Festa terá shows de Laura Conceição e Pedrada, o Legítimo e DJ sets com Igor F Beats, Alex Paz e esrte Moreira que vos escreve, além de exposições com Clóvis Cacá Faria e Natalia Elmor
por Fabiano Moreira
sextaseibaixocentro@gmail.com
A Sexta Sei está completando três anos de jornalismo militante e, para comemorar, promove uma festa regada a muita arte e cultura, no dia 11 de agosto, às 21h, uma sexta, obviamente, no estúdio de música e casa noturna Maquinaria, em São Mateus, com shows de Laura Conceição e Amanda Fie e Pedrada, o Legítimo, amapaense que é artista revelação do Encontro de Compositores de Juiz de Fora. A festa ainda terá a exposição de desenhos “Escatalogias Cítricas” do artista Clóvis Cacá Faria, fotos do Ballroom Kuut JF de Natalia Elmor para a página e DJ sets com este Moreira (apresentando uma síntese do meu projeto Bootie Rio, de mashups, melhor festa do Rio pela Revista Época em 2012), Igor F Beats (que foi DJ residente de outro projeto da moreiridade, a festa Electrobogie, que aconteceu no Muzik e no Dama de Ferro, no Rio, e Alex Paz (do Espaço Hip Hop, de AFeira e da Manufato).
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A poeta e cantora juiz-forana Laura Conceição, 26 anos, participou da festa virtual de um ano da página, um especial de TV gravado no Inhamis, durante a pandemia, em 2021, com Gabriel Acaju e Lúdica Música, que fez seu show diretamente do Porto, em Portugal. Laura é um dos poucos personagens perfilados por duas vezes na Sexta Sei, em agosto de 2022, quando saiu seu segundo álbum, “Espelhos”, e também em agosto de 2020, na quinta edição da Sexta Sei. A artista transita por rap, MPB, trap, samba, funk, bossa e muito mais. “É impossível não se emocionar quando a Laura pega um microfone e manda aquela palavra ali, no momento, ao vivo, tão instantâneo e real, vai tão fundo nas questões que realmente importam, ela tem um dom de encantar e fazer refletir, é sempre atual demais”, analisa Moreira.
O amapaense Pedrada, o Legítimo, 30 anos, está há uma década na música e também no Sudeste, para onde veio estudar Letras, na UFJF, curso que trancou para focar no trabalho com a música. Ele é a maior revelação do recentemente lançado álbum do Encontro de Compositores de Juiz de Fora, no qual cravou a pérola “Feriado Feri”. É possível admirar o seu talento também na sua versão transante, sensual e francesa de “Recairei”, dos Barões da Pisadinha. “Andei dias, pelas ruas, cantando, aos gritos, “Feriado Feri”, que grudou na minha cabeça e vai grudar na de quem mais ouvir. Fui fazer contato, e o homem me respondeu com poesia, que ele é poeta”, conta Fabiano. A resposta foi assim: “Sou um tablet sem senha da mão de uma criança pra você. História e caso cantado tenho bastante pra contar”. Uma história de amor, de aventura e de magia.
Exposições
Formado em gestão ambiental, Clóvis Cacá Faria, 25 anos, começou a desenhar na infância, fez quadrinhos e, durante a pandemia, iniciou o trabalho que está fazendo atualmente e que ganhou recente projeção na galeria Olugar, no Rio de Janeiro, em uma coletiva com diferentes artistas com temática erótica, na fábrica Bhering. “Conheci o Clóvis no evento Ratos no Praça, dos skatistas, na Praça Jarbas de Lery, em São Mateus, e não conseguia desgrudar de duas pastas com desenhos dele, uma espécie de compêndio rodrigueano de baixarias em cores cítricas, vi um tremendo potencial, um Allan Sieber virtuoso mineiro”, conta Fabiano. “A pandemia teve um forte papel no meu desenho, devido ao isolamento e toda a tensão que o momento impunha”, conta Clóvis.
Na fachada do Maquinaria, visível pela Rua São Mateus, serão projetadas fotos de Natalia Elmor feitas para uma das páginas mais acessadas da Sexta Sei em seu terceiro ano, sobre o Ballroom Kunt JF, o hip hop das gays. A cultura americana das balls, nas quais as pessoas vivem suas fantasias de glamour e dançam os passos da vogue, foi absorvida pelo brasileiro, que inseriu a categoria Batekoo. As fotos foram feitas na Praça João Penido, em frente ao Cine Theatro Central, na última edição do Miss Brasil Gay. Uma explosão de juventude.
Os DJ sets
A festa terá DJ sets comigo, Fabiano Moreira, Igor F Beats e Alex Paz. Eu fui o produtor da Bootie Rio, a festa mundial de mashups, com base em San Francisco, nos Estados Unidos, que se espalhou pelo mundo e teve edições em Berlim, Austrália, Londres, Paris e Singapura, entre outras cidades. Eleita como a melhor festa do Rio de Janeiro, em 2022, pela Revista Época, a festa viajou por todo o Brasil, passando por São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Porto Alegre, Recife, Uberlândia, Goiânia, Patos de Minas e mais. Beijei muito. A festa fez quatro edições em Juiz de Fora, no Privilége e na primeira versão do Rocket Pub. Flyers aqui.
DJ residente da festa Electroboogie, que produzi nos anos 00 no Café Muzik e no Dama de Ferro, no Rio, Igor F Beats é mais do que um DJ, é um patrimônio da cidade, parte da história clubber de Juiz de Fora, herdeiro direto da tradição iniciada por Paulo Beto. Ele também atuou com sonoplasta do grupo Teatro de Quintal (tQ) e, atualmente, é estrategista digital na Non stop produções.
Carioca, colecionador de discos, DJ residente do Espaço Hip Hop, do evento AFeira e das sextas do Espaço Manufato, Alex Paz é muito boa praça, especialista de bate-papo. Ele começou a espalhar suas misturas em bares e casas noturnas cariocas em 2006, abrindo shows de artistas como a cantora Céu, Laudir de Oliveira (RIP), Marcelo D2, Daniel Shadow, Beach Combers, Curumin e Dudu Lima, entre outros. Ele também produziu a Feira de Discos de Juiz de Fora de 2017 a 2022.
Maquinaria
O Maquinaria é um espaço de incentivo e de degustação da produção cultural musical, na Rua São Mateus. Os pratos principais do menