é preciso ser antirracista. Ou “É afrocentrando que nossa fonte se constrói”, como ensina a letra da bela “Atotô, meu amor”, que passou aqui pela playlist sextante. O “amor preto cura”, uma “cura enviada por Obaluaiê”, o senhor da terra, pai da quentura, como ensina a faixa.  

A música ancestral de Thiago parte da premissa de que a tecnologia e a inovação são características do povo preto, que habita o planeta há 350 mil anos e influenciou a música do mundo com sua diversidade rítmica. “Não se tem conhecimento de ritmo que faça balançar que não seja de origem preta”, diz o release sobre o tambor tocado para os Orixás. O EP traz quatro faixas autorais que destacam temas como matrizes africanas, antirracismo, amor preto, afrocentrismo e afrofuturismo. Como compositor, Thiago já foi gravado por Xande de Pilares e Zeca Pagodinho, Jamz e Ivete Sangalo e Thiaguinho. 

<3 Zé Vaqueiro
Suzy Brasil na peça "Bye Bye Bangú"
Simone nas lentes de Nana Moraes
Rita Benedito no Sensorial
Diogo Nogueira
Raquel Penner em "Cora do Rio Vermelho"
Gabriel Thomaz no Maquinaria

A Mostra Ratazana, aqui do Inhamis, chega à sua quarta edição, de hoje (14) a domingo (16), no Museu Ferroviário. Hoje, às 19h, tem abertura com a premiére de “Ernesto” e a exibição de “Umbaúba”, de Maurício Nascimento e João Victor Soares. No sábado e no domingo, a programação começa às 15h, com a Competitiva sem Esportiva e DJ set de Amanda Fie, no sábado, e com a Sessão Marmelada e a premiere de “Do Paraybuna pra cá”, dos diretores Rodrigo Ferreira e Ciro Cavalcanti, e set de Gramboy, com after no Beco.

Uma das minhas fraquezas é ser fã de Zé Vaqueiro, o original, risos, esse grande artista que faz show, nesta sexta (14), às 21h, no Terrazo, em noite que ainda tem Mari Fernandez. “Quem vive preso na gaiola é passarinho”.

A icónica Rita Bennedito faz show de comemoração dos 17 anos do disco essencial de nossa discografia “Tecnomacumba”, e vinte anos do show homônimo, sábado (15), as 22h, no Sensorial, com abertura do Ingoma.

Ícone LGBTQIA+ muito antes da existência da sigla, a engraçadíssima e icônica Suzy Brasil faz apresentação da peça “Bye Bye Bangú”, domingo (16), às 20h, no Teatro Paschoal Carlos Magno. A peça conta a história de Consuelo, aposentada que decide refazer viagem realizada há 25 anos.

A grande cantora e gata Simone passa pelo Cine-Theatro Central, no sábado (15), às 21h, celebrando 50 anos de carreira com o espetáculo “Tô Voltando”. Ela passou a me seguir no Instagram depois que resenhei o álbum “Da gente”, que marca seu retorno, na Híbrida, citando o título do show como marco no meu afeto. 

Sábado (15) e domingo (16), sempre às 20h, o Teatro Solar recebe o espetáculo Cora do Rio Vermelho”, monólogo estrelado por Raquel Penner, que passeia pela vida e obra da poeta Cora Coralina.

A empresa Fábrica de Graffiti está realizando curso gratuito de graffiti para 200 adolescentes das escolas Estadual Clorindo Burnier e Municipal Dante Jaime Brochado, desde o dia 10. Dentro das acões, o público poderá conferir a pintura da Praça Sebastião Prefeito Filho, na Cidade do Sol, entre os dias 16 e 20, pelos artistas locais Sofia Ribeiro de Assis, Stain, Dorin, André Aneg e Medina. O projeto é financiado pela ArcelorMittal.

Na quinta (20), Diogo Nogueira faz show, às 18h, na abertura do festival Seu Mercado, no Terrazzo, com abertura de Roger Rezende.

Na quinta, 20h, no Maquinaria, meu amigo e grande figura do rock’n’roll Gabriel Thomaz lfaz show ora lançar seu álbum, “Multi-Homem”.

Eu falei aqui do primeiro lançamento do projeto André Medeiros Lanches, “Chofer”. Essa semana, eles meteram logo mais duas faixas na praça, “Fitônia” e “Pá”, anunciando o primeiro álbum, que deve chegar ainda este ano, e três shows com os paulistanos da banda que eu adoro Pelados por Jufas, Rio e Belo Horizonte. Inclusive, a masterização do trabalho foi feita pelo tecladista Lauiz Martins, da Pelados, que já passou aqui pelas playlists sextantes. O lançamento ganhou capa única, criada, coletivamente, pelos integrantes da banda, com um mosaico que reúne objetos familiares, fotos de antepassados, brinquedos, plantas e comidas, representando afeto e memórias. Enquanto  “Fitônia” é como um jogo de quebra-cabeças, com mistura de elementos poéticos com arranjo festivo, “Pá é uma canção mais misteriosa, sobre a  dualidade do mundo. A tour, em maio, terá shows ao lado da Pelados por Audio Rebel, no dia 12, no Rio, Muzik, no dia 13, aqui em Jufas, e Casa Matriz, dia 14, em Belo Horizonte.

Playlist com as novidades musicais da semana. Todas as playlists do 2012, 2021 e 2020 nos links. A playlist do streaming consolida lá pelas 2h de sexta.

Playlist de clipes com Caroline Polachek, Dorian Electra, Luedji Luna, Banks, Hozier, Ellie Goulding, Alva + Chameleo, Yacht, Bule, Fabio Braza, Badi Assad,  Becky G + Peso Pluma, Grandson, Glaw Nader, Hiran + Melly, Jaden, Ayra + Jader, Marcelo Marte, Tiwa Savage + Ayra Starr + Young John

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