Banda de Salvador que é ponta de lança do pagodão baiano chega grandona com quarto álbum, “Summer Groove”, o primeiro por uma gravadora, a BMG
por Fabiano Moreira
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O que pode ser mais carnavalizante do que o pagodão baiano do jovem grupo de Salvador ÀTTØØXXÁ, que acaba de lançar seu quarto álbum, “Summer Groove”, o primeiro por uma gravadora, a BMG. O grupo formado por Oz (vocal, bateria e percussão), RDD (produção), Raoni (vocal) e Chibatinha (guitarra) é expoente do gênero musical pagodão baiano, mistura de samba-reggae e pagode com dose exacerbada e acelerada de percussão que surgiu com a música de grupos como É o Tchan, Harmonia do Samba, Gera Samba, Terra Samba, Companhia do Pagode, Psirico e outros. O ÀTTØØXXÁ elevou o ritmo à categoria de soundsystem com influências de hip-hop e outros sons mais atuais. “O pagode é uma evolução de ritmos ancestrais. Tanto ele como o funk partem originariamente dos terreiros de candomblé, onde vieram a cada década trazendo modificações e se inserindo cada vez mais na rítmica de cada geração”, me conta Raoni, em bate-papo por e-mail, realizando meu sonho de entrevistar a banda mais emblemática do Brasil desde Chico Science e Nação Zumbi. A agenda de carnaval está bem intensa, com shows por Trio Elétrico Osmar, Praça Castro Alves e Pelourinho, em Salvador, e passagens por São Luís, no Maranhão, e Teresina, no Piauí.
Moreira – O pagodão baiano é um dos ritmos mais envolventes da nossa música, uma das maiores novidades dos últimos tempos, ao lado do funk super acelerado, que agora anda chegando a 200bpm no trabalho de novos nomes, como o RaMemes. Talvez seja a maior manifestação da nossa cultura desde o mangue bit. O ritmo já tem até subgêneros, como o pagotrap. Quem criou o ritmo? Foram os “ordinários” do É o Tchan? Tenho uma história muito boa com eles, no começo da minha carreira como jornalista, na Tribuna de Minas, fui escalado para cobrir a final do concurso da morena do Tchan no Faustão. Recentemente, eles comemoraram 30 anos, como foi gravar com eles? O ritmo só cresce, né, com novas abordagens, seja no rolê mais conceitual do Jotaerre ou no empoderamento queer do som transgressor de A Travestis. Qual o segredo do bom pagodão? O trabalho de vocês moderniza essa sonoridade, trazendo mais para o eletrônico?
Raoni – O pagode é uma evolução de ritmos ancestrais. Tanto ele como o funk partem originariamente dos terreiros de candomblé, onde vieram a cada década trazendo modificações e se inserindo cada vez mais na rítmica de cada geração. Para fazer um bom pagode, não existe muito segredo, é a simplicidade e autenticidade do que quer ser descrito, respeitando sempre a arte e até onde ela pode chegar.
Moreira – Aqui em Minas, só se fala do nego doce, OKanalha,tem até um coletivo black daqui, o Makoomba, querendo trazer. O cara é um fenômeno mesmo, né? 23cm e vai botar mais uma vez, rs… Agora ele fez até uma versão light para a criançada, né? Como foi trabalhar com ele?
Raoni – Admiramos todos os artistas que compõem essa vertente. Não só ele, como diversos outros que estão ultrapassando a barreira regional, isso não é de hoje. Muito chão já ocorreu para chegarmos até aqui. OKanalha está de parabéns por conseguir lidar com sua música e com sua verdade. Esperamos que ele alcance mais e mais espaços, e tudo que deseja conquistar. Para nós foi uma honra e esperamos que seja uma parceria de sucesso e de longos anos!
Moreira – A faixa com Baco Exu do Blues, “Tranca Rua”, reflete sobre a ancestralidade e a cidade de Salvador, “Nós é macumbeiro / a cidade toda é nosso terreiro” e ganhou clipe dirigido por Aisha Mbikila. Como foi o trabalho com ela? Salvador está no auge,né? É Beyoncé, Viola Davis, o Afropunk que fez morada, “é a bahia”, como diz o meme. Tenho prestado muita atenção nos novos artistas. Aliás, faz tempo que fazemos isso, prestar atenção na Bahia.
Raoni – Foi incrível trabalhar com a Aisha. Ela é uma das grandes diretoras que temos hoje, tanto nacional como internacionalmente. Por conta das redes sociais, muitos nomes estão aparecendo não só na Bahia, como em Minas, por exemplo, que está vivendo um momento ímpar na parte musical. Acho que vale a pena prestar atenção ao que acontece aqui no nosso país, pois é só o começo.
Moreira – Me falem mais das participações no álbum, que, além dos já citados, tem Rico Dalasam, Liniker, Luisa Nascim e Vitão e remixes de Mu450, kLap, JnrBeats e Noizemen. Como foram estes encontros e como foi o trabalho com eles? Esse é o maior disco de vocês? Aqui chegou grandão.
Raoni – Acho que todos eles, pra nós, são os maiores. Dessa vez, tivemos mais preocupações e tentamos fazer isso minuciosamente. É o nosso primeiro disco com gravadora e isso também faz com que a gente se veja maior mesmo, fazendo o que já sabíamos e sabendo o espaço que ocupamos perante a indústria. Sem querer passar por cima de ninguém, vamos fazendo nosso trabalho e buscando entregar o que nossos fãs esperam.
Moreira – Gosto muito de acompanhar o trabalho de RDD como produtor, como o que faz com a Karol Conká e também nos EPs “Salcity Sounds”,com vários artistas e novos nomes legais a descobrir, como a Nêssa. Recentemente, curti também a faixa com o Totô de Babalong. Quais são os seus planos do mestre e no que está trabalhando no momento?
Raoni – Tem muita coisa por vir! Temos ciência de que atualmente o RDD dita uma musicalidade no cenário nacional e internacional, então aguardem os próximos capítulos! Nós aqui já estamos na super expectativa porque tem disco e muito mais por aí.
Abaixa que é tiro!💥🔫
Leopold Nunan dá continuidade à divulgação de seu álbum de estreia, “Leo from Rio”, com o lançamento do segundo single do trabalho,, “Marchinha fúnebre”, com divertido clipe que mistura o carnaval brasileiro ao Halloween americano. A canção foi produzida pelo carioca radicado em Salvador Lúcio K e foi gravada com músicos da Timbalada . O vídeo foi dirigido e editado pelo brasileiro Anthony Vanity. O primeiro single, “Quem é teu baby”, com Sônia Santos e Ana Gazzola, teve clipe dirigido pelo cineasta cearense Lucas Paz premiado em festivais. “Eu aprendi sobre indumentária e montação nos carnavais da vida. A inspiração para o clipe vem do próprio carnaval e de “El día de los muertos”. Encarno vários personagens que habitam a loucura e os devaneios carnavalescos. O carnaval tem esse espírito libertário de se permitir, soltar as amarras”, explica o artista. A faixa ganhou dois remixes criados pelo produtor Buarky, nome artístico de Yuri Ferrari. de Osasco (SP). nos estilos UK Baile e funk rave. Os próximos singles a serem lançados serão “Pé de Maracujá”, com clipe gravado no Rio de Janeiro, e “5 meters”, com clipe gravado sob chuva no inverno severo de Seatlle. O artista fez a opção de ir lançando o álbum faixa a faixa, trabalhando cada single com clipes que são uma festa da imaginação e um
O frevo,essa contribuição pernambucana ao nosso carnaval, é uma manifestação folclórica que surgiu no final do século XIX e início do século XX. Ritmo de carnaval, ele veio da fusão de maxixes, dobrados e marchinhas carnavalescas. Dois lançamentos celebram o ritmo. O primeiro é “Frevália (lado A)”, de Romero Ferro, dá roupagem pop ao ritmo em duos com Daniela Mercury, Mart’nalia, Gaby Amarantos e Clarice Falcão, com as participações dos maestros Forró e Parrô Melo. O segundo é “Carnaval Mundo Bita Com Maestro Spok”, com sucessos do grupo infantil em ritmo de frevo com samba, axé e até ciranda, com regência do maestro que é ícone do ritmo. A ideia do “Frevália” nasceu em 2016, como um movimento cultural com foco no frevo e na música tropical do Brasil. O intuito era revitalizar e disseminar o carnaval de rua de Pernambuco para todo o país. Neste mês, Romero levará o show homônimo ao EP para Salvador, Recife (10, no Galo da Madrugada), João Pessoa, Rio de Janeiro (9, no Chá da Pabllo) e São Paulo (13, no Bloco Ezatamentchy). Já o frevo do Mundo Vita ganhou clipe para “Eu quero ver você me pegar”.
A Orquestra Mundana Refugi é formada por 22 músicos brasileiros, imigrantes e refugiados de diversas partes do mundo e acaba de lançar o eclético álbum “Todo Lugar Aqui”. O talento pode ser vislumbrado em dois videoclipes de canções do volume, “Taranta” , uma tarantela, e “Oración del fremanso”. Um dos projetos mais inventivos da música contemporânea, a orquestra passeia por samba, xote, flamenco, tarantela, música andina e outros ritmos, com direção musical de Carlinhos Antunes. Entre as músicas, estão “Amêndoas Verdes”, um hino da causa palestina, “Uskudar”, música turca cantada pela iraniana Mah Mooni e pela palestina Oula Al Saghir e “Suíte dos Povos”, tradicional do Tibet. O álbum ainda tem uma belíssima versão de “Violeira”, de Chico Buarque, tocada pelos instrumentos diversos do grupo que, adicionados aos vários sotaques vocais, transformam o Brasil em parte do mundo de onde cada um vem.
Tem Chá da Pabllo nesta sexta (9), às 21h, no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio, com participação de Romero Ferro.
O Festival Rec Beat faz a sua 28º edição, gratuita, de 10 a 13 fevereiro, no Cais da Alfândega, com Urias, Ana Frango Elétrico, Rico Dalasam, Ebony , DJ K O Bruxo e Letrux.
Tem Super Wobble de Carnaval, no sábado (10), no D-Edge Rio, com Bianca Oblivion(USA), Ahadadream (UK), Onhell (US), Bibs, Klean, DiniBoy, Karan! e Rodrigo S.
No sábado (10), tem Bloco da Benemérita, da MC Xuxú, às 15h, na Praça Antônio Carlos, com MC Xuxei recebendo Laura Conceição, Dona Chapa, NRK Mallone, Ti Doido, Arashi San, Ravell, Crraudio, Gguzt4 Sol Mourão, Prado.e mais.
O carnaval de Olinda é famosão demais e deve ser uma delícia em suas ladeiras, tem planilha aqui. O talentoso e boa-praça Chinaina comanda seu “Carnaval da Vingança” dia 11 na Praça do Carmo, com Pitty e Devotos do Ódio. E ainda tem palco, na mesma praça, com Alceu Valença, Nação Zumbi, Lenine e Martn’ália.
No Recife, os amigos da Gola Rolê fazem carnaVRAU na Casa Goly, todos os dias de folia, com Baile do Andrew, Maledita e Brega Naite e também edições da Jorra! e da Odara ou Desce.
Também tem planilha do carnaval de BH, que anda bem falado na web. Destaco show de Chameleo no Bloco Furacão Trembase, domingo (11), às 15h, no bairro Floresta, e edição carnavalesca da Matosa, com Omoloko, Kabulom, Gabrielle Kwarteng e Badsista na Casa Sapucaí.
No Rio, a festa começa na sexta com o Carnaval do BBzão, com Filipe Raposo e Bernardo Campos no line-up, Sábado (10), tem V de Viadão especial Jogo da Bicha, com Barbie2K< Edu Castelo, Batina Polaroid, Bout e mais, na quadra da Estácio de Sá, e também tem Bailinho, às 22h, no Jockey Club da Gávea, com Rodrigo Penna.. No domingo, tem o tradicional Arrastão, organizado pelo querido Mulú, na Praça Marechal Âncora, com um elenco estelar e babadeiro, com Banana Gold ft. Rafa Pinta (NY/RJ), Branko (Portugal), Clementaum (PR), DJ Sydney Sousa (CE), Ellen Kellen, Glau Tavares, Jacquelone, King Saints, PZZS e Rxven. Na terça-feira, tem passeio de barco com Badsista, Omoloko, Vicx e Gabrielle Kwarteng.
O Carnarara acontece pela terceira vez, na segunda (12), às 16h, no Museu de Arte Moderna, no Rio, com Seth Troxler, Chloe Caillet, Dennis Cruz, Tennis, Maurício Lopes, Rara DJs e mais, line-up completo aqui.
Tem Baile do RaMemes por Rio (12), Belo Horizonte (23) e Leopoldina (24), cata aqui.
No Circo Voador, tem Carnamango, de domingo (11) a terça-feira (13), sempre às 18h, com shows de Dona Onete e Facchinetti b2b Nepal (11), Glau, Carlos do Complexo b2b Larinhx, FBC, VHOOR e Furacão 2000 (12) e DJ Nuts, Marcelo D2 convida Cacique de Ramos (13) e mais.
Dei uma boa tualizda na playlist de carnaval, que já era o puro suco, divirtam-se.
Playlist com as novidades musicais da semana, que consolida às 2h da sexta. Todas as playlists de 2023, 2022, 2021 e 2020 nos links
Para melhores resultados, assista na smart TV à playlist de clipes com Puterrier, Caio + Daniela Mercury, Oruam + Didi + LC da Roça, Nego Bala + Xarada MC, Luna Ki, Cândido, Marilia Duarte, Ayrton Montarroyos, Jota.pê, NPKN, Oruã, Justin Timberlake, Diego Martins, Residente, Belinda, Orbital, David Holmes & DJ Helen Featuring Mike Garry, DPR Ian, Gab Lara, Traemme + Lara, Portugal. The Man, e Yantó
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