Sexta Sei: Botando na balança o Infinito Particular do pop deliciosamente brasileiro de Antínoo

Single “Púrpura” é o primeiro de seu segundo álbum, Antínoo passa o recado”, que chega ano que vem, com produção do genial Adriano Cintra, criador da Cansei de Ser Sexy (CSS)

por Fabiano Moreira
sextaseibaixocentro@gmail.com

Conheci o artista goiano Antínoo, 30 anos, em abril desse ano, quando começou a sua parceria com o talentoso Adriano Cintra, produtor que fez fama e história com a trajetória de sucesso da banda Cansei de Ser Sexy (CSS), e ele lançou o single duplo com versões eletrônicas e soturnas para “Infinito Particular”, de Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, e “I have a woman inside my soul”, de Yoko Ono. Na semana passada, ele lançou “Púrpura”, o primeiro single de seu segundo álbum, “Antínoo passa o recado”, produzido pelo craque Adriano, que já chega com texto escrito em padê, tapa-olho e gritaria, sampler de fala de “Terra em Transe” (1967), filme de Glauber Rocha, e citação a “Mora na Filosofia”, composição de Arnaldo Passos e Monsueto Menezes . O clipe, dirigido pelo artista, tem narrativa sombria e elementos decadentes. Falamos da escolha do Copan como cenário pro clipe, por ser o “exemplo perfeito de metrópole latino-americana, com pessoas das mais diversas origens, orientações sexuais, raças, classes sociais e gerações”, da falta de um show com plateia, já que começou seu trabalho artístico na pandemia, e da parceria com Cintra, que é, para ele,  o melhor produtor do Brasil.

Púrpura”

Moreira – O clipe de “Púrpura” foi filmado no edifício Copan, em São Paulo, e dirigido por você, no clima distópico da canção, né? Tapa-olho remete a Almodóvar na hora, né, risos. A motivação de composição foi uma relação tóxica? Ficou chique demais a citação a “Mora na Filosofia”…

Antínoo – Isso, escolhi o Copan como locação porque acho que este prédio é muito emblemático. Não apenas pelo fato de ser uma das principais obras de Niemeyer e da arquitetura paulistana, mas também pelo seu significado material. É um local de encontro para pessoas das mais diversas origens: diferentes cidades do Brasil, orientações sexuais, raças, classes sociais e gerações. Todo esse caldeirão transforma o Copan no exemplo perfeito de metrópole latino-americana. Como esta canção tem como espinha dorsal essa fusão de elementos, achei que filmar lá funcionaria bem. O tapa-olho, na verdade, é o resultado da pancada que levo no início do clipe por ter descartado o padê do meu parceiro amoroso na história. Claro, ele é um elemento icônico que faz referência a diversos ícones, como David Bowie, Daryl Hannah, Madonna, Salvador Dalí… Esta canção nasceu depois que terminei um relacionamento que me fez muito mal. Paradoxalmente, porém, me proporcionou um notável crescimento pessoal, mesmo que tenha ocorrido através de uma dolorosa jornada. A referência utilizada possui uma dose de ironia, uma vez que a pessoa que serviu de inspiração para a composição frequentemente ouvia a canção “Mora na Filosofia”. Dessa forma, além de o trecho se encaixar bem no contexto de “Púrpura”, há também um toque de sarcasmo, considerando a possível reação dele ao se deparar com a própria “Púrpura”.

Antínoo por Mariana Gabetta

Moreira – A sua carreira começou em plena pandemia, quando lançou o seu primeiro álbum, “O Sol nasceu pra todos” (2020). Você ainda não fez um show ao vivo? Como foi essa perspectiva de começar com o mundo em pausa?

Antínoo – Na verdade, eu fiz uma apresentação ao vivo no Showlivre; porém, não teve plateia. Sinto muita falta de tocar ao vivo e ter essa experiência, que acredito ser fundamental para qualquer artista. Acho que o palco é um lugar onde a música ganha uma forma única, impossível de ser alcançada no estúdio ou no meio digital. No entanto, como artista independente, tenho algumas limitações. A primeira está relacionada às plataformas de streaming. Apesar de já ter lançado muitas músicas e de ter tido diversos lançamentos em grandes veículos de música, nunca consegui entrar em nenhuma playlist editorial da principal plataforma de streaming. Isso limita bastante o alcance das minhas músicas e me impede de formar um público que possa comparecer a uma apresentação ao vivo. Isso se soma ao fato de que o alcance da música está muito ligado ao investimento em marketing. Com um orçamento limitado, acabo direcionando a maior parte do meu dinheiro para as produções, que é o que realmente me interessa, em vez de investir no marketing. Como resultado, não consigo alcançar muitas pessoas. Quanto à questão de ter começado a carreira durante a pandemia, foi algo muito significativo para mim. Primeiro, nem mesmo uma pandemia iria me deter, pois eu precisava compartilhar com o mundo aquelas canções. Segundo, diante de uma catástrofe tão imensa, somente uma bênção tão grande como o lançamento de um álbum poderia me ajudar a superar um período tão complexo como foi a pandemia.

Moreira – Acho muito interessante e atual esse amálgama de influências que você faz na sua música, bebendo tanto da MPB e de influências bem brasileiras, como o Cinema Novo, quanto da música pop e eletrônica. Fala mais dessa pororoca entre universos aparentemente opostos, rs, e das influências no seu trabalho, o que anda fazendo a sua cabeça?

Antínoo – Eu acredito que somos produtos do meio em que vivemos. Às vezes, isso pode ser negativo, já que muitos preconceitos são transmitidos para nós. No entanto, em muitas ocasiões, é positivo, pois também recebemos coisas maravilhosas. Sendo um homem adulto, cresci sob uma forte influência da internet. Ao mesmo tempo que ouvia Tropicália, também ouvia hip hop. Assistia a “Kill Bill” e, ao mesmo tempo, assistia a “Terra em Transe”. Crescer em um mundo tão diverso e influenciado pelo hemisfério norte, mas enraizado no Brasil, inevitavelmente resultaria nessa mistura. Acredito que isso é o cerne da bossa nova, do tropicalismo, do funk… É a relação frutífera entre influências globais e elementos locais. Apenas continuo seguindo essa dinâmica ao expressar aquilo que me impactou ao longo da vida. Não tenho uma visão conservadora nessa fusão de coisas, eu apenas acredito que o artista deve estar ciente desse processo e utilizá-lo ao seu favor e não ser usado por ele. Atualmente, o que mais ocupa minha mente é a inteligência artificial. Imaginar o que o futuro reserva para o mundo e para a humanidade após sua evolução é algo que realmente me instiga profundamente. Como artista, acredito que explorar novas formas de criar música é fundamental. Ser um músico virtuoso também é relevante, porém o aspecto mais importante é ser capaz de retratar o próprio tempo, pois é essa característica que torna o trabalho único e perene ao longo do tempo.

Moreira – Eu sou muito fã do Adriano Cintra, que eu conheci na era Fotolog, nos anos 00, em Belo Horizonte, em visita nossa aos clãs Boogie e Táxi. Ele é um dos maiores produtores brasileiros, né, como tem sido trabalhar com ele? Seu trabalho deu um salto a partir desse encontro 😉 Mande beijos, sou muito fã.

Antínoo – Eu não considero o Adriano como um dos melhores; na minha opinião, ele é o melhor no Brasil e está entre os maiores do mundo. Trabalhar com ele tem sido uma das experiências mais gratificantes da minha vida. Ele não apenas produz minhas músicas, mas também somos amigos e compartilhamos a mesma visão de mundo e os mesmos valores filosóficos e estéticos. Estar ao lado de alguém como ele é um privilégio inestimável. Devido às muitas afinidades que temos, nosso trabalho flui naturalmente. Raramente preciso fazer pedidos específicos, pois confio que ele entenderá, e, no final das contas, ele sempre entende. Além disso, sugiro ouvir as canções “Exaltação” e “Marginália II”. São incríveis e foram produzidas de maneira excepcional por outro grande produtor com quem tive o privilégio de trabalhar, Mauricio Monteiro. Essa também foi uma experiência incrível, mas é claro que o encontro com Adriano foi um momento marcante na minha vida, resultando em uma colaboração de longo prazo extremamente sincronizada.

“Infinito particular”

Moreira – É muito interessante acompanhar o posicionamento de artistas da sua geração quanto à orientação sexual. Essa liberdade de ser quem se é é muito importante para o fazer artístico, né? Para a minha geração, eu tenho 48 anos, foi bem mais complicado. No single duplo com  que você lançou no começo do ano, com “I have a woman inside my soul”, de Yoko Ono, e de “Infinito Particular”, de Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, você fala um pouco desse sentimento feminino, de “ser um homem feminino” (ave, Pepeu),  né?

Antínoo – Com o passar do tempo, estou percebendo que a música sempre teve duas conexões fundamentais. A primeira é com o oculto, aquilo que não vemos, mas podemos sentir. Isso explica sua importância para as religiões. A segunda é com a sexualidade. Acredito que a música estabelece uma relação simbiótica desde o século XX, com a ascensão do capitalismo e das gravadoras, com o tema do sexo. Não é por acaso que grandes artistas, geralmente os mais populares, têm seu trabalho associado ao sexo, seja no desejo sexual ou na expressão da sexualidade. Eu sinto que eu sempre teria sido uma pessoa destemida, quer fosse nos dias atuais, em 2023, ou em 1923. Minha natureza é rebelde, e acredito que nunca seguir o caminho da conformidade teria sido sempre a minha escolha. Essas duas músicas surgiram a partir de uma reflexão sobre o papel das mulheres e do feminino em minha vida. A raiz da homofobia reside na misoginia; o que os homofóbicos mais detestam em nós, gays, é o aspecto feminino. Eu quis celebrar a feminilidade que faz parte de mim. Dela derivam minhas melhores qualidades, e é contra ela que se volta o que há de mais repugnante no mundo.

Abaixa que é tiro!💥🔫

O artista

Semana passada, fui visitar a mostra “Corpo que Habito – As Vivências de ser um Corpo LGBTQIAPN+”, na Galeria Ruth de Souza, no Teatro Paschoal Carlos Magno, que faz parte da programação do Agosto Multicor. Além de encontrar belos trabalhos de Nickolas Garcia e Gabriel Faria, tive o prazer de conhecer o universo de porcelana de Pablo Soares,  28 anos, natural de Ouro Branco e radicado em Jufas, que também é barista, maquiador e drag queen, a Amy Lanvin, que já se materializa há quase uma década. Em seu trabalho como artista, é autodidata, pois, desde pequeno, nutre uma paixão pelo mundo artístico, “influenciado por uma família de artesãos que me inspirou a explorar a criação desde cedo”, me conta, pelo e-mail. “Minha jornada artística começou com a pintura, o desenho e a escultura. A cerâmica entrou em minha vida como uma terapia e um hobby e se transformou em uma de suas profissões”, continua. Aficcionado por olhos, que espalha por canecas, quadros, vasos, potes e outros objetos, ele se diz influenciado por filmes de terror e fantasia. Entre os materiais, estão cerâmica, gesso, cílios falsos e tintas acrílicas.

É “Véspera” dos novos tempos, dos novos cantos e dos corações no single de estreia do carioca Júca, que é cantor, compositor, ator e artista visual.  Formado na Escola de Cinema Darcy Ribeiro, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage e na Escola de Teatro Político de Buenos Aires, ele faz sua estreia em clima de misticismo e aventura, beleza e cabelão ao vento, elementos analógicos e eletrônicos e uma percussão marcada por ritmos nacionais e clave habanera. O clipe de “Véspera” foi gravado na região da Costa Verde carioca e mostra lutas e danças. A escolha das paisagens e cenários busca remeter ao paradoxo da “Gravidade e a Graça”, em referência ao livro da filósofa e mística francesa de origem judia Simone Weil, referência de sabedoria espiritual, (1909-1943), citada na própria letra da música. “No livro, ela diz que todos os movimentos naturais da alma são controlados por leis análogas às da gravidade física e que a  graça é a única exceção. Que a graça preenche os espaços vazios, mas só pode entrar onde há um vazio para recebê-la, e é a própria graça que faz esse vazio. Que a imaginação está sempre trabalhando para preencher essas fissuras pelas quais a graça pode passar”, resume. Fiquei bem curioso pelo que está vindo aí.

Júca por Ivan Nishitani

O casal Gabriel Alyrio e Tiago Tortora, ambos de 38 anos, o duo Doce Delix, estão vivendo “a vida que eu tô afim” no clipe leve e amorzinho de “a vida que eu quero”, com imagens deles nos últimos 17 anos. Só podemos desejar a partir daí pra gente mesmo, né, um amor leve e gostoso na natureza. O casal do selo Peneira Musical estreou em disco em 2020, como “Dulceneia”, e esse é o primeiro lançamento como Doce Delix. Geral sentiu. Eles contam, em vídeo de financiamento pro álbum, que já esconderam a condição de namorados no começo da carreira. Com diz a letra, “a vida é melhor assim”. Há seis anos, eles abriram mão de seus antigos empregos para se dedicar completamente à música e,hoje, moram em um sítio em Itaboraí, Baixada Fluminense. Essa leveza permeia toda a música, da letra ao arranjo, sweet groove, com referências da MPB, neo soul e pop. Deu vontade.

O casal Gabriel Alyrio e Tiago Tortora , uma "Doce Delix"
"Hair: A nova era de Aquário”. Foto Debora Agostini
Tantao precisa da nossa ajuda
Um clássico: Blues Etílicos em Ibitipoca

A banda que eu gosto Obey! toca com Madhu e Libertà, na sexta (25), às 21h30, no Beco, no Capivara Rock Fest. No domingo (27), às 18h, tem Assombro de Bixo.

Alexandre Pereira e o Samba do Galo fazem show sexta (25), às 19h, na Estação Cultural.

O Museu Ferroviário de Juiz de Fora completa 20 anos e comemora com baile “Chega de Saudade”, nesta sexta (25), das 17h às 19h30, e Encontro de Colecionadores, no sábado (26), das 10h às 13h, e apresentação do grupo de música instrumental Spalla no domingo (27), das 10h às 11h.

O Difluência é um coletivo de fazeres artísticos não convencionais e faz a quinta edição de seu encontro artístico e musical, sexta (25), às 21h, no Maquinaria, com som de Bruno Vicente, Pedro Labrador, Natália Reis e Lucas Stamford e dança da Companhia de dança contemporânea da UFRJ.

O Agosto Multicor segue com a sua programação, que tem a “1ª Caminhada Lésbica de Juiz de Fora”, sábado (26), saindo ao meio-dia do Parque Halfeld, om sarau em frente ao Cine-Theatro Central, às 13h. These boots are made for walking!. Dia 29 é Dia da Visibilidade Lésbica. No domingo (27), às 9h, tem Piquenique Mães pela Liberdade, na Praça Cívica da UFJF. Sim, as gays também têm mães! E elas são felizes. Na quinta (31), rola a pré-estreia do musical Hair: A nova era de Aquário”, às 21h, no Teatro Paschoal Carlos Magno, estrelando o nosso maravilhose César, esse brilho. Com entrada franca. A temporada mesmo é nos dias 2 e 3, às 20h.

O Festival Sarará faz sua décima edição no sábado (26), às 12h, na Esplanada do Mineirão, em Belo Horizonte, com 19 shows, como Marisa Monte convida Arnaldo Antunes, Jorge Aragão, Timbalada, Julia Mestre canta Rita Lee, Fat Family, Rubel convida MC Carol, Johny Hooker canta Marília Mendonça, Rico Dalasam convida Kaike, Urias convida Paige e Ebony, Brisa Flow e mais. Transmissão aqui.

“Barbie e Ken, o musical” tem apresentação no Teatro Solar, sábado (25), às 18h.

Tradição do juiz-forano, o Festival Ibitipoca Blues acontece hoje (25) e amanhã (26) com shows de Nanda Moura, Blues Etílicos, Rodica Blues e Mamooth Band (25, 19h) e  Hugo Schettino Blues Trio, B2 Regional, Afrodite, The Headcutters + Ivan Mariz, James Boogaloo Bolden e Fred Sunwalk (26, 15h), no Camping Ibitilua.  A banda Eminência Parda aproveita para fazer shows sexta (25), às 18h, e sábado (26), às 17h, no Ibitilua.

A portuguesa Carminho faz show quinta (31), às 21h, no Vivo Rio.

Os maiorais Paulo Talarico, Ramón Brandão e Ronaldo Couri ficam em cartaz até o dia 5 com a coletiva “Vai encarar?”, no Bar do Abud, em São Mateus. Eu já queria ter falado aqui do trabalho militante que o Ramón está fazendo, em seu Instagram, mostrando a força destruidora da especulação imobiliária, que engoliu nosso passado. Artista faz assim.

E segue a temporada do Palco Central, todas as terçås-feiras, as 18h30, em setembro, com concerto de piano de Rafa Castro (5), “Vozes no cotidiano: o encontro do samba com a literatura periférica” (12), Dirigível Duo com Juninho de Sá e Tiago Guimarães (19) e Fred Fonseca e o show do álbum “Mar de Morros” (26). Os ingressos começam a ser distribuídos na quarta anterior ao show.

“Abrimos um portal muito perigoso. “Piripaque-paque-paque”, e o Tantão, querido que lidera a banda Tantão e os Fita, teve um AVC e precisa de ajuda para o tratamento. “Duas toneladas de barra pesada”. Vakinha aqui

Eu tô curtindo acompanhar o projeto de um homem só Sozinho no Sótão, do músico brasiliense Thiago Oli, que lançou o  EP “Ela disse que não era mais feliz”, em 2020, e voltou, essa semana, com “Paranoia”, single em parceria  com o rapper Flyzin que reflete sobre saúde mental, antecipando o tema do Setembro Amarelo, expondo o vício em remédios em forma de ficção científica. O vídeo leva a reflexões sobre a própria natureza humana e envolve cientistas, robôs e ciborgues em um enredo misterioso. “Eu gostaria que o público criasse suas teorias sozinho”, convida o artista, que mistura rock alternativo, indie, metalcore, emocore, trap e PC Music.

Playlist com as novidades musicais da semana que consolida lá pelas 2h de sexta. Todas as playlists do 2012, 2021 e 2020 nos links.

Playlist de clipes com Hozier, Jon Batiste + Lil Wayne, Samba Esquema Russo, Anitta, Tinashe, Doechii, Charlie Puth, Jão, Zudizilla + Tuyo, Supla, Maikon, Yam Haus, Jamila Woods, IZA, Raffé + Menor MC + Matt D, Kevin O Chris + Buarque + MC Ryan SP , Gabriel O Pensador + Lulu Santos + Xamã, Chris Brown e Sohia Chablau e uma enorme perda de tempo.

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