Jovem de 21 anos já trabalhou com nomes quentes do mercado, de Alice Caymmi a Pabllo Vittar e NX Zero, e mostra maturidade musical no segundo álbum, o delicioso “Copas & Estopim”
por Fabiano Moreira
sextaseibaixocentro@gmail.com
Não foi a toa que a jovem Vivian Kuczynski, 21 anos, produziu o último álbum de Alice Caymmi, ”Imaculada”. Sua voz lembra o timbre mais grave de Alice, algo que está ainda mais límpido e vívido em “Copas & Estopim”, seu belo segundo álbum, produzido e mixado por ela, que já trabalhou como engenheira de VS (Virtual Sound) na turnê “Cedo ou Tarde”, da NX Zero, e produziu, além de Alice, Jão, Chameleo e Pabllo Vittar. Batemos um papo, por e-mail, sobre a maior visibilidade da homoafetividade feminina e da importância de ter vozes LGBTQIA+ falando sobre estes temas no combate à discriminação e criação de um ambiente mais inclusivo. Também falamos de como ela gosta de ter liberdade de moldar cada aspecto de sua música de acordo com a sua visão e da abertura a provar um beijo mineiro, como no romance imaginário nas montanhas de “Kiss Me Like A Fool”.
Moreira – “Isabela, pétala, como pode ser tão gostosa e tão bela?” , diz a letra de “Isabela Pétala”, linda canção do seu segundo álbum, “Copas & Estopim”. A expressão da homoafetividade feminina ainda é mais rara que a da masculina? Qual a importância para a comunidade LGBTQIA+ de ter vozes falando sobre essas temáticas? Quando entrevistei as minas do Sapabonde para o “Babado Forte”, elas culparam a misoginia pela menor visibilidade. Por isso é legal essa capa jogamdo sinuca. Quais outras vozes LGBTQIA+ você tem gostado de ouvir?
Vivian Kuczynski – Embora a expressão da homoafetividade feminina seja historicamente menos visível, há um movimento crescente para celebrar todas as formas de sexualidade e identidade de gênero. Ter vozes LGBTQIA+ falando sobre estes temas nos ajuda a desafiar estereótipos, combater a discriminação e criar um ambiente mais inclusivo. Ouço vários artistas LGBTS, como Pabllo Vittar, Ana Frango Elétrico, Fletcher, Sophie, Troye Sivan, entre centenas de outros.
Moreira – Você é muito jovem, 21 anos, mas já coleciona trabalhos muito importantes, como produzir faixa com Júnior, produção do álbum de Alice Caymmi, ”Imaculada”, de Chameleo, quando falei de você pela primeira vez aqui na Sexta Sei, Pabllo Vittar, e também na direção de shows de Jão e de Teto no The Town. Você trabalhou também com o NX Zero? Quando começou o seu contato com a música e como tem acontecido tudo muito rápido, é emocionante?
Vivian Kuczynski – Sim, trabalhei como engenheira de VS (Virtual Sound) na turnê “Cedo ou Tarde” da NX Zero. Meu contato com a música começou aos 8 anos, quando comecei a estudar guitarra, e aos 10 já estava compondo e cantando. É incrível ver como tudo tem acontecido tão rápido e ter a oportunidade de trabalhar em projetos tão importantes e com artistas talentosos. Cada experiência tem sido uma oportunidade de aprendizado e crescimento, e sou muito grata por isso.
Moreira – Como bom mineiro, fiquei curioso sobre esse romance que aparece em “Kiss me like a fool”, que você vai pra Beagá beijar, beijo bom o mineiro, né? Sua namorada é mineira?
Vivian Kuczynski – “Kiss Me Like A Fool” é uma música sobre um romance imaginário, que nunca se concretizou, mas talvez um dia aconteça. Não há uma namorada mineira na história, mas quem sabe o que o futuro reserva? Infelizmente, ainda não provei esse beijo mineiro rs.
Moreira – Você compôs, produziu e mixou “Copas & Estopim”, como é trabalhar sozinha, você prefere? É bacana esse namoro com a música latina em “Paraguaya”. Quais foram as suas principais influências nesse álbum?
Vivian Kuczynski – Adoro trabalhar sozinha na produção musical e na mixagem, pois tenho a completa liberdade de moldar cada aspecto do álbum de acordo com minha visão. Desde as nuances de linhas de guitarra até os detalhes técnicos, como, por exemplo, escolher o compressor ou equalizador ideal para cada instrumento. Assim, tenho controle total sobre o resultado final.
