Sexta Sei: A brisa pop, melódica e dançante dos menino hidratado da Jovem Dionísio

Banda curitibana chamou a atenção, na cena, com feats com ANAVITÓRIA e Gilsons e, agora, quer fazer shows pelo Brasil

por Fabiano Moreira
sextaseibaixocentro@gmail.com

Foto: Sofia Romani

Os menino hidratado da banda Jovem Dionísio, como eles mesmo gostam de se chamar, têm idades entre 23 e 26 anos e, rapidamente, chamaram a atenção, no pop nacional, com feats de gente grande com Gilsons e ANAVITÓRIA. Ber Pasquali, (vocal e guitarra), Gustavo Karam (vocal e baixo), Ber Hey (teclados) e os irmãos Gabriel “Mendão” Mendes (bateria) e Rafael “Fufo” Mendes (guitarra) formam a banda jovem de Curitiba com quem bati um papo, por áudios de Whatsapp, para falar de música e hidratação.

“Aguei”, com as ANAVITÓRIA

Moreira – Eu conheci vocês no clipe de “Aguei”, das ANAVITÓRIA, e fiquei empolgado demais de cara, o clipe é muito divertido, com a brincadeira de tirar a roupa, tem um clima juvenil e boêmio gostoso. Como rolou essa parceria, como conheceram as meninas, e também como rolou com Os Gilsons? Sou muito fã do Fran <3 Classe A esses feats, hein.

Ber Pasquali, (vocal e guitarra) – Essas parcerias todas sempre surgiram de um jeito muito espontâneo. E sempre foi um rolê que começa no Instagram, um dá uma curtida na foto do outro, diz que gosta da música do outro e, daí começa a desembolar um papo sobre a parceria. Tanto com os Gilsons, quanto com as meninas, primeiro veio essa uma troca de admiração e, depois, começamos a trocar composições e surgem essas parcerias.

“Não foi por mal”

Moreira – Qual é essa história de “banda dos menino hidratado”? Engraçado demais, hehe 

Gustavo Karam (vocal e baixo) – Essa história da banda dos menino hidratado ela veio quando a gente ainda se chamava banda Huff. Fomos tocar em uma recepção aos calouros da PUC. Era pra ter bastante gente mas, coincidentemente, choveu um monte na hora quando a gente ia tocar, e a galera se recolheu e ficou pouca gente. O Ber Pasquali, (vocal e guitarra), pra chamar a galera, falou algo como “fala calouros, venham para chuva, se hidratem”. Isso ficou na cabeça e, quando ele foi mudar a descrição no Instagram, ele pensou em “banda dos meninos hidratado”, isso ficou e a gente acha engraçado.

Foto: Felipe Fonseca

Moreira – Fiquei um pouco decepcionado que o Dionísio que inspirou o nome da banda não é o deus grego do vinho e das festas (uhu), mas um bar de um senhor de mesmo nome. Mas qualquer história é melhor que o nome antigo (Huff), né? Ainda dá tempo de incluir o deus no branding? RS… O nome é muito bom e traz essa ideia de que vocês estão se divertindo.

Rafael “Fufo” Mendes (guitarra) – Então, quando a gente foi pensar no nome para banda, enfim, surgiram várias ideias, várias ideias muito ruins. A gente ficou discutindo isso tipo uns dois, três meses, e nunca, nunca saiu nome. Como somos cinco, é muito difícil a gente chegar em um consenso. A gente sempre discutia isso no Bar do Dionísio, ali que a gente pensou no nome. Colocamos o Jovem na frente para ficar algo contraditório, estranho, bizarro, hoje em dia não tem nenhum jovem chamado Dionísio. Depois, a gente descobriu que Dionísio é o deus do vinho, do libido, das festas e também combina com a gente e o tipo de som. Preferimos a história original e verdadeira, nua e crua, do dono do bar aonde a gente se reunia.

“Algum ritmo”, com os Gilsons

Moreira – Gente, essa história de lo-fi é papo da indústria, não? Originalmente, significa low fidelity, baixa fidelidade, que se refere à qualidade do som, não a um estilo musical. Sim, sei que é modinha, mas não comprei, risos. Bedroom pop também não melhora. Acho que o som de vocês é o triunfo da canção, né? Umas baladas bem feitas que envolvem. Como é o processo de composição e criação de vocês? A maioria das faixas é do batera Gabriel “Mendão” Mendes, né?

Gabriel “Mendão” Mendes (bateria) – Pois é, é exatamente isso, a gente não consegue se definir muito bem. Lo-fi não é nosso estilo, Bedroom pop talvez não seja também nosso estilo. Algumas músicas são assim desses estilos, só que, num contexto geral, acho que a gente pode se classificar como pop mesmo, um pop um pouquinho voltado pro lado alternativo, mas é pop. Temos muitos elementos eletrônicos. A nossa estrutura de música tem muitos elementos de pop. Até o jeito que a gente tem se mostrado nos clipes é pop, o jeito que a gente se comunica. Falando agora sobre o nosso processo criativo, geralmente, tem  uma composição, voz e violão, como uma estrutura.A gente senta junto e, a partir dessa composição, dessa letra,  voz e violão, a gente vai delimitando estruturas e fazendo  um arranjo. Aí, vamos pro computador e começa a fazer o beat. Acrescentamos bateria, sintetizador, guitarra, baixo, foi assim que fizemos as nossas últimas músicas. Mas tem outros processos de composição, que podem envolver até outros artistas Por exemplo, um artista manda pra gente é um piano, e a gente vai lá e faz uma letra partir do piano. Acaba sendo que, ultimamente, tem sido eu quem tem entregue as composições, mas também o Ber Pasquali, (vocal e guitarra) tem entregado bastante composições que a gente vai mostrar mais para frente.

Foto: Sofia Romani

Moreira – Esse ano tá vindo aí o disco de estreia? A gente tá com muita expectativa. Me contem os planos para 2022 e muito sucesso, viu? Gosto demais de vocês.

Ber Hey (teclados) – Então a Jovem Dionísio está lançando bastante coisa nova. Temos muita expectativa de lançar muita coisa boa esse ano. A gente quer fazer show pra caramba, quebrar tudo por aí.

Abaixa que é tiro!💥🔫

Eu tenho adorado acompanhar os posts de decoração delirante do perfil do Twitter “Credo, que luxo”, alimentado pela Tia Luxo, 30 anos. Mulher cis, bissexual, formada em jornalismo e, atualmente, trabalhando com marketing, ela adora reclamar de ambientes e decorações e prefere seguir anônima. Ela convida a passar raiva com ela a partir de fotos de ambientes que são lindos, à primeira vista, mas verdadeiras armadilhas, quando se lê os comentários dos seus seguidores, bem críticos. “Eu fui assessora de mostra de arquitetura e decoração, mas também já fui faxineira também e gosto muito de cuidar da casa. Então, essas coisas muito mirabolantes me incomodam demais. Sem contar na segurança, né?”, me conta, pela DM. “Acho importante mostrar que nem tudo o que pintam, o que está em revista ou é tendência de decoração pode ser útil ou prático”, decreta. O melhor no perfil são os comentários dos seguidores, para quem Tia Luxo serve as fotos.

Zé Manoel por Alexandre Justino e Luiza Brina por Sillas H. na manipulação de Dan Pascoaleto

Luiza Brina e Zé Manoel se juntaram para lançar, essa semana,  “A toada vem é pelo vento”, primeiro encontro dos dois em fonograma. O lançamento é o último single que antecede à versão deluxe do álbum homônimo, que chega, também em formato LP, em março, pela Dobra Discos. A regravação do disco já teve lançados singles com regravações de Luiza com Ana Frango Elétrico (“Somos só”) e Castello Branco (“Back in Bahia”). “A toada vem é pelo vento” é composição de Luiza Brina em parceria com César Lacerda. A gravação traz o inconfundível piano do pernambucano, recém indicado ao Grammy, e o violão da artista mineira.


Arte: Renan Torres

Caetano Brasil segue revelando o repertório de seu próximo disco, “Pixinverso – Infinito Pixinguinha”, com o terceiro single, “Naquele Tempo”, que ganhou prelúdio com poema recitado pela rapper Laura Conceição. No arranjo ousado, instrumentos fazem as vezes de sirenes e toques de celular. O clipe é uma animação do Estúdio TEI, e a faixa estará no disco que será lançado no dia 18 de março. O artista já antecipou os singles “Carinhoso” e “Canção da Odalisca”.

“O ronco da cuíca”

Duas gravações do baixista mineiro Dudu Lima com o cantor, compositor e violonista João Bosco serão lançadas como LP de 12 polegadas no dia 23 de abril, pelo selo inglês Far Out Recordings. Serão duas gravações, “O ronco da cuíca” (1975) e “Incompatibilidade de gênios” (1976), ambas sambas de Bosco e Aldir Blanc. Mamão participa de “O ronco da cuíca”.

Foto: Marcello Castelo Branco

Há dez anos guardado em segredo, “Todo mundo vai saber”, o novo disco de Amelinha, chegou ao mercado pela Deck Disc com 12 canções inéditas. Todas as músicas são  composições dos cearenses Caio Silvio Braz e Ricardo Alcântara, com produção de Robertinho de Recife, que também assina os arranjos, em parceria com Caio Silvio. A sonoridade passeia pelo jazz e pelo blues com arranjos modernos que flertam com a música pop. O disco foi todo gravado em Fortaleza, e tem a participação de João Ramalho, filho de Amelinha e Zé Ramalho, nos vocais de “Todo mundo vai saber”.

​​Playlist com as novidades musicais da semana. Nesse post, tem todas as playlists do ano. Ainda tem as playlists de 2021 e 2020.


Playlist de clipes com Nathy Peluso, Bruno Morais, Metronomy, Asa, C. Tangana + Omar Montes + Daviles de Novelda + Canelita, Enme + Bixarte, Terno Rei, O Grilo, Sest + Hotelo + Tibery, Fióti + Tuyo, Ruxell + Felp 22 + Kynnie + Fraga, Black Alien, Jack Harlow, Mateu Carrilho, Vitão + Luccas Carlos + Thiaguinho, Anitta + Justin Quiles,  Toro y Moi, The Knocks + Dragonette, Fivio Foreign + Alicia Keys + Kanye West,  Florence + The Machine, Bruna Mendez.


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