Sexta Sei: Engole meu oxe! Jotaerre, guitarrista da banda Psirico, entregou um dos melhores discos do ano

A mistura de ritmos impactante e os temas políticos tornam “Tempestade” um disco pra se ouvir de capacete

por Fabiano Moreira
sextaseibaixocentro@gmail.com

Fotos por Eduardo Mafra

Eu cheguei ao disco “Tempestade”, do baiano Jotaerre, 42 anos, guitarrista da banda Psirico, por indicação, no Twitter, do jornalista e apresentador Guilherme Guedes. A música que ele mandou ouvir acabou virando o título da coluna de hoje, “Engole meu oxe”. Depois do impacto inicial – o negócio é feito para ser ouvido de capacete, comecei a entender melhor a revolução rítmica do disco, que ainda traz temas caros a todos nós, como a descriminalização da maconha, o desmatamento e a violência urbana das balas perdidas.

Puxei papo pelo chat do Instagram e encontrei um artista bastante receptivo, disposto a conversar, sem intermediários, independente que é. Batemos um papo, por e-mail, no qual falamos sobre essa esfera política do seu trabalho, especialmente desse disco, gestado durante a pandemia, sobre o experimentalismo dentro do gênero pagodão baiano, que a #sextasei ama, sobre como ele aprendeu a tocar em revistinhas de cifras, a verdadeira devoção a Márcio Victor, do Psirico, e os guitarristas que o inspiram, como Pepeu Gomes, Davi Moraes, Luiz Caldas, John FruscianteArmandinho e Manoel Cordeiro, entre outros. Chora, viola!

Moreira – “Tempestade” é, essencialmente, um disco de guitarrista, mas você fez questão de contar histórias e trazer questões importantes para o centro do álbum, nas letras, como a criminalização da maconha, o desmatamento, a violência urbana das balas perdidas “com endereço certo”. O álbum catalisa sentimentos de revolta e angústia e acaba sendo um disco bem político, né, isso tudo é fruto da pandemia? 

Jotaerre – Sim, “Tempestade” é um disco de guitarras, ela sempre protagoniza meus trabalhos. Apesar de esse disco conter vocais para comunicar melhor minha mensagem, é na guitarra que consigo canalizar minha expressão. é um disco bem político, e a pandemia tem um peso enorme nisso, com certeza. Ao contrário do antecessor “Kuarentena Sessions” de 2020, onde faço reflexões meditativas que ajudaram bastante na minha saúde mental, no “Tempestade”, muitos sentimentos se potencializaram na crise. Isso me consumia cada vez mais, e uma forma de expurgar toda essa experiência foi por meio desse disco. Porém, esse aspecto político no meu trabalho não é inédito. Nos anos 90 para 2000, escrevi muitas letras nessa direção, a exemplo da banda Uskarafobia e o Bando Batida Sêca, ambos projetos influenciados por bandas politicas como o RATM, Dead Kennedys, Planet Hemp, System of a Down, entre outros trabalhos, como o disco “Survival”, de Bob Marley, um dos mais politizados de Bob e um dos meus preferidos. Toda essa influência permanece até hoje na minha linguagem. O próprio “Choraviolla 2″, de 2018, meu segundo disco, foi baseado nas invasões holandesas em Salvador em 1624, é um disco conceitual no qual conto desde o interesse inicial dos holandeses em nossa cana-de-açúcar, passando pela concretização da invasão até o momento em que são expulsos daqui.

“Tempestade”

Moreira – O disco apresenta um novo ritmo? É muita informação para absorver, a cada audição, a gente saca algo novo. Tem pagodão, trap, reggae, rock, música afrolatina, dub, acho que merece um nome novo. Como tem sido a recepção? Há uma caixa para ele hoje no mercado? Eu amo demais, viu. Tomei foi um tapa quando ouvi.

Jotaerre – Não pensei em um novo ritmo! Nesse trabalho em específico, usei tudo que eu tinha de influência adquirida ao longo da minha carreira, de forma natural e espontânea, sem amarras, deixando o inconsciente agir. Sou do Pagodão, mas, no interior, tive que passear em muitos estilos para sobreviver na música e isso enriqueceu meu vocabulário. Acaba que torna um disco muito rico musicalmente por conta dessa liberdade e dessa paleta diversa de influências musicais, e aí nasce um som novo! É também uma marca dos meus trabalhos, expandir os caminhos, criar novas possibilidades e somar nesse mundo, quero deixar isso pra quem vem depois. Realmente, classificar apenas como “Pagodão” confunde um pouco as pessoas até pelo fato do Pagode ter tantas vertentes e ser tão dinâmico! só pra ilustrar, o É o tchan faz Pagodão, mas o Baianasystem também faz, e são totalmente diferentes, então, de verdade, não sei que rótulo seria possível. A recepção do público é impactante, de total surpresa, de identificação, de estar realmente ouvindo algo que nunca ouviu! Reação que não vejo há muito tempo acontecer, e isso me emociona bastante. Faço meu trabalho com muita paixão, diversas vezes, na produção do disco, parava na frente das caixas de som e chorava muito por ter chegado em alguns resultados, e saber que tudo que senti nesse processo bateu desse jeito nas pessoas, é uma sensação única, difícil de explicar, um mero eufemismo tentar dizer. Não vejo uma caixa pra ele no mercado, muitas vezes meu trabalho foi classificado como “não comercial”, então imagina esse disco? Mas não me preocupo com isso nem um pouco, é um jogo que conheço há muito tempo. Mesmo não tendo uma produtora, selo ou empresário, sempre estou trabalhando e influenciando pessoas musicalmente, isso importa mais para mim, então, vivo no underground feliz e independente. Tudo acontece no seu tempo, a verdade nunca deixa de ser verdade. Esse tapa é cortesia do disco heheh!!, falha minha que não recomendei usar capacete antes de ouví-lo.

“Bitch Viola”

Moreira – Fiquei chocado ao ler que você aprendeu a tocar guitarra de maneira autodidata. Que doideira, conta mais sobre esse processo, no release, fala que sua família integrava blocos percussivos, como a música apareceu na sua vida?

Jotaerre – Sim, aprendi praticamente sozinho. Eu sempre tive o dom da arte, desenhava e pintava muitas horas do meu dia, mas nunca pensei que um dia seria músico. Comecei muito cedo a experiência na música, em Paulo Afonso (BA), por influência dos meus tios que eram sócios de blocos de carnaval. Aos 7 anos, comecei tocando percussão no bloco “Caveira”, um bloco que tocava ijexá, inspirado nos Filhos de Gandhi, e depois fui pro Afrobahia, um bloco de samba reggae inspirado no Olodum. Naquele tempo, os trios elétricos não apareciam muito no meu interior, eram uma atração da capital, distante da minha cidade, então os blocos percussivos eram a principal atração das ruas, as crianças sempre faziam seus blocos com latas e sucatas, fiz muito isso com lata de leite Ninho. Eu tinha muita admiração por guitarristas quando criança, mas achava a guitarra um instrumento muito complexo, achava um verdadeiro milagre aprender a tocá-la, então, o tambor me conectava instantaneamente, até que, na adolescência, descubro o rock e a chave vira! Me apaixono pelo som e deixo os tambores de lado pra entrar nesse universo. aprendo bateria na marra, observando outros bateras, depois descolo um baixo emprestado e aprendo algumas músicas do Black Sabbath e do Nirvana, e daí arrumo um violão. Sempre comprei revistas de música pra saber notícias das bandas, pois não havia internet, e tinha uma chamada “Top Rock” que trazia tablaturas de guitarra, começo por aí tentando tocar “Fade to Black” (Metallica) no violão. Mas queria mais, então, procurei um professor de acordeon que me ensinou a entender os campos harmônicos, uma lição que hoje uso a todo momento, das melhores coisas que aprendi, porém não me apetecia porque eu queria fazer barulho com a guitarra, aprender riffs e solos! E aí, sem Youtube naquele tempo, o que me restava era assistir os shows que passavam na TV, Hollywood Rock, Monsters of Rock, etc… Gravava em VHS e pausava nos momentos do guitarrista para posicionar os dedos conforme o acorde ou solo que estava sendo executado no momento. As revistas de guitarra (Guitar Player, Cover Guitarra) foram essenciais para meu aprendizado, não me desfaço dos exemplares até hoje. Ainda iniciante, parti para a prática, fiz banda de rock, me joguei em forró, axé, reggae, até banda de baile, parei no pagodão e o monstro foi criado.

“Só fogo pra mim”

Moreira – Quais guitarristas você gosta de acompanhar? Conhece o menino Lucas Estrela, do Pará? Curto muito.  

Jotaerre – Gosto de vários guitarristas, mas acompanho poucos. Escuto muito Hendrix ainda. Acompanhei diversos guitarristas, mas dos que acompanho no momento são: Pepeu Gomes, Davi Moraes, Luiz Caldas, Junix e John Frusciante. Gosto também de guitarra baiana e, nesse instrumento, sempre acompanho Armandinho e Beto Barreto, do Baianasystem. Escuto também estilos menos conhecidos no Brasil como a cumbia, salsa ou também gêneros que também tem a guitarra como um dos instrumentos principais como a guitarrada, a kompa do Haiti, soukous e coupe decalé. Falando do Lucas, guitarrada sempre está na minha playlist! Acho a cena do Pará incrível, riquíssima, amo aquela cultura! Sempre assisto o show de Manoel Cordeiro no Sesc, bebendo uma cachacinha, e assim acabei vendo o Lucas Estrela no Sesc também! Achei sensacional e me identifiquei bastante por ser um guitarrista que une a sua cultura a outras possibilidades sonoras. Em geral, acho a cena da guitarra brasileira muito subestimada! Há uma visão simplória e preconceituosa que guitarra é só rock e jazz.  E gosto muito de assistir e ouvir músicos de outros instrumentos como bateria e percussão, às vezes, fico horas assistindo cortes de vídeos de bateria e percussão no Youtube. Um músico cavaquinista que sigo bastante é o Baleia do cavaco, apesar de não ser um guitarrista, eu o acompanho muito e, de alguma forma, também contribuiu como influência. 

“Que tempo louco”, com James

Moreira – Você toca no Psirico desde 2013, como é trabalhar com o Márcio? Ele parece ser um cara genial, adoro os feats com a juventude, como os que ele fez com Pabllo Vittar e Julio Secchin.

Jotaerre – Exatamente, já quase uma década de lá pra cá. No ano quando entrei no Psirico, tudo mudou da água pro vinho, pois foi um pouco antes de “Lepo Lepo” estourar. Antes do Psirico, eu integrava uma banda do interior que tinha um sucesso regional e, de repente, estou no olho do furacão com o sucesso dessa música! Não entendi nada, só agradeci e aproveitei. Tudo pode mudar do dia pra noite. Trabalhar com Márcio é muito desafiador, ele é um verdadeiro gênio, um dos maiores músicos que conheci, muito perfeccionista e detalhista. Hoje, é um irmão, mas ele sempre foi uma referência na minha carreira, pois mudou os paradigmas sobre o Pagodão, trazendo rebeldia musical e inovação, unindo o ancestral com o futuro. Eu o conheci ainda na infância lá em Paulo Afonso, as vezes, ele passava férias com a família por lá. Eu o conheci por meio de um amigo que me falou de um meio irmão dele que tinha nossa idade e que já tocava profissionalmente, era surreal, ficamos chocados em conhecer um artista da nossa idade. Depois, ele sumiu muitos anos de Paulo Afonso, por já ter uma carreira e uma parte da família dele passou a frequentar outro interior, e assim ele passou a ir mais para lá, uma cidade chamada Caraíba. Só vim ver ele novamente pela TV, depois de anos, no show de Caetano, e fiquei muito orgulhoso. então, enquanto eu trilhava meu caminho no interior, ele já estava muito bem conceituado e tinha planos de assumir o Psirico. De repente, o Pagodão na Bahia vira febre absoluta, então o Psirico vem com força total, transgredindo tudo no pagode, fazendo um som inédito, com guitarras distorcidas em um momento que o cavaquinho era protagonista nas cordas, daí virei fã e acompanhei bastante o som do Psi. Até que nos encontramos num show em Recife, em um evento onde as nossas bandas tocavam, nos reconhecemos e trocamos uma idéia rápida. A partir dali, ele passou a me acompanhar também, principalmente no Youtube, e teve uma visão antes de todo mundo sobre o que eu fazia com a guitarra e a batida do Pagodão, ele entendeu muito rápido o que poderia sair dessas experiências e acreditou muito na proposta quando todo mundo acha “maluquice”, inclusive o “Tempestade” é algo que ele entende mais do que a maioria das pessoas no aspecto musical, pois ele viu o processo desde o início e enxergou lá na frente. Por ele ter essa visão tão contemporânea, ele quer estar sempre sintonizado com o que tá rolando, no underground, no Spotify ou no TikTok. É uma característica dele ficar sempre antenado em música 24 horas por dia, então o resultado disso são as parcerias que todos sabem, que vão de Barões da Pisadinha até BaianaSystem, passando por Caetano, Pablo, Sechin, Ivete, Anitta ou Mariah Carey! Só esnobou o Kanye West hahah. Inclusive, temos uma faixa inédita que não finalizamos, e que vou lançar no momento certo, em algum próximo disco ou como single mesmo.

Abaixa que é tiro!💥🔫

Foli Griô Orquestra em foto de João Serra

Shows de grandes artistas e promessas da música brasileira independente estão nas comemorações dos dez anos do Festival Levada, que surgiu no teatro do Oi Futuro Ipanema e já abrigou shows de 121 artistas. A agenda é presencial, no Teatro Rival, mas também tem transmissões ao vivo, pelo Youtube, sempre às 20h30. A agenda é sensual, anota aí a curadoria amorosa de Jorge Lz, com Carne Doce (8), Juliana Linhares (9), Foli Griô Orquestra (10) e Maglore (11).

Foto: Jef Delgado

Começou ontem (2) e vai até o dia 5 a edição de estreia da Boogie Week, da produtora Boogie Naipe. O evento celebra a potência cultural por meio de encontros entre o público e mentes pretas expoentes em diferentes segmentos. As transmissões rolam das 17h55 às 21h10, direto do Studio Curva, pelo YouTube. Ontem teve Anelis Assumpção e Leci Brandão, hoje (3) tem DJs Lys Ventura e Batekoo e Rico Dalasam, sábado (4) tem DJ Marky, Jonathan Ferr, Larissa Luz e MC Dricka, e tudo se acaba domingo, com DJ set de Erick Jay, Budah, o trio formado Yunk Vino,  Duquesa e Danzo, performance da Afrobapho e duelo de MCs.

Marcos Valle por Jorge Bispo

No sábado (4), às 20h, tem Orquestra Sinfônica de Campinas no projeto Concertos Astra-Finamax.

Lulu Santos é o convidado especial da Orquestra Ouro Preto, neste sábado (4), às 20h30.

O Sesc em Casa nunca falha e, essa semana, está de onda com Marcos Valle lançando o álbum “Cinzento”, às 21h, recebendo, no sábado (4), Moreno Veloso e Bem Gil. No domingo, às 18h, Bruno Buarque recebe Anelis Assumpção para homenagear Fernando Barra.

O festival Escuta 2021 tem performance com Pedro Rocha e Timbuka Hai, hoje (3), às 19h, e SLAZZ, um show de jazz com intervenções de poesia do Slam das Minas RJ e improvisação musical da banda Jazz das Minas, sábado (4).

Na quarta (8) à noite, rola o Prêmio Multishow. Dá pra conferir todos os indicados aqui. Tem Marina Sena combatendo com Zé Vaqueiro na categoria Experimente. A disputa por melhor canção é um duelo de titãs com Juçara Marçal, Marina Sena e Tuyo com Luccas Carlos. O melhor álbum também é rinha, com Marina Sena, Juçara Marçal e Jadsa. As apresentações musicais confirmadas são IZA, Emicida, Ivete Sangalo, Anitta, Duda Beat, Majur, Tierry e Juliette. As apresentadoras da cerimônia deste ano serão Iza e Tatá Werneck.

O festival Rebel Instrumental chega ao fim, no dia 8, às 20h30, com  Abayomy Afrobeat Orquestra, que tem mais de dez anos de estrada e disco produzido por André Abujamra, o “Abayomy” (2012), e também o bom “Abra a sua cabeça” (2016).

Entre 6 de dezembro e 10 de fevereiro de 2022, o IMS apresenta a mostra de cinema online e gratuita “Um Brasil para Carolina”. Os 13 filmes estarão disponíveis no site do IMS e têm curadoria do crítico e roteirista Bruno Galindo.

Bruno Paixão

A exposição “Todo dia era é dia de índio indígena” chega à Galeria Espaço Reitoria, no Campus da UFJF, com trabalhos de 19 artistas que responderam ao edital de convocação da Pró-reitoria de Cultura (Procult). As obras, em tamanhos diversos e técnicas variadas, trazem as interpretações dos artistas Abigail Guedes, Amandha de Moraes Silveira, Ângelo Abreu, Bruno Paixão, Dayse Lamas, Gilmar Rodrigues, Leo Ribeiro, Leonardo Paiva, Luiza Paletta, Luiz Thome Reis, Matheus Bertolini, Paola Sayão, Ramón Brandão, Ramon Rafaello, Regina Paletta, Rodrigo Dias, Tadeu Mattoso, Tarsila Palmieri e Wesley Rocher. Essa é a primeira mostra desde março de 2020, e a visitação é de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.

Arte de Diego Navarro

A partir do dia 6, às 21h, e até o dia 11, os curtas-metragens e alguns longas da programação da 20ª edição do nosso festival de cinema Primeiro Plano ficam disponíveis, on demand, a qualquer horário do dia. “A tempo” é a temática que o Primeiro Plano irá abordar nesta edição. “A gente quer refletir sobre a Cinemateca que pegou fogo, sobre o sucateamento da Ancine. E abordar como ainda podemos preservar o que temos, pensar no presente e olhar para o futuro”, diz Marília Lima, uma das diretoras do evento, que terá exibições também presenciais, programação no site.

Com a proposta de discutir temas do universo feminino, valorizar a representatividade da mulher à frente da criação artística e promover um espaço de troca e visibilidade aos seus trabalhos, surge a primeira edição do Juntas Festival, neste sábado (4), no YouTube, de forma virtual e gratuita, a partir das 13h. Antes de cada shows, papos rápidos com as artistas MC Tha (13h15), Kell Smith (15h35), Marina Sena (17h45) e Tulipa Ruiz (20h05).

Playlist com as novidades musicais da semana. Nesse post, tem todas as playlists do ano.  Aqui tem as playlists de 2020.

Playlist de clipes com Pabllo Vittar + Rennan da Penha, Gloria Groove, Luccas Carlos, Cleo + Karol Conká + Azy, Romero Ferro + Lucy Alves, Illy, Lagum + Emicida, Fresno + Lulu Santos, Xênia França, Manu Gavassi, Dada Yute + Matuê + Rael, Royal Blood, Caetano Veloso, Jovem Dionisío, Xamã, Snoop Dogg + Fabolous + Dave East, Zé Vaqueiro, Bonde das Maravilhas + MC Jean, Edson Leão + Patricia Almeida

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