Abaixa que é tiro!💥🔫
Uma das entrevistas que eu mais gostei de fazer foi a com o novíssimo Edgar, certamente um dos artistas e criadores mais potentes e importantes de sua geração, com várias frentes de atuação, na música e também no cinema, nas artes plásticas e na moda. Nesta sexta (17), ele lança o seu terceiro álbum, o “Universidade Favela”, que já começa com a gaiata “Descansa, militante”, que tem o verso “Kendrick Lamar, olha só, mas quem diria, comecei na militância e acabei na putaria”. “Caralho, carinho”, Edgar volta com o dedo à ferida em “Original de Quebrada”, na qual avisa que “o seu racismo estrutural. não resolve só na sentada”. Edgar é mesmo um artista fora da curva, alguém que sempre traz algo de novo. O álbum traz o mesmo experimentalismo de sempre, com influências de ritmos pop, como trap, reggaeton e funk.
“Durante a pandemia, voltei a morar na Favela Coqueiro com minha família, revisitei minhas raízes, retomei contato com amigos e isso teve um impacto direto no álbum, tanto no som como nas letras”, explica o “safado e carinhoso” de “Relatos selvagens”. “Escolhi esse nome, “Universidade Favela”, porque isso sintetiza bem a ideia da formação social e cultural de quem nasce e vive em uma. Tem todos os pontos negativos que a gente sabe bem, mas vários pontos positivos, vários prêmios Nobel pela favela”, revela. A produção saiu das mãos de Pupillo e é dividida entre Nakata e Kazvmba, paulistanos, o coletivo carioca Os Fita, conhecidos pelo trabalho com Tantão. o ítalo-brasileiro Nelson D., o francês Dang e o inglês Jammz. “Universidade Favela” mostra aonde alguém nascido lá, com o Edgar, pode chegar longe “Represento todas as mensagens de amor que acabaram indo pro spam”, diz em “Mensagens de amor”
A multiartista e mulher trans de Salvador (BA) Natania Borges lançou. esta semana, um dos álbuns mais interessantes do ano, “I” (Uma/One), trabalho de estreia com produção musical assinada pela própria artista, em parceria com o produtor Xavbeatz, resultando em uma azeitada mistura de pagodão baiano, R&B e afrobeat. O álbum chega pela Natura Musical e, para a divulgação, serão lançadas quatro sessões acústicas, dois videoclipes e um short film. Um dos destaques é a faixa “Lies”, fruto de um intercâmbio de Natania com o duo canadense TRP.P. Entre as influências, nomes como Mayra Andrade, Lous and the Yakuza, Alewya, Lianne La Havas, Sampa the Great, Rihanna, Larissa Luz, ÀTOOXXÁ e Rachel Reis.
Quem acompanha aqui as playlists sextantes já ouviu Bibi Bog cantando o amor lésbico emocionado! em “Emocionada” e AmarkoTrans ma política “Farpa feminina”. As faixas são destaques do EP “deuZONAS – vozes ferozes”, produzido pela cantora e compositora Angélica Duarte. do icônico clipe “Barriga de lamche”. O EP traz quatro talentos da nova geração, apresentando perspectivas próprias, do amor entre mulheres em lo-fi ao samba e do rap ao indie folk. Além de Bibi Bog e AmarkoTrans, o volume traz faixas de Natasha, influenciada pelo choro e pelo samba, e Jessica Assis, influênciada por folk, indie e nova MPB; Elas fora, selecionadas em um chamamento online para mulheres, cis ou trans, e pessoas não-binárias. Angélica Duarte faz uma MPB com olhar pop e tem em seu currículo o EP “Odara” (2018) e o álbum autoral “Hoje Tem” (2021) com participações de Juliana Linhares e Letrux.
Um dos melhores e mais emocionantes shows aos quais assisti no ano passado, “Ana Cañas canta Belchior”, e também uma das melhores entrevistas aqui da página. volta a Jufas, nesta sexta (17), no Cultural. O final do show é um tiro só, que mulher. No domingo, a banda paulistana O Grilo lança o álbum maneiro “Tudo acontecer agora pt.1”, com abertura da nossa Varanda.
Que legal, tem show da banda paulistana que amo Pelados, sexta (17), às 20h, no Maquinaria.
E pra celebrar o lançamento de ““Taurus vol.2”, da Duquesa, a Batekoo faz edição especial com show completão nesta sexta (17), às 23h, na Arena Samol, na Gamboa.
Ainda no Rio, tem Don L na Mostra Maré de Música, sexta (17), às 20h, no Centro de Artes da Maré, com entrada franca.
A anda alemã de pop, rock, folk e eletrônica Milky Chance faz show, com o cantor e surfista norte-americano de rock de inspiração setentista, surf music e folk Donavon Frankenreiter nesta sexta (17), às 21h30, ma Fundição Progresso.
Com participações especiais de João Bosco, que acaba de lançar o belo álbum “Boca cheia de frutas”, Mosquito e do grupo vocal Ordinarius. o cantor e compositor Moyseis Marques faz show de seu recém-lamçado álbum, “Na Matriz”, que marca os seus 25 anos de carreira, neste sábado (18), às 20h, no Circo Voador.
Quem sabe sábado (18) tem Ever Beatz tocando black music contemporânea na Occaponto, a partir das 19h, entrada free.
No sábado (18), às 23h, tem Bordel da Femmenino no La Cucaracha, com @soft.soup (@curralrec / @veludobh / @1010.bh / @fluvox_ ), de BH, e os locais @starbabyyyyy_, @shyotyyy, @isontheedge e a dona da p;;; toda, @femmenino. com luz de Tarja_____
Executado a queima-roupa por um vizinho armado, o skatista, DJ e amigo de todos nós Daniel “Momstro” Carvalho será homenageado com coisas que ele gostava, como música, artes e skate no Skate Rock Fest, neste domingo, a partir das 14h, com shows das bandas Traste, Last Warning, Nostalgia do Medo e Loco, discotecagem de Pedro Paiva e Snup-in e exposição coletiva de artes visuais, com artistas como Gramboy, que fez esta belezura aqui, Guilherme Melich e mais e grande rolé de skate na Praça Antônio Carlos (PAC). Tá rolando uma Vakinha para ajudar â família. e também um abaixo-assinado pedindo por justiça.
A Festa Country 24 acontece de sexta a domingo (19). no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio. com destaque para os shows de Alok e Sorriso Maroto (sexta) e Matuê (sábado); Programação completa aqui.
A peça “Meu amigo Charlie Brown e Snoopy”, da Fact! Produtora, está em curta temporada no teatro da Filarmônica, na Rua Oscar Vidal, 176, sempre às 17h, nos dias 18, 25 e 26 de maio e 1 e 2 de junho;
A Mamba Negra celebra onze anos de existência com festival homônimo, no sábado (18), na Fabriketa, em São Paulo (SP), sob a direção artística de Carol Schutzer e Laura Diaz, com performances de Karol com K, Slim Soledad, Lechuga, Zafiro (URU), Keyna 20Hz, Diegors (CH), Agrabah, Fortunato, Veraneiro, Roupas Preta, Teiu, Leticia (live), Uniqu3, Verraco b2b Bitter Bane, Teto Preto convida Marina Lima, JEEHFDC, Caio Prince b2b Bassan, Duquesa, Cashu b2b Alírio, Leona Souki, Valesuchi Live, Wavezim e Paulete Limdacelva b2b Kabulom.
A Casa Collab lá mo alto da montanha da Rua Constantino Paleta, completa um ano de agitação cultural, com Cine Collab com curtas metragens locais (sexta. 19h30), flash tattoo e discotecagem (sábado) e feira Collab com artistas e empreendedores (domingo), das 14h às 21h,
O C6 Fest faz a sua segunda edição em São Paulo, nos dias 17, 18 e 19, no Parque Ibirapuera, na Vila Mariana, com um line up dos sonhos; com Jakob Bro, Jihye Lee Orchestra e Charles Lloud (sexta) Raye, Black Pumas. Soft CEll. 2ManyDJs. Ayra Starr, Romy (sábado) Pavement, Dinner Party e Chief Adjuah (domingo);
O Festival “Fado em Cidades Históricas” acontece nos dias 18 e 19 de maio em Petrópolis (RJ), e nos 24, 25 e 26 de maio, em Ouro Preto (MG) .com entrada francae curadoria de Connie Lopes, do festival carioca Back2Black. No line up, Ana Moura, Raquel Tavares, Marta Pereira da Costa, Samara Líbano, Hamilton de Holanda, Rosana Lanzelotte e grande elenco,
Playlist com as novidades musicais da semana, que consolida às 2h da sexta. Todas as playlists de 2023, 2022, 2021 e 2020 nos links
Para melhores resultados, assista na smart TV à playlist de clipes com L’HOMME STATUE, Bebé Salvego, Orville Peck + Noah Cyrus, Shygirl + Danny L Harle Ice Spice, Anitta, Role Model, O Terno + Devendra Banhart + Shintaro Sakamoto, Dani Bessa, Jasmin Godoy, beabadoobee, Leyllah Diva + Sabrina Lopes, Os Garotin, FEBEM + CESRV, Kings of Leon, Vulgo FK + Oruam + TZ da Coronel, Black Pantera, Tiago Iorc + Julia Mestre e Marô.
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