Sexta Sei: O rock super pesado com toque leve, amorzinho, da Supercombo 🤘

Banda originalmente capixaba e radicada em São Paulo lança o sexto álbum de carreira, “Remédios”, falando de saúde mental com muito barulho

por Fabiano Moreira
sextaseibaixocentro@gmail.com

A capa de "Remédios", por Murilo Amancio

A super banda de rock originalmente capixaba, mas hoje radicada em São Paulo com apenas um integrante original do estado, o fundador Leo Ramos (vocal e guitarra), essa potência que é a Supercombo, lança, nesta sexta (12), o seu sexto álbum de carreira, a porrada que é “Remédios”, um disco que fala sobre saúde mental no pós-pandemia, oferecendo e discutindo as curas, que vão de terapia a caminhadas e cafés. A trajetória e também a expectativa em torno do álbum foi muito bem construída com o lançamento de três singles, com clipes, altamente impactantes, para Aos Poucos“, “Intervençãoe Tarde Demais, esse último com Vitor Kley e zero gravidade. Uma aula de mídia.

Supercombo por Renato Peres

Bati um papo delicioso por áudios de whatsapp com a baixista, vocalista e gente boa Carol Navarro, que ganhou meu coração com seu jeito meigo que não a impede de dizer o que pensa. Ela me contou que esse disco foi o mais pesado que a banda já fez, mas com um toque leve em baladas que são, sobretudo, esperançosas. Também falamos como foi legal a participação do Vitor Kley e de como o cara está louco pra fazer rock’n’roll. E, como canta a Simone, que “Haja terapia”, pois está todo mundo precisando de remédio para essa crise psicológica pós-pandemia.

Moreira – Esse é um disco bem pesado, algo que no release vocês atribuem às jam sessions com a banda inteira tocando no estúdio, depois do isolamento. Segundo o vocalista Leo Ramos, teve a ver com o momento  de “fim da pandemia” e “muitas revoltas”. Por outro lado, tem baladas lindas. Como mesclar os dois lados, a fúria e a ternura?

Carol Navarro (baixo e voz) – Então, a gente até conversou disso esses dias, sobre a gente achar que esse disco foi o disco mais pesado que a banda já fez, com um toque leve, sobretudo. É o disco que mais tem violão e o que mais tem minha voz, que é delicada quando eu canto, apesar de ter algumas músicas que eu estou cantando refrão mais rasgado. Esse disco talvez tenha mais baladas, coisa que a gente não tinha feito nos anteriores, fizemos, antes, baladas densas, mas, nesse disco, elas são mais esperançosas. E aí, é isso, né? A gente não consegue deixar a roqueragem de lado, mas também a gente tem aqui dentro esse aspecto mais amorzinho, com melodias mais ternas e tal. Não seria Supercombo se não tivesse essa dualidade toda.

Moreira – Eu gosto muito dessa nova forma da indústria de lançar álbuns, primeiro apresentando os singles, com visuais elaborados, a moda no ponto, em capítulos cuidados, como foi toda a concepção dessa divulgação? Os clipes são belíssimos, aquele primeiro, uau, a gente precisa até de anticonvulsivo pra não pirar e quebrar tudo, né, “é devagar”, ahaha, e esse último, com o Vitor Kley, já evoca a leveza de levitar… Como pintou essa ideia de gravar com o Vitor Kley? Aparentemente, olhando de fora, vocês estão em pontas opostas no mercado… Adoro a faixa.

Carol Navarro – Ah, muito obrigada pelos elogios aí dos clipes. A gente tem ficado muito feliz com o resultado de todos, porque cada um conta uma história, cada um vem de um lugar diferente, cada uma com um diretor diferente também. Os clipes de “Aos poucos” e “Tarde demais” foram feitos pelo mesmo diretor, o Chris Tex, ele é quadrinista, desenhista, e ele já fez alguns curtas e longas, e esses dois foram os primeiros videoclipes musicais dele. Sobre o convite pro Vitor Kley, a gente já estava pensando, há um tempo, em fazer um feat com ele. É, mas a gente não sabia se a gente fazia alguma coisa solta. Isso tudo foi antes de a gente começar a fazer o disco. Quando estávamos já fazendo o álbum, pensamos que essa música tinha uma cara de Vitor Kley. Mandamos três músicas, e ele escolheu a que a gente achava que era a cara dele. Que bom que foi “Tarde demais”. Quando ele foi gravar, a música já estava pronta, mas na hora que ele foi colocar a voz, parecia assim tudo estava junto, sabe? A gente gosta muito do resultado. Sem palavras pra descrever o Vitor, ele é um cara muito foda,  querido, comprometido, sincero e incrível. Assim, realmente, o Vitor merece todo o sucesso que ele tem. Sobre as pontas do mercado, obviamente, que ele está em um lugar bem mainstream do que a Supercombo, mas acho que os públicos  conversam muito entre si, sabe? Porque a Supercombo tem o nicho do rock’n’roll, emo, adolescente, mas também o rolê família também, de pessoas mais velhas que curtem Supercombo (eu, ahaha) e que, não necessariamente, curtem rock pesado. Uma grande parte do público do Vítor conversa muito com a gente. E é muito doido que assim, a ideia do Vitor também é entrar mais na onda de rock, porque ele acabou ficando, sendo colocado, mais como MPB pop. E aí, ele gosta muito de rock, guitarra, então acho que tem tudo a ver, musical e  mercadologicamente falando.

Moreira – O álbum se chama “Remédios” não é à toa. O tema da  saúde mental é recorrente em algumas canções. Eu mesmo estou tratando ansiedade depois da pandemia, algo que nunca tive antes. Qual a importância de se falar em saúde mental hoje? Qual a reflexão da banda sobre o assunto nesse álbum?

Carol Navarro – Engraçado que a gente decidiu o nome do disco nos 45 minutos do segundo tempo, e foi a coisa que mais fez sentido assim, sabe? Deixar o disco com esse nome. E é o nome de um single também. A gente sempre falou sobre saúde mental, no começo, não era um negócio que a gente falava assim propositadamente. A gente não consegue falar de outra coisa, né? E é muito doido que, falando assim da minha perspectiva pessoal, eu fiz terapia durante um tempo e aí, eu parei, e agora eu retornei pra fazer terapia, que precisei por conta de inúmeras coisas que a banda vem fazendo. A pandemia mexeu muito,  fiquei muito ociosa e, ao mesmo tempo, com a criatividade tipo estourando dentro de mim. Aí, quando a gente voltou a trabalhar, parece que eu estou esbanjando muita coisa de criatividade, trabalho, ideias. Então, eu pensei comigo mesma, preciso dar uma organizada aqui, senão eu vou surtar. E aí, eu fui atrás de psicólogo lá do meu plano de saúde, e falaram que estava em espera pela quantidade de pessoas que estavam na procura e não tinha mais vaga. Caramba, quando que isso, antigamente, seria seria colocado dessa forma num plano de saúde? Antes, as pessoas tinham vergonha de falar que faziam terapia, que tomavam remédio, que precisavam tratar da cabeça, era uma coisa muito estigmatizada, assim, né? Então, hoje em dia, apesar de eu ficar feliz com essa coisa de não precisar mais ter esse medo de pedir ajuda psicológica, eu vejo o quanto todo mundo está muito doido e no sentido ruim assim. Pra mim, doido é ótimo. Mas, quando as pessoas não estão conseguindo lidar com elas mesmas… A internet deu um boom nesse nessa coisa de saúde mental assim pro lado negativo… A gente está vivendo esse momento realmente de crise psicológica, e o que a gente fala nas músicas é exatamente o que a gente sente, porque vemos de dentro e de fora. E tá todo mundo nesse rolê. O que a gente costuma dizer é que cada música do disco é um remédio. Os remédios conversando com eles mesmos ali, né? Como cada remédio está atuando em você? Não é um remédio prescrito, farmacêutico. Tomar um café gostoso é um remédio, dormir bem, passear no parque, cada um tem seus remédios né? Que momento de doideira que todo mundo está vivendo.

Moreira – Como é fazer rock no país da sofrência, do sertanejo? Do agronegócio interferindo no mercado da música, com investimentos? Como fazer pra remar contra a maré do continuar fazendo rock, nesse triste tempo nosso, quando virou moda dizer que o rock morreu? Não acho que morreu não, risos, mas alguns críticos adoram falar isso. Tanto não morreu que hoje chegou esse discaço pra nós.

Carol Navarro – Não, o rock nunca morreu, acho só se fala isso pra enaltecer o quanto ele está em todos os lugares, ele está tanto na morte quanto na vida em todos os lugares mesmo. E eu acho que rock é sofrência sim, senão não existiria o emo, não é mesmo? Pra mim, as músicas que eu mais gosto de rock elas têm a letra triste, mas muito triste, e assim, a tristeza junto com essa pegada pesada do que o rock é né? É o que mais me deixa feliz kkkk. É tipo isso, tristeza com tristeza igual a felicidade. Acho que isso aí dá bom. Falando nesse lugar aí de remar contra a maré, eu sempre fui roqueira, a minha escola veio daí… e de Spice Girls, ahahaha. Falando do music business, a gente tem uma parte muito pequena do mercado, mas, falando de um modo esperançoso, assim, sobre a arte que a gente faz, ela é o que ela é.  Lutamos por um  espacinho na mídia, na televisão, na rádio. Teoricamente, somos felizes no lugar que a gente conquistar, eu não enxergo essa maré contrária. Eu enxergo que a gente tem que conquistar nosso espaço. O Brasil, ele é isso. Então a gente nunca vai chegar num lugar de competir com ritmos brasileiros, né, com mistura africana, com mistura de axé, né? A gente está feliz no lugar que a gente está, é isso. E as pessoas gostam, vemos isso no Instagram, no TikTok, no streaming. A gente tem que trabalhar cada etapa das coisas e conquistar o público, estar feliz no lugar aonde está, porquê o Brasil é assim.

Abaixa que é tiro!💥🔫

Criada em Marechal Hermes, ex-técnica de som do Circo Voador, Mahmundi, 36 anos, esse tesouro nacional, alugou um latifúndio na minha cabeça quando a conheci, no clipe da canção “Calor do amor”. Era tudo o que eu queria ser, de patins, leve, “gata pra caraleo”, amando no verão do Rio, ai como era bom. O ano era 2013, e o clipe foi dirigido pelo meu bom amigo Yugo, de Osritmosdigitais, cadê você, amigo? Muito lindinha a dancinha dele no clipe. Na época, fizemos mashups pra faixa. No mesmo ano, a conheci, na Tijuca, no evento Dobradinhas e outros tais, da Julianna Sá, da Dobra Discos, quando ela fez dobradinha com o gentil Qinhones, enfim, “um dia especial, um dia de prazer”. Na última sexta, chegou na praça o quarto álbum de carreira da nossa heroína, o precioso “Amor fati”, no qual Marcela avisa: “Eu tô contigo, bebê”, na faixa que destaquei na última playlist aqui, “Brisa 22”, parceria com o trapper carioca Zarashi, na qual diz, sobre a pessoa amada, que “ela é uma gata”, bem livre pra amar. O título do álbum é uma expressão usada por Friedrich Nietzsche que significa “amor ao destino”, uma aceitação integral da vida em todos os seus aspectos, bons e ruins. 

Apesar de estar radicada há quatro meses em São Paulo, o álbum tem alma carioca, aquela brisa de mar, com os dois pés no hoje, nas novas tecnologias e nas formas de se fazer música, “pop de quem transa“, “uma eletrônica peculiar e humanizada” e com “cascatas de synths”, avisa o delicioso release assinado por Pedro Só. O single no foco do lançamento, “Noites Tropicais”, foi composto durante uma estadia em um hotel de cara para o Pontal, na zona oeste do Rio, com o som das marés e dos fortes ventos, e ganhou belíssimo clipe dirigido pelo cineasta Pablo Aguiar. É um disco essencialmente autoral, com sete inéditas e uma regravação de “Versos Não”, de Qinhones, gravada pelo autor em 2008, e uma releitura de “Meu amor Reprise”, parceria com Roberto Barrucho, registrada originalmente em 2016. Destaque também para o single que anunciou o álbum e passou por aqui, “Sem necessidade”, com participação de Tagua Tagua, que vive por aqui, adoro.

Não se dispensa dica de diva, e quando a Assucena me disse aqui, em entrevista, para prestar atenção na banda paulistana queer e pós-tropicalista Abacaxepa, eu não amarelei e passei a seguir a banda em todos os canais e, que sorte a nossa, pois eles são muito divertidos e transantes, tudo o que a gente quer ser aí nos verões! Uma das coisas mais bacanas é que eles dividem o protagonismo e defendem não focar em uma única voz, e os holofotes passeiam igualmente por três vocalistas e quatro instrumentistas, pessoas completamente diversas. Inclusive, não dá vontade de beijar vários, né? Aqui bateu. O clipe de “Ai amor”, que passou aqui pela playlist sextante, é uma ode à delícia, ao bem-viver, ao amor próprio. Com fortes referências tropicalistas, a banda ainda junta na mistura boas doses de irreverência e desconstrução visual em seu segundo álbum, o transante “Perto da boca”, sucessor de “Caroço”. As letras contam histórias de amor, liberdade, fúria e inconclusivos desejos vitais, com produção de Ivan Gomes.  Na últimna Sexta Sei, passou por aqui a deliciosa “Vem (passar protetor em mim)”.

Que lindeza o Abacaxepa nas fotos de Millena Rosado

Impossível não lembrar da icônica Mulher Tombada, a cantora cearense Karine Alexandrino, ou de Duda Beat querendo uma “Dar uma deitchada” quando vejo o talentoso cantor Vitor Novello sempre deitado em seus clipes, coincidência que se repete em “Ideia de alguém”, depois de aparecer na estreia em “Não corra perigo”. Quem acaba deitando pro talento do moço, é a gente, enquanto espera o lançamento de seu primeiro álbum, “À beça”, que sai em breve,  ainda em maio, misturando forró, xote, MPB e pop rock. A música, uma zabumbeat, e seu clipe falam da idealização do amor (quem nunca), com arranjo de Beto Lemos e acordeom de Marcelo Caldi. “O clipe brinca com esse afogamento no mundo das ideias sobre o qual fala a canção”, finaliza Vitor.

Chega de “Submissão”! Em um país com o mercado fonográfico dominado pela sofrência e pela música sertaneja, precisamos de artistas de rock, e é um alívio poder encontrar a cantora, compositora e performer gaúcha radicada em São Paulo Lylith Pop. Ela regravou a sua canção “Submissão”, que expressa raiva e independência com mais peso do que havia no registro original, em 2021, o que entrou em seu primeiro EP, “De Volta à Liberdade” (2022). Seu trabalho empacota influências de new wave, synthpop, pop e punk, com influências que vão de Lady Gaga, com quem já cantou, em um show, em Porto Alegre, a Iggy Pop.

Foto: Isabelle Andrade
A banda FRESNO que a gente AMA em foto de Camila Cornelsen

Uma apresentação extra não amortizou o preço da entrada para o show “Meu coco”, do gênio baiano Caetano Veloso, nesta sexta (12), às 21h, no Cine-Theatro Central. É como dizia o professor de história da arte Pedro Botti, “é o capetalismo”.

No sábado (13), às 22h, as bandas que eu gosto André Medeiros Lanches (local) e Pelados (SP) fazem show no Café Muzik. No domingo, eles terminam a mini-tour, que começou em São Paulo, com show na Casa Matriz, em Beloryhills. Arrasaram.

Só showzera no Terrazzo neste finde, com Pop Up Festival sexta (12) e sábado (13). Tem Lagum estreando o show do mais recente álbum, recém-lançado, “Depois do fim”, a Fresno que a gente PIRA AS BATATINHA, Vitor Kley e Lamparina, na sexta (12), às 18h30, e Pitty e o show da turnê de 20 anos do clássico “Admirável Chip Novo”, Priscilla Alcântara meio perdida no rolê, o Vitão, que é um personagem quente do momento e está lançando álbum novo em três partes (“Toda manhã: Ato 1”), Clara x Sofia, Nobat (que lançou o bom álbum “Mestiço”, no ano passado, como resenhei aqui), Dora Sanches e a banda ETC que eu gosto, no sábado (13), às 15h. Capricharam também no line up do Hiphop.doc Festival, com  Djonga, Tasha & Tracie, FBC, Paige, o nosso Kalli, BK’ e Cynthia Luz, domingo (14), às 15h. Arrasaram.

