Sexta Sei: Ai que loucura: o pochetismo escultural da carioca Poch

Marca Poch, criada pela dupla de designers Paloma Borges e Thaissa Becho, faz uma verdadeira revolução ao criar peças esculturais, gigantes e lúdicas

por Fabiano Moreira
sextaseibaixocentro@gmail.com

As criadoras da Poch, Paloma Borges e Thaissa Becho, ambas com 30 anos

Esqueça os memes e qualquer piada estilo tio do pavê quando o assunto são as pochetes. Sim, as cariocas e amigas de infância Paloma Borges e Thaissa Becho, ambas com 30 anos, fizeram uma verdadeira revolução ao criar peças esculturais, gigantes, bem-humoradas, lúdicas e especiais na marca supercarioca Poch, que surgiu no Carnaval de 2015 e vem se mantendo fiel à folia e ao espírito carnavalesco.

Paloma me conta sobre a reação à ideia de trabalhar com o polêmico acessório. “No início, não enfrentamos a resistência que poderia existir, de ser uma pochete,  acessório que era sempre tido como cafona, porque a gente pegou esse lado B e sambou em cima dele“, fala, por e-mail. Ela e Thaissa sempre gostaram muito do carnaval, do lúdico, da montação e da fantasia. “Em fevereiro de 2015, tive um estalo, no meio do bloco, as pessoas estavam lindas, super fantasiadas, mas sempre carregando uma doleira, desanimada, de algodão cru…”, relembra, sobre o estalo criativo.

Paloma e Thaissa são amigas há mais de dez anos e se conheceram na infância. Estudaram nas mesmas escolas, moraram no mesmo bairro e, quando escolheram o mesmo curso, de Design de Moda, no Senai Cetiqt, a história começou pra valer. Elas viviam se trombando no mercado de trabalho, trabalhando nas mesmas empresas, como o Cantão, época quando nos conhecemos. “Nós nos complementamos. Paloma sempre gostou da parte de comunicação e imagem, styling, texto, e eu sempre fui ligada ao desenvolvimento de produto e criação. Sou super manual, pisciana. Ela é a praticidade, ariana”, analisa Thaissa.

Em 2014, Thaissa foi fazer um curso na Saint Martin, em Londres, e Paloma conseguiu férias do trabalho e foi visitá-la. “A gente viu algumas pochetes nos brechós mais escondidos da cidade. Até então, ninguém por aqui cogitava resgatar o acessório, que havia sido praticamente banido pós anos 80“, diverte-se Paloma. De volta ao Brasil, click, o fogo acendeu. As primeiras pochetes foram criadas para acompanhar as fantasias de carnaval. Aí veio a explosão: fila de encomendas, mídia espontânea, grandes marcas querendo fazer parcerias e vender a pochete de ouro, inshalá.

De lá pra cá, são seis anos de pochetismo, mais de 50 modelos e cinco coleções lançadas. “A gente nunca teve dúvidas se o projeto continuaria ou não, ele puxou a gente pra frente“, me conta Paloma, que acabou expandindo a produção para bolsas, mochilas e outros acessórios, no atacado e no varejo. Também rolaram parcerias com Cantão, Melissa e Farm. “Nosso principal objetivo é fazer as pessoas não se levarem tão a sério, moda é feita pra brincar. A gente quer se divertir com isso, e que todo mundo se divirta junto, até porque precisa de uma boa dose de ironia e auto-astral pra carregar uma lagosta na cintura“, morre de rir.

Abaixa que é tiro!??

O violonista Yamandu Costa assina a direção musical do festival on-line Semente Música Viva, que começa hoje e vai até o dia 11, com transmissões ao vivo no YouTube, sempre às 20h30. Na estreia, hoje, tem o próprio Yamandu Costa (violão de 7 cordas), seguido de Marcello Gonçalves e Anat Cohen (violão e clarineta), amanhã, dia 3, e Marcos Sacramento e Zé Paulo Becker (voz e violão), domingo, dia 4.

O festival continua na semana que vem, com Bebê Kramer (acordeon), dia 9, João Donato (piano), dia 10, e o Semente ChoroJazz, formado por Zé Paulo Becker (violão) e o tradicional trio das segundas no Semente, Caio Márcio (violão de 7 cordas), Tiago do

Bandolim e Carlos Cesar (percussão), no dia 11. 

O selo é filhote do tradicional Bar Semente, que fez muita história, na Lapa, e foi berço de artistas como Teresa Cristina e Grupo Semente, Casuarina, Yamandú Costa, Nicolas Krassik e Zé Paulo Becker, dentre outros, até fechar as portas, em 2017.  Após os shows, haverá bate-papo com os artistas. Esse é mais um projeto realizado com recursos da Lei Aldir Blanc.

Mombojó
Juçara Marçal Foto: Luan Cardoso

Os pernambucanos do Mombojó são a atração do Circo Voador no ar hoje, às 22h, quando a lona exibe o primeiro show deles por lá, em 2004, e depois o show de dez anos do grupo, em 2013. Mais cedo, 19h, tem Renata Rosa e, no mesmo horário, o querido Greco faz live de aniversário. 

Neste sábado (3), às 20h30, vai ao ar o concerto em que a Orquestra Ouro Preto esteve ao lado do grande compositor Edu Lobo e do músicos Gilson Peranzzetta (piano) e Mauro Senise (flauta e sax). O concerto foi gravado em 2016, com arranjos orquestrais para sucessos como “Beatriz”, “Vento Bravo”, “Zanzibar” e “Canto Triste”, dentre outros. Antes, 19h, tem Rafa Castro. Bem mais tarde, também no sábado,  Filipe Catto canta divas com a participação de Johnny Hooker, 23h59, 

Sábado e domingo, 3 e 4, 11 juizforanos se unem a representantes de Angola, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, Galícia e São Tomé e Príncipe, no Slam Fixe, Uai!, às 18h. O evento é da Confraria de Poetas de Juiz de Fora, e as transmissões acontecem por Facebook e YouTube. Domingo, 4, tem Simone e Simaria às 17h.

No dia 7, Juçara Marçal, do Metá Metá, apresenta o seu show solo SoloMemo, gravado na sua casa, dentro da série Oritá Metá, (encruzilhada de três caminhoss”, em iorubá). 

Rômulo Fróes segue apresentando, no YouTube, a série “Agora É Minha Voz”. No dia 8, às 20h, é a vez de “Um Labirinto em Cada Pé”, registrado na Associação Escola da Cidade.

De Leve
Daniel Profeta
Nayah
Mc Coé
Dj Saci
Acme

Artistas do rap e do reggae nacional estão no line-up do evento Soul da Tribo, domingo de Páscoa, com De Leve (amoooooo) e Delacruz, Daniel Profeta e a banda Nayah. A apresentação, às 17h, será conduzida por MC Coé, meu companheiro de Batalha do Real, com intervenções do DJ Saci, em um cenário assinado pelo artista plástico e grafiteiro Acme, três clássicos do rap carioca. O evento foi realizado com recursos da Lei Aldir Blanc pela Gira Produções, e as transmissões acontecem, ao vivo, direto do Teatro Municipal de Niterói (chic).

Urias e João Arraes
Thiago Pethit
Cassio Oli e Gools
Flavia Pinheiro
Cherolainne
Dj Incidental

Lembra que comecei o ano falando do Coquetel Molotov, o festival pernambucano que inovou, na web, em um novo jeito de fazer festivais digitais? Ele está de volta com o Coquetel Molotov.EXE, projeto que chega à segunda edição, com apoio da Lei Aldir Blanc. A edição ocorre de maneira simultânea, com todas as performances artísticas e musicais disponibilizadas ao mesmo tempo em um hotsite, que traz lançamentos de clipes, sets musicais e até artes de wallpaper para download. 

São 40 atrações diferentes, inéditas, selecionadas por convocatória online e pela curadoria do festival. Entre as atrações musicais, estão vídeoarte com continuidade do roteiro do clipe “Foi Mal”, da cantora Urias, com  filme de João Arraes, musical original de Vitor Araújo e Pedro Maia de Brito, encontro musical de Benke Ferraz, do Boogarins, e do pernambucano Tagore, e as as MC’s Bione e Lety na música “Hitzada”, de Karla Gnom. 

Entre as obras audiovisuais, Thiago Pethit ministra um vídeo/oficina em que ensina técnicas de preparação, respiração e expressão corporal para apresentações em público. A dançarina Flavia Pinheiro mostra o corpo em movimento em relação a diferentes dispositivos, em   video/performance em parceria com Francisco Baccaro. Para o lançamento de seu single “Pato Rouco”, Cássio Oli se juntou ao artista Gools para criar um jogo-clipe.

Alice Guel
No Porn Foto: Hannah Carvalho
Cashu Foto: Recreio Clubber
Rakta
Potyguara Bardo

O Coletivo Bicuda, LGBTQIA + de Campinas, promove o Festival Poc (Projetos Organizacionais Culturais), com mais de 40 atrações em mesas de debates, oficinas, DJ sets e shows, nos dias 3, 10 e 17 de abril.

Os shows são exibidos ao final de cada dia, anota o line up. Amanhã, tem Podeserdesligado (21h), No Porn (22h) e  Cashu (23h). No dia 10, é a vez de White Prata (22h30),  Azulllllll (23h30) e Rakta (00h30). O rolê acaba no dia 17, com Alice Guel (21h30), Saskia (22h15), Potyguara Bardo (23h) e Victin (00h0). 

Entre os convidados, estão ainda os DJs Cashu (Mamba Negra) e Gezender (Sangra Muta), a multiartista CARNEOSSO (Mamba Negra, Teto Preto), o artista multimídia Alma Negrot e os produtores Thiago Roberto (Dando) e Mafalda (Batekoo).

Foto: Carolina Rocha

Vozes do Silêncio – Filme não Filme” reúne três obras curtas (“Não eu”, “Passos” e “Cadência”) do dramaturgo irlandês Samuel Beckett, Nobel de literatura, que dão vozes às mulheres silenciadas pela sociedade. A peça tem direção e tradução de Fábio Ferreira, com a premiada atriz Carolina Virgüez (Molière, Mambembe, Shell, Questão de Crítica e APTR) em cena. A peça estreia hoje (2), com apresentações gratuitas, de sexta a domingo, às 19h. até o dia 25, na plataforma Zoom, com retirada de ingressos limitados pela Sympla. O espetáculo foi gravado em um casarão da Glória, no Rio.

Playlist com as novidades musicais da semana. Nesse post, tem todas as playlists do ano.  Aqui tem as playlists de 2020.

Playlist com os videoclipes da semana, com BaianaSystem, Lil Nas X, Sevdaliza, Aíla,  Gojira, Drik Barbosa + Psirico + RDD, Morenna, Jam da Silva, Ana Moura + Branko + Conan Rosíris, Reiley, Mariana Aydar, Kiko Dinucci, Nochica, Costa Gold, Baby Rainbow, MC Negão da BL, MC Livinho + MC Chiquinho, Foster The People, Garbage e +

Sexta Sei, por Fabiano Moreira