Sexta Sei: No contraponto entre o lirismo e a transgressão, a poesia absolutamente brutal de Rogério Skylab

Refiz com o poeta, que se apresenta em Juiz de Fora, entrevista de 2005 na Tribuna de Minas, agora falando de uma apresentação que foi seu mito fundador, acompanhado por Big Charles, no Bom Pastor

por Fabiano Moreira
sextaseibaixocentro@gmail.com

Skylab por Clarice Melo :da Folha de Pernambuco

O tempo vai passando, e a gente  acaba, também, fazendo um movimento de voltar a si mesmo, se revisitar, relembrar, refazer. E eu tinha vontade de voltar a entrevistar Rogério Skylab, 67 anos, que entrevistei, em julho de 2005, pela Tribuna de Minas*, quando o bardo veio se apresentar na fábrica da Bernardo Mascarenhas. Lembro que me encantou a educação, a simpatia e a delicadeza do nosso contato, visto que sua poesia era tão brutal, poética, mas de conteúdo absolutamente bárbaro, além da alta qualidade do show. Pois eu trabalho justamente com esse contraponto entre o lirismo e a transgressão”, me contou, em papo pelo Zoom, falando sobre o show que faz, essa sexta (22), às 22h, na Versus. Ele me contou que vai tocar uma música que nunca gravou e que cantou na cidade, em 1983, “Eu e Você”. E foi aqui que ele também se batizou Skylab, quando subiu ao palco, no Bom Pastor, acompanhado do nosso Caboclinho da Lua, Big Charles. “Cantei o “Samba do Skylab”, que falava de satélite americano chamado Skylab que podia cair no Brasil. Então, vivia-se uma espera, uma expectativa, um certo receio. Onde que esse satélite ia cair? Que pedaço dele ia cair? Parece que caiu em cima de uma vaca australiana. Eu cantei aí nesse festival, em Juiz de Fora, e as pessoas começaram a me identificar como Rogério Skylab. Então, eu diria que o meu nome, Rogério Skylab, nasceu em Juiz de Fora. Ainda não tinha gravado nada”, me conta, nessa delícia de papo pra #sextasei, sobre sua ligação com a cidade, aonde conheceu a esposa, Solange Venturi.

Moreira – Lembrando, aqui, nossa primeira entrevista foi em 2005. Você tinha até cabelo preto.

Rogério Skylab – Mas essa entrevista foi em função de quê mesmo?

Moreira – Você veio fazer um show no Mascarenhas.

Rogério Sylab – Lembro.

Moreira – O seu batismo como Rogério Skylab foi aqui em Juiz de Fora? E com o Big Charles, vamos falar de Big Charles, que é uma pessoa muito importante pra mim, fazemos aniversário no mesmo dia…

Rogério Skylab – Foi, exatamente. Era o seguinte, era um festival, que eu sei que era no Bom Pastor, no bairro do Bom Pastor. Agora, eu não consigo identificar o lugar, qual era exatamente esse lugar. Era um festival de canção, disputando o prêmio, disputando o primeiro lugar. E eu estava lá, eu fui lá assistir o festival, simplesmente fui assistir o festival. E aí, eu não sei se você se lembra, você conhece um cara chamado Marcos Petrillo? 

Moreira – Claro. Tenho uma amiga, a jornalista Kitty Kiffer, fazendo um documentário sobre ele (“Qual é o Bizzu? Marcos Petrillo e a expansão da cena rock nos anos 1980”)

Rogério Skylab – Sim, gravei depoimento. O Marcos Petrillo arrumou um jeito de eu me apresentar nesse festival, enquanto o jurado escolhia os primeiros lugares do festival. E aí tinha o Big Charles que estava ali. Aí eu chamei o Big Charles para me acompanhar, e tinha um violonista que eu também não vou, a essa altura, não vou saber identificar o nome dele. E aí, cara, nós começamos a tocar, né? E, cara, foi um sucesso grande, entendeu? O público gostou muito, o público não queria deixar que a gente saísse do palco. Ficamos quase uma hora lá, entendeu? Esperando o resultado do festival, né? E é isso, o Big Charles tocando na bateria. Enfim, foi a partir daí que as pessoas começaram a me chamar de Rogério Skylab, porque naquela época eu apresentei para eles lá um samba, o “Samba do Skylab”, que é um samba que eu nunca vim a gravar, entendeu? Eu nunca gravei, porque eu não gostava do samba. Mas, enfim, era o “Samba do Skylab”, que falava daquele momento em que um satélite americano chamado Skylab podia cair no Brasil, podia cair. Então, vivia-se uma espera, uma expectativa, um certo receio. Onde que esse satélite ia cair? Que pedaço dele ia cair? Parece que caiu em cima de uma vaca australiana. Eu cantei aí nesse festival, em Juiz de Fora, e as pessoas começaram a me identificar como Rogério Skylab. Então, eu diria que o meu nome, Rogério Skylab, nasceu em Juiz de Fora. Ainda não tinha gravado nada.

Moreira – Eu queria falar da sua faixa com o Renan da Penha, que é um cara que eu acho muito importante para a cultura, para o funk, que sofreu uma grande injustiça. A droga é sua, Skylab?

Rogério Skylab – É. É curioso porque foi ele que me procurou, não fui eu que o procurei, foi ele que me procurou. E ele queria trabalhar e colocou, acho que colocou no disco dele, na gravadora dele. Mas é uma música que é justamente isso. A música se chama “Eu Chupo Meu Pau” e, na verdade, a primeira estrofe é justamente essa. “Eu me drogo, eu te drogo não, eu me drogo, a droga é sua não, a droga é minha. Se fosse fácil se drogar, quem não se drogaria?”. Ele pegou a primeira estrofe da canção. Essa canção já existia, já tinha sido gravada e tal. Ele pegou a primeira estrofe e trabalhou em cima com uma mixagem própria, com um som próprio dele, e ficou muito bacana, eu achei do caralho. E quando eu fiz um show no Circo Voador, alguns anos atrás, não, foi justamente logo após o lançamento dessa música, eu chamei ele para fazer uma participação comigo lá no Circo Voador, e nós cantamos juntos essa versão dele.

Moreira – Gosto muito dele, ele sofreu uma grande injustiça. 

Rogério Skylab – É, sem dúvida.

Moreira – Vou juntar duas perguntas em uma. Tem duas performances que acontecem nos seus shows, nas músicas “Tem um cigarro aí?”, que a plateia atira cigarros em vocês, e “Você vai continuar fazendo música”, quando invadem o palco. E você abraçou isso como a performance mesmo, viva, né?

Rogério Skylab – E nada disso foi programado, ensaiado, tudo surgiu espontaneamente e eu acabei assimilando isso para o meu show. Mas até hoje, por exemplo, quando as pessoas jogam o cigarro, quando eu canto a música do cigarro, eu não peço ninguém para jogar o cigarro, as pessoas jogam naturalmente, espontaneamente. E a mesma coisa na música, “Você vai continuar fazendo música?”, que, normalmente, eu termino meu show com essa música. As pessoas sobem no palco espontaneamente, eu nunca chamei ninguém, entendeu? Então são acontecimentos que têm acontecido no meu show e que eu integrei ao meu show, mas assim, sem nenhuma obrigação. Se o público não quiser jogar cigarro, ele não jogará cigarro e pronto, acabou. Desapareceu o número. Se o público não quiser subir no palco, não vai subir no palco. E não vai ter mais esse número. Então, depende mais deles do que de mim.

Moreira – O público é protagonista.

Rogério Skylab – Totalmente, totalmente. Esses acontecimentos foram criados pelo público. Em momento algum eu programei, eu ensaiei isso, nada disso.

Foto de divulgação do show na nossa primeira entrevista, em 2005.feita pela esposa, Solange Venturi, inspirada em "Os pássaros", de Alfred Hitchcock,

Moreira – Na primeira vez que eu te entrevistei, em 2006, pela Tribuna de Minas, eu confesso que fiquei surpreso assim como você é gentil, educado. Existe um paradoxo entre a figura que a sua poesia sugere e o que você realmente é?

Rogério Skylab – Você sabe, você tá falando isso, eu tô me lembrando de algumas canções minhas, canções que se tornaram clássicas dentro do meu repertório, como, por exemplo, “Moto-serra”, ou, por exemplo, aquela música que eu chamo de “Naquela Noite”, em que eu vou torturando uma mulher. Todas essas canções, e outras que eu não vou conseguir me lembrar, elas se caracterizam justamente por um contraponto entre a estrutura melódica extremamente poética e a própria poesia da letra também poética, extremamente poética, e um conteúdo absolutamente bárbaro. Entendeu?

Pois eu trabalho justamente com esse contraponto entre o lirismo e a transgressão. É um contraponto. E está muito presente isso na minha obra.

Moreira – “Matador de passarinho”!

Rogério Skylab – É, matador de passarinho, que também é tipo um chorinho. A estrutura original dele é um chorinho. Enfim, e eu vou matando todos os passarinhos. O passarinho é um elemento muito lírico na canção brasileira, desde Tom Jobim, “Sabiá.

Moreira – Vou colocar ela na minha playlist de passarinho. Eu tenho uma playlist de passarinho maravilhosa, só com músicas que falam de passarinho. Tá faltando ela para encerrar.

Rogério Skylab – É, porque você viu, o passarinho é um elemento lírico na canção brasileira. Tem uma música que eu gosto muito, do Passo Torto, que é um grupo paulistano que eu gosto muito, chamado “Passarinho Esquisito”.

Moreira – As freiras passando também é assim, “Convento das Carmelitas”.

Rogério Skylab – Também, também. É isso, é o lírico e o bárbaro, esse contraponto.

Moreira – É a poesia do Skylab. Desejo um maravilhoso show pra você, espero estar lá também.

Rogério Skylab – Obrigado

Moreira – O primeiro show foi maravilhoso, realmente, no Mascarenhas.

Rogério Skylab – Pois é, e eu pretendo cantar nesse show uma música que faz parte das origens de Juiz de Fora. Porque, não sei se você sabe, foi talvez o meu primeiro grande show. Foi em 1983, no grande festival que houve em Juiz de Fora, produzido pelo Marcos Petrillo, que era muito meu amigo. E aí, nesse festival, só para você ter uma ideia, cantaram Cazuza, Lobão, Erasmo Carlos, Raul Seixas, olha só que é das antigas mesmo, foi em 1983. E ali eu cantei pela primeira vez para o grande público. E eu cantei duas músicas. Eu cantei “Segunda-feira” e depois veio a ser gravado no meu disco “Skylab III”. Eu cantei essa música “Segunda-feira” no festival e foi no estádio de futebol. E a segunda música que cantei se chama “Eu e Você”, que eu nunca vim a gravar, não sei por quê. Porque a música é muito boa. Então eu vou, pela primeira vez, porque eu também não tenho tocado essa música nos meus shows, nesse show de Juiz de Fora, eu faço questão de cantar essa música, “Eu e Você”.

*tentei localizar a matéria com Rogério SKlyab no acervo da Tribuna de Minas, disponiblizado à Biblioteca Municipal Murilo Mendes, mas o funcionário responsável pelo acervo de periódicos está de férias.  Assim que ele retonrar, voltarei a tentar pesquisar.

Abaixa que é tiro!💥🔫

Irmãs De Pau por Larissa Zaidan

Não é segredo pra ninguém que eu sou fã para caraleos das Irmãs de Pau, dupla formada por Isma Almeida e Vita Pereira que sextou aqui, lindamente, em novembro de 2021, falando sobre o álbum de estreia, “Dotadas”. Pois elas acabam de lançar a primeira parte do segundo álbum, “Gambiarra Chic”, com duas faixas já conhecidas do público, “Cussy” (2023) e “Shambaralai Remix Cyberkills” (2024), e cinco canções inéditas, com produção musical de grandes nomes da cena musical eletrônica, como Brunoso, MU540, Cyberkills, DJ Dayeh e Clementaum, além das participações especiais da Pepita, Mc Luanna, Aurora Abloh e Salvie da Bawdy (EUA). As artistas ecoam suas novas conquistas dentro e fora dos palcos, apresentando uma nova perspectiva de prosperidade para o funk ostentação. 

As gambiarras inventivas das Irmãs de Pau são as tecnologias, os mecanismos e novas soluções que as artistas criaram para a manutenção e sucesso de suas  próprias carreiras. E no álbum, depois de viajarem fazendo shows pelo Brasil todo, elas estão ostentando prosperidade no país que mais mata travestis, servindo dança, alto astral, trap, rap, reggaeton e funk. Elas têm pau e talento de sobra.

Caio Prado, o mais perto que se pode chegar da voz de Deus, lança nesta sexta (22) seu terceiro álbum, “Caio em Ti”, primeiro lançamento pela gravadora Deck. O álbum traz um Caio mais solar, mais pop,  abrindo espaço para falar de temas como amor, sexo, praia, futebol e outros assuntos  de seu universo. Caio ficou conhecido por suas músicas de luta, como o “hino” LGBTIQA+  “Não Recomendado” – gravado por Elza Soares – e “Não Sou teu Negro”, interpretada ao  lado de Alcione. O álbum resgata a carioquice latente do artista, isso  tudo refletido na sonoridade do disco. É música pra fazer amor, pra tocar na pista, para as pessoas dançarem, ainda que tenha  letra que fale da desigualdade social, o que fica é a alegria de viver porque esse é um  disco muito feliz”, comenta Caio. 

A sonoridade do álbum traz elementos de uma nova música popular brasileira que  ressurge flertando com vários estilos musicais, MPB funk, como define o produtor musical Umberto Tavares, que trabalhava com Elza. O álbum investiga uma essência perdida em Realengo, bairro de Caio, aonde o artista cresceu cria do funk e pagode, o que é celebrado no clipe de “Vai Rezando”.. O trabalho ainda brinca com R&B, em “Sem demandas”, e afrobeat. Ao invés de um álbum 100% autoral, como os  dois últimos, Caio escreveu as músicas com vários parceiros, como Doralyce, Luthuly, Umberto Tavares, Jefferson Junior, Tiago Silva  e e da dupla Marcelo Delamare e Theo Zagrae. A capa do álbum, icônica, inspirada na imagem clássica de São Sebastião, Oxossi nas religiões de matrizes africanas, padroeiro do Rio de Janeiro. “Uma das ideias é mostrar quem é esse caçador, esse lutador que enfrenta a selva na cidade e quais são as flechas que atravessam seu corpo. As figuras religiosas foram embranquecidas diante do sincretismo, mas, com certeza, essas flechas atravessam os corpos pretos, pela luta diária no cotidiano, enfrentamento do racismo e da desigualdade social”, comenta Caio.

Haroldo Bontempo. Fotos: Rafa Chernicharo

Ao lado de Arthur Melo, Haroldo Bontempo são os novos kingos e nomes da nova cena mineira para se prestar bastante atenção, como já tinha avisado aqui, quando Haroldo lançou “Risada”, última canção original gravada em estúdio pelo mestre do piano João Donato. De Arthur vamos falar mais adiante, no dia 19 de abril, quando publico nosso papo sobre o seu álbum de retorno.  “Mirantes emocionais”. Falei aqui do primeiro single do trabalho, “Álvaro Almeida”, com sonoridade que remete aos anos 80, brilhos e texturas e mixagem de Kassin, e também dei na última playlist “Do colostro ao osso”. Na semana que passou, Haroldo lançou o bom EP “Indie Hippie Retrô Brasileiro”, que  funde as duas principais referências do artista, a nova MPB e o indie brasileiro.  “Até que eu gosto de você”  passou pela playlist aqui com sua ginga, cavaquinho e a  participação especial de Dinho Almeida, integrante da banda goiana Boogarins. O volume ainda traz as participações de Bernardo Bauer e Felipe D’Angelo, que assinam a produção ao lado do artista. “Um Novo Começo” abre o EP com um majestoso arranjo de cordas, coral feminino e frases reflexivas. “Sobe e Desce” começa inspirada no funk carioca e logo evolui para um jazz latino.

CPM22 por Willler Carvalhio
Phoenix no Lollapalooza Brasil. Foto: Shervin Lainez
Sam Smith no Lollapalooza Brasil
Filipe Ret. Foto Steff Lima
Blitz por Arthur Berbat
"Diário de um louco",imagem da exposição “Censura, não!” do Grupo Divulgação
Ai, que delícia a Residência São João

A turnê da banda CPM 22 passa por Jufas, sexta (22), às 20h, no Cine-Theatro Central.

O Lollapalooza Brasil acontece entre os dias 22 e 24, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, com shows de blink-182, Arcade Fire e Offspring (22), Kings of Leon, Limp Bizkit e Hozier (23) e SZA, Sam Smith, Phoenix e Greta Van Fleet (24), dentre outros.

No domingo (24), às 15h, tem Festival de Verão de Itaipava, com Filipe Ret, Veigh, Caio Lucas e Zullu. 

Lembram do Antonio Sobral, opost mais lido aqui do ano 3 da Sexta Sei? Ele convida pro evento Portas Abertas, sábado (23), na  Residência São João, ma região serrana fluminense, com entrada franca, comida, dois barris de cerveja artesanal e café especial orgânico produzido na fazenda. Quem chegar cedo pode aproveitar a piscina, a cachoeira e as atividades culturais do dia. Crianças são bem-vindas. No fim do dia , show ccm mais 15 músicos, artistas sonoros e escritores em residência.

Na quinta (28), às 22h, tem show da Blitz no Cultural, divulgando o novo álbum de inéditas, “Supernova”.

Está em cartaz na Galeria de Arte do Fórum da Cultura a exposição “Censura, não!”, organizada pelo Grupo Divulgação, com fotografias e maquetes de espetáculos encenados em pleno período ditatorial e que sofreram algum tipo de censura. Ela segue em cartaz até o dia 5 de abril, com visitações de segunda à sexta, das 10h às 19h.

 

Que perda imensa tivemos, essa semana, com a partida da icônica Liana Padilha. Que bom que ela conseguiu ehtregar dois volumes do NoPorn na sua maturidade e alcançar o reconhecimento que sempri,e mereceu, Entrevistei em duas oportunidades, aqui e aqui. 

Playlist com as novidades musicais da semana, que consolida às 2h da sexta. Todas as playlists de 2023,  2022, 2021 e 2020 nos links

Para melhores resultados, assista na smart TV à playlist de clipes com Yelawolf, Raquel Virgínia, Kings of Leon,  Meghan Trainor + T-Pain, Cor.ece & Bad Colours, Veigh, Amaarae, Rafa Martins, Kamauu, Portugal. The Man, Kacey Musgraves, Bon Jovi,  Justin Timberlake, Cardi B, Gunna + Offset,  Lila, Deize Tigrona,  André Abujamra,  Juliana Amaral e Bolis Pupul, 

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