As bandas Test (SP), Traste e Sarine fazem noite de muito grindcore, hardcore e brutalidade, sexta (12), às 21h, no Maquinaria.

No sábado (13), às 15h, no Mirante São Bernardo, tem Mulheres na Roda de Samba, só colar.

A Fantástica Banda Invisível, com integrantes da Eminência Parda, faz show neste sábado (13), às 19h, no Marechal Gastrobar Pub (número 810), com rock acústico e MPB 70.

Também no sábado (13), rola edição da Pancadão, com  Submundo DJs e Ever Beatz , a ópera contará também com a participação de DJ Ruan Zito e Natbaby, às 22h, no La Cucaracha.

O projeto Palco Central continua, todas as terças-feiras, às 18h30, no Cine-Theatro Central. A retirada de ingressos começa sempre na quarta-feira anterior ao espetáculo. As próximas atrações são o show Brasilidades”, com MPB, baião, chorinho e ritmos afro com Daniel Oliveira (violão e voz) e Lula Ricardo (contrabaixo), no dia 23, Tatá Chama e as Inflamáveis apresentando o repertório do seu álbum “Fogo Fátuo”, no dia 30, e o grande Roger Resende comemorando 40 anos de música, no dia 6 de junho. No dia 13 de junho, feriado, não haverá apresentação.

Na quarta (17), no mesmo Cine-Theatro Central, às 21h, rola o show Um Par Ímpar”, com Paulinho Moska e Zélia Duncan.

Mauro Suezo no Privilège
Gloobmund no Baile da Mari no Rocket

Esta semana, fui surpreendido por duas imagens semelhantes em clubes noturnos da cidade com trabalhos de grafite representando favelas dentro de espaços considerados de elite e classe média. Um deles é o backdrop do craque Mauro Suezo no Privilège, e o outro, de outro craque, Gloobmund, no Rocket Pub. No Rocket, era um material específico do “Baile da Mari”, no  qual a sócia da casa, Mari Souza, lançou o funk “Vem mamar mamãe”

É uma tendência de mercado? No último Rock in Rio, houve o polêmico Palco Favela. Qual a intenção ao representar esses ambientes que convivem com a pobreza e a miséria  em clubes que não estão inseridos nessas realidades?  Há uma certa glamourização da temática? A ideia é os frequentadores fazerem fotos na frente, como se estivessem em uma favela? Essas pessoas já foram a uma favela de verdade? Os favelados vão a essas casas? Ou apenas trabalham nelas? O clube têm políticas de realização de eventos nas favelas, ou de inclusão desse público em suas festas? Essas foram as perguntas que mandei para as casas. Coloquei o prazo de resposta até quinta-feira (11), às 17h. Publicamos às 18h do mesmo dia, sem os posicionamentos.

É como diz a canção “Senzala e Favela”, de Wilson das Neves, recentemente gravada por Chico Buarque e Emicida, no ótimo álbum de mesmo nome que resgata seu trabalho: “Desde o momento da criação / Da primeira favela / A desagregação voltou / Negro ainda está nessa condição / De miséria e mazela / De quando começou / Chicote ou zunido de bala / Favela ou senzala / Não faz diferença / Me parece que em toda novela / Senzala ou favela / É a nossa sentença“. Fica a reflexão.

Playlist com as novidades musicais da semana. Todas as playlists do 2012, 2021 e 2020 nos links. A playlist do streaming consolida lá pelas 2h de sexta.

Playlist de clipes com Ashnikko, Boys Noize + Pussy Riot + Alice Glass, Thirty Seconds to Mars, Chet Faker, Kalli, Sara não tem nome, Ian Ramil, Amaarae, will.i.am + Lil Wayne, Leyllah Diva Black + Geração Vegana , Chet Porter, Gustavo Bertoni, Thiago Pantaleão, Ben L’Ocle Soul, Majur, Mc Sid, Kayná + El Lif Beatz, Thalia + Aterciopelados + Leon Leiden, Macy Gray, Arlo Parks e Lana Del Rey.

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