Sexta Sei: A categoria é pose! Bruxa Cósmica divulga a cultura ballroom em projeto musical

Dançarina, performer, compositora e cantora experiente e conhecida no mercado de shows e videoclipes lança potente projeto solo

por Fabiano Moreira
sextaseibaixocentro@gmail.com

Bruxa Cósmica em “Boicote”, foto de Augusto Follmman

Uma das maiores expoentes, no Brasil, das culturas de ballroom e voguing, a artista Bruxa Cósmica, 24 anos, resolveu mostrar toda essa efervescência em um projeto musical que já tem três músicas lançadas, com clipes, como “Witch Cxnt”, produzida pelas mestras EveHive e Badsista, “Boicote” e “Céu Vermelho”. Nos clipes, uma verdadeira explosão de juventude em todas as categorias do ballroom, uma cultura que vem ganhando espaço em Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e até Jufas, aonde rolou batalha de vogue inesquecível no Museu Ferroviário, dentro do festival Pólen.

Bruxa Cósmica em “Witch Cxnt”, em foto de Josias Lunkes

A música nova, a mais certeira das já lançadas, combina eletrônica, quase industrial e drill para incrementar o estilo Vogue Beat que ela tem mostrado em seu trabalho. Batemos um papo, por e-mail, para falar do crescimento da cultura ballroom, no Brasil, com a criação de categorias com nomes adaptados, como a Batekoo, a categoria de quebração de quadril que homenageia a festa baiana, o trabalho com as produtoras Badsista e EveHive, ligadas ao salão de baile, as diferenças entre os bailes de verdade e a série “Legendary”, da HBO,  e o álbum cheio que ela já começou a construir. Quer aprender os fundamentos? Só se jogar no canal dela, que tem tutoriais de duck walk, cat walk, arms control e mais.

 Foto de Josias Lunkes

Moreira – Eu assisti “Paris is burning” e “Pose”,  mas não sabia que a cena ballroom estava tão fortalecida no Brasil até cair em uma batalha de vogue aqui mesmo em Jufas (Juiz de Fora/MG). Olha, foi um dos dias mais divertidos dos últimos tempos. Aonde esta cena está rolando, aí no Rio, e no Brasil em geral? Como essa cultura se difundiu aqui tão rápido? Teve elementos de brasilidade que foram incorporados? Um baile é como um grito de liberdade, né?

Bruxa Cósmica – Sim, a comunidade ballroom no Brasil é uma comunidade relativamente nova, o primeira ball que teve no país foi uma ball internacional, uma ball mainstream, como chamamos na comunidade, organizada em Belo Horizonte, pelas meninas do BH Vogue Fever, inclusive BH Vogue Fever é um dos maiores eventos da América Latina anual de Vogue e, em 2015, teve o primeiro baile com presenças internacionais. Em 2016, eu e Diego Cazul organizamos a primeira ball nacional, com a cena Kiki, as pessoas locais, como a gente costuma chamar, uma cena pequena, não é mainstream, porém foi quando iniciou realmente o Vogue Brasil. Tivemos também a presença da House of Keller, que é uma house do Chile, a pioneira dessa região da América do Sul, então isso foi como uma reunião dos pioneiros da América Latina. O nome do baile foi chamado “Conferência das Bruxas”, eu e o Diego organizamos em nome da House Cazul, que era nossa casa na época. Hoje, fundei minha casa, que é a Casa de Cosmos, e na cena mainstream, eu tenho o título de Legendary Princess da House of Xtravaganza, que é uma das houses citadas em “Paris is Burning”, que o Father, Jose Xtravaganza,  participa, além de ser um dos pesquisadores também da série “Pose”. A cena tem se expandido no Brasil desde 2015 e, hoje, já está presente em quase todos os estados. Em 2016, fizemos um grupo de comunicação grande, com todas as pessoas que estavam no Brasil na época, que se assumiram como representantes da comunidade; depois criamos redes sociais e páginas sobre as houses, indo aos poucos mostrando o que somos e fazemos. Começamos a traduzir alguns termos para poder realmente abraçar nossa cultura brasileira. Uma das categorias incorporadas foi o batekoo, em homenagem à festa Batekoo, é a categoria de quebração de quadril, quanto mais quadril, mais bunda, melhor. O baile é um grito de liberdade, sim, ele é um espaço seguro onde a gente se organiza pra poder celebrar e apoiar nossas identidades, que não estão sendo aceitas e representadas fora dos bailes, não vemos isso na TV ainda, por mais que a gente esteja evoluindo, abrindo espaço para as comunidades LGBTQIA+, a gente não tem uma representatividade, uma legitimidade de nossas identidades. Ainda lutamos muito pelo respeito à nossa identidade, quem somos, de não estar rotulado a ser isso ou aquilo, e sim, ir e vir, mudar, se transformar e não ser julgado. A comunidade Ballroom é um espaço seguro para trabalhar identidade de gênero e autoconhecimento.

Wicht Cxnt, feat com Badsista e Evehive

Moreira – Como se deu este feliz encontro com as produtoras  EveHive e Badsista? Como foi trabalhar com elas? As duas são muito brabas e elevaram seu trabalho a outro patamar. Também adoro o BOUT.

Bruxa Cósmica – Ah, foi maravilhoso! Eu conheço EveHive e Badsista desde o início de quando comecei a estudar o Vogue, em 2015. A gente se conheceu quando elas estavam tocando no Bruk Broken Beats, que era um coletivo de produtores maravilhosos, e um dos fundadores era o Lírio Lym, que é o meu atual produtor musical. A EveHive é uma grande amiga, morava aqui no Rio de Janeiro, se mudou pra São Paulo, eu acompanhei toda essa transição dela, ela tá comigo desde o início, em 2015, e desde antes de eu pensar em assumir minhas composições, minhas músicas, ela já tava ali. Eu procurava a Bruk, procurava onde a galera ia tocar pra eu poder dançar porque eram um dos únicos no Brasil, especialmente no Rio, que produziam e tocavam esses sons que são mais Vogue Beat, Jersey Club, House, Afrohouse, então essa pesquisa sonora era igual à pesquisa que eu estava fazendo com o corpo, isso foi essencial pra mim, então me apeguei muito à todas essas pessoas que tocavam aquilo que eu pesquisava. A Eve e Badsista eram duas grandes referências pra mim, e eu já as acompanhava, as coisas foram passando, organizamos balls juntas, a EveHive tocou em várias balls que a gente organizou, toca até hoje, ela faz parte da minha casa também. Sou Mother de uma casa, a Casa de Cosmos, e ela faz parte da casa, o nome dela é OhmCosmos. A Badsista é uma grande mãe. Ela tem o coletivo Bandidas, então ela tá sempre dividindo os conhecimentos dela, apoiando as minas a produzirem, lançar, e isso é maravilhoso, ela acolhe a todos e é uma referência, uma irmã mesmo pra levantar outras pessoas e outras mulheres. O BOUT é um dos pioneiros de DJ a pesquisar e a tocar club, a trazer o Vogue Beat e essas batidas underground de clube mesmo como pesquisa pro Brasil, fazendo remix com vocais brasileiros, então ele também é uma pessoa única nesse meio. Inclusive, ele e Eve são considerados Stars no Ballroom Brasil, que é um título dentro do Ballroom e um dos mais importantes.

O baile todo em “Boicote”

Moreira – Você assiste à série “Legendary”, na HBO? O que acha da série?

Bruxa Cósmica – Acho “Legendary” maravilhoso, um espaço de trabalho da comunidade, um espaço que dá uma nova perspectiva, busca compartilhar um pouco da história dos participantes, porém é um programa de TV, tem formato, roteiro, não é exatamente um espaço pra vivenciar uma ball. Quem assiste precisa entender que a comunidade Ballroom, os bailes, são coisas completamente diferentes. Tem as categorias de batalha, mas o formato é diferente, o ritual do baile é diferente do programa. Inclusive, já conversamos com a HBO Brasil, teve uma sondagem sobre quem é a comunidade no Brasil, o que faz, mas ainda não tem uma perspectiva de “Legendary Brasil”, ainda não é um projeto, porém a comunidade está fazendo acontecer no Brasil, as houses estão por aí no mundo todo, e aqui também estamos nós. A gente vive o Vogue, estudamos, conversamos, pesquisamos. O Vogue faz parte da nossa rotina, a gente vive essa cultura 24 horas e ela só existe aqui por causa da comunidade. Trazemos a filosofia do pessoal de Nova York, nos anos 1970, que fez a cena acontecer, e aplicamos isso em nossa vida aqui e agora. A cultura Ballroom transforma a visão de mundo que temos, a gente vê tudo como uma oportunidade de legitimar essa cultura.

 Foto de Josias Lunkes

Moreira – Você é uma dançarina experiente que trabalha há anos com Fernanda Abreu e participou de diversos clipes, dançando. Como foi esse processo de se lançar como cantora e compositora, quais são as suas inspirações, como você compõe, quais são os planos? Vem disco aí?

Bruxa Cósmica – Sim, já trabalho há muitos anos com a Fernanda Abreu e sou muito grata. Ela é maravilhosa, uma grande artista e inspiração pra mim, principalmente por ter sido uma grande bailarina, ter se iniciado na dança, estudado o corpo, vivido a dança, e ela vive ainda a dança. A dança pra ela não é um produto, ela não usa isso como entretenimento, e isso me inspira muito nela, além do carisma e do jeito popular como ela se comunica. Ela tem 30 anos de carreira, iniciou  a carreira quando o funk tava tendo um boom aqui no Rio, então me identifico muito com esses momentos atemporais da Fernanda porque é exatamente o que eu estou vivendo, mas em outra geração. A gente iniciou a comunidade Ballroom aqui em 2015 e ela tá tendo um boom agora, justamente quando estou iniciando minha carreira musical e essa é nossa vontade enquanto comunidade, de expandir o Vogue e o Vogue Beat, essa vivência pra salvar vidas mesmo, salvar as pessoas que puderem ouvir nossa voz, ver nossa performance, poder realmente levar a vida, porque eu precisava quando era nova, num momento que estava me descobrindo, me conhecendo, não tinha nenhuma Bruxa Cósmica pra eu ver e me referenciar, e quero ser essa referência que não tive. Me emociona muito ver que eu já sou essa referência, então minha vontade é unificar a minha arte, com música e dança, pra eu poder conseguir cada vez mais me comunicar com meu público, que são as pessoas que precisam de esperança, que precisam acreditar que o que elas são é legítimo, que não precisamos mudar, não temos que nos formatar e que temos que viver nossas verdades como muita garra e força. Que eu possa ser uma porta-voz dessa comunidade. Uma coisa que o Vogue ensina pra gente é que precisamos trabalhar o tempo inteiro: trabalhar pra melhorar, trabalhar pra estudar, trabalhar pra ser melhor a cada dia. Eu amo poder trabalhar com clipes, dançando, fazendo publicidades, porque, além da confiança que eles estão tendo comigo ao me chamarem, também é um espaço de aprendizado, de muita troca. Então, se hoje estou conseguindo levantar um pequeno trabalho autoral é devido a essa experiência que já tive e continuo tendo. A música é pra mim uma herança paterna, meu pai é músico de barzinho, tem mais de 40 anos de carreira, me criou assim. Meu pai é uma pessoa extremamente humilde, não tem estudo, parou na quarta série, mas aprendeu a tocar todos os instrumentos de corda, bateria, percussão, tudo por ouvido, então me admira muito essa sensibilidade que tenho que vem dos meus ancestrais, da minha família. Então, quero estudar e conseguir trabalhar ela pra eu poder comunicar com a minha cultura, a minha verdade, através da minha arte. A música está vindo como um grande suporte e um grande sonho pra mim. Minha ideia é lançar um álbum em 2022 e poder apresentar mais que um single. Venho trazendo singles com clipes, já tenho três singles com clipe, então a ideia é vir com um álbum. Já tenho músicas pra fazer um álbum, falta agora organizar todas as ideias.

“Boicote” feat com Luky Roh

Moreira – Você mesmo cuida do figurino e do styling dos clipes, né? O que você quer expressar por meio da moda? O clipe de “Boicote” é muito legal, aonde foi gravado? Que lugar louco! Tem até um canhão! Adoro as Irmãs Brasil, acho muito bapho, conheci no Novas Frequências. Quem mais tem se destacado dessa cena?

Bruxa Cósmica – Sim, cuido do styling dos figurinos, faço os figurinos, e eu amo. A moda pra mim sempre foi algo que me chamou a atenção. Minha avó era costureira, e a roupa que uso no meu primeiro clipe, “Céu Vermelho”, foi feito por ela, desenhado e cortado e costurado à mão por ela, então minha avó é a grande base de moda pra mim, ela sempre me chamava atenção porque ela fazia uns cortes que não tinham gênero, ela cortava roupa e ficava algo muito moderno. Em 2018, quando conheci o Dudu Bertolini, durante o programa “Amor e Sexo”, eu estava com uma blusa preta feita por minha avó e ele reparou na blusa, falou que era maravilhosa, que o corte era lindo, que a gente não acha aquele corte no Brasil, justamente um corte não-binário, e ele ficou maravilhado por ter sido feita por minha avó. Tenho essa referência forte de moda dentro da família. Minha família é cheia de artistas, embora seja muito humilde, mas tenho essa base. Hoje estou aqui pra trabalhar em cima dessa herança, dessa sensibilidade, como comentei antes. Quero muito estudar a manufatura de forma geral, sou apaixonada por moda, quero ter uma marca. O Vogue abrange todos os meus sonhos, a dança, a música e a moda. No Ballroom, temos isso de a gente mesmo fazer os looks, as músicas. O Ballroom tem inspirado muito a música e universo pop, muito antes da Madonna, e esse formato dos balls foi levado pro pop. Quando eu soube disso, isso abriu muito meus horizontes, sobre a minha forma de me expressar, e tento transmitir isso nas minhas roupas, nas músicas e passar esse conhecimento pra frente, que é tão rico, é plural e individual ao mesmo tempo, e minha roupa é sobre isso, minha música. As Irmãs Brasil são minhas filhas na Casa de Cosmos, elas entraram em 2019, e a gente também se conhece há bastante tempo, desde 2015, estudamos juntas na UFRJ, elas também fazem parte da House of Xtravaganza e estamos juntas nessa vivência do Ballroom, estamos sempre trocando. No clipe, também tem a Makayla, que é uma das outras grandes irmãs que tenho, uma das primeiras mulheres trans a transicionar dentro da comunidade, ela é uma das Femme Queens que é uma grande referências, além do Lucky Roh, que faz os chants (freestyle no mundo dos bailes), ele fez o primeiro chant do Rio, é muito especial tê-lo na música “Boicote”.

Abaixa que é tiro!💥🔫

Figura antológica da noite carioca, Leopold Nunan está servindo looks no clipe de “Ballin’ in Beverly Hills”, que acaba de lançar, em feat fashionista com a drag queen carioca Pietra Parker. Ambos vivem e trabalham nos Estados Unidos. A música, animada, fala sobre ostentação com base de hip-hop, afrobeat, trap e funk favela produzida pelo brasileiro Karan!, jovem de 16 anos do Mato Grosso pra gente prestar atenção.

 O cantor Leopold Nunan e a drag queen Pietra Parker em foto de Anthony Vanity
Foto: Guilherme Nabhan

No clipe, os artistas vivem a fantasia do sonho americano em imagens gravadas em esquema de guerrilha na Rodeo Drive e em uma festa. A moda é um personagem a mais com os looks de Leopold, assinados por  Rik Villa, do Project Runway, e Victorious. A faixa ainda vai ser lançada em versões riddim, afro beat (Klean), Riddim com nuances árabes (Klap) e techno (Golden Kong).

Lululoops servindo looks!

Eu que sou supertio posso contar que os projetos voltados para crianças nem sempre prezam pelas melhores opções estéticas. Isso até conhecer a multi-instrumentista e arte educadora clubber Lulu Araújo e seu novo personagem e projeto de música infantil, Lululoops, que já chega servindo looks em clipe fervido. Ela, que já que tocou com grandes mestres, como Naná Vasconcelos e Alceu Valença, apresenta mistura de experimentações eletrônicas e ritmos pernambucanos. E os pernambucanos, vocês sabem, estão um passo à frente (“e você já não está mais no mesmo lugar”).

Foto: Ashlley Melo

Lululoops chega com disco em janeiro de 2022, com músicas dela e de Tom Zé, Naná Vasconcelos e Moreno Veloso, participação especial de Kassin e produção e direção musical de Missionário José, do Mombojó. O álbum é resultado de um trabalho que ela faz, desde 2006, com o público infantil, tanto com o personagem Fada Magrinha quanto com a atuação em sala de aula. Já na estreia, o som traz base eletrônica com batida de brega funk conhecida como o Passinho Pernambucano, e foi produzido por DJ Marley com influências de afoxé, coco e samba (ou seja, aulas).

O clipe brinca com challenges, hashtags, trends topics, trocas de roupas com truques de montagem, com animações espertas de Dani Hasse, pra galera do TikTok. A moda, que tem papel primordial para a construção da personagem e uma boa vitaminada na imagem da artista, é assinada por Nestor Mádenes e Thanara Schonardie. “A ideia é mergulhar nos sons, despertar os sentidos e sacudir o corpo”, explica Lulu. Já fui.

A quarentena me fez cair de amores pelo festival brasiliense Porão do Rock, assistindo, no ano passado, a shows de Autoramas, Tuyo, Realeza e outros bons shows, no YouTube, por indicação do amigo roqueiro Gabriel Thomaz.  Esse final de semana, sábado e domingo (20 e 21), o rolê chega à sua 24ª edição em formato híbrido, com shows em Cine Drive-In transmitidos, ao vivo, pelo Youtube. As vagas do drive-in foram sorteadas, e o ingresso é 1kg de alimento para doação, chique demais. O sábado é pesadão, bem roqueiro, com shows de

O dia 20 de novembro começa às 19h é voltado para quem curte estilos mais pesados,com Amaro (DF), Black Pantera (MG), Crypta (SP), Far From Alaska (RN), Jambalaia (DF), Muntchako (DF), Os Cabeloduro (DF) e Pense (MG). Já o domingo (21), flerta com o pop, o rap e outros ritmos e começa mais cedo, 18h, com Consuelo (DF), Jah Live (DF), Magnética Groove (DF), Nando Reis (SP), Rocca Vegas (CE), Selvagens à Procura de Lei em tributo a Belchior (CE) e Thabata Lorena (DF)

Amanhã (20) é Dia da Consciência Negra, tema de várias ações on-line.

O Festival Levante chega a sua segunda edição neste sábado (20) com o  tema “Celebrar a resistência” e uma programação especial de 20 artistas pretos em diversos estilos musicais que vão desde o samba ao rap e hip hop fomentando a pluralidade e brasilidade da música preta. A transmissão será feita direto da Fábrica de Cultura da Brasilândia, na zona norte de São Paulo,e começa às 18h. Em quatro palcos, passam nomes como Mylena Jardim, Bruna Black, Tinna Rios, Yasmin Olí, Martte, Leyllah Diva, Quebrada Queer, Angela Máximo e Desirée.  O evento tem Criolo como orientador social e Zezé Motta, como madrinha, abrindo o rolê. 

 O Teatro Bradesco também convocou Zezé Motta como mestre de cerimônias para a live “Arte Negra”, ao lado de Ailton Graça. A live acontece nesta sexta (19), às 20h, com elenco estelar que reúne Mahmundi, Paula Lima, Péricles, Seu Jorge e Majur.

O Sesc ao vivo entrou no clima também e tem shows de  Thaíde, Edi Rock, Kadesh, Psico e Ana Preta no sábado (20), às 21h, e Luciana Melo, no domingo (21), às 18h.

Nessa sexta (19), às 20h, a Osesp, sob regência de Marin Alsop, apresenta a “Floresta Villa-Lobos”, programa especial centrado na música do compositor brasileiro.

Entrou no ar, no YouTube do Criolo, o especial “Samba em três tempos”, com direção de Monique Gardenberg

Na quinta (25), Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher, a cantora Fafá de Belém faz show, às 21h, no Festival das Marias.

Castello Branco e o clipe de “4/4”

Com participações especiais de Duda Beat, Mahmundi, 

Lazúli e Rubel, o artista carioca Castello Branco traz mensagens para um futuro possível em seu novo disco, “Niska: uma mensagem para os tempos de emergência”, uma espécie de garrafa jogada ao mar. 

“A mensagem do disco é sobre a vida num futuro possível. O impossível me interessa: ver o mundo consumir de maneira consciente, agindo para resolver os principais desafios contemporâneos, entre eles a desigualdade social, as alterações climáticas e a poluição“, explica, citando o Solarpunk, movimento artístico focado em como será o amanhã se a humanidade conseguir resolver esses grandes desafios estruturais. Niska é um apelido que o artista mesmo se deu, aos 7 anos, quando morava na comunidade “Crer-Sendo”, na zona rural de Teresópolis, que batiza música do artista em seu disco anterior, “Serviço”.

A arte da capa do disco é assinada pelo artista visual Ludvig Holmen, especializado em realismo digital

“Niska é o nome que eu mais gosto e não difere de qualquer outra mensagem de alerta, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, que está sendo realizada na Escócia este mês. É mais uma mensagem: sofrida e sentida, mas otimista e com uma saída. Uma saída sobre todas as parafernálias tecnológicas que estamos produzindo com celulares inteligentes, metaversos e drones”, diz.

Se tá solteira vamo ficar de casal“, dita o hit do discaçø “Baile”, lançamento da dupla formada pelos mineiros FBC, MC, e o beatmaker VHOOR, mostrando que o funk é de Beloryhills também. A dupla se voltou para o som dos anos 90, com os raps melody e melôs que cantavam o cotidiano dos subúrbios cariocas, como nas canções de Claudinho e Buchecha. O disco conta a história do personagem Pagode, pai de família, morador da favela, trabalhador, que frequenta o baile da UFFÉ e é preso por engano. Pagode é solto, retorna ao baile e encontra um antigo amor, Jessica. “Baile” é tocante homenagem à cena de Miami bass do Brasil.

Playlist com as novidades musicais da semana. Nesse post, tem todas as playlists do ano.  Aqui tem as playlists de 2020.

Playlist de clipes com Yelawolf, Izzra + Malía, Daparte, Coucou Chloe, MC Rashid, Mykki Blanco, Vitor Kley, Yelawolf, Djonga + Tássia Reis, Manu Gavassi + Tim Bernardes + Amaro Freitas, Anitta, Charli CXC + Caroline Polachek + Christine and the queens, Puro Suco + Letícia Fialho + Yago Oproprio, Mitski, YMA, Little Mix, Diplo + Paul Woolford + Kareen Lomax, Post Malone + The Weeknd, Chris Lake + Grimes, Kassin + Vovô Bebê e Caetano Veloso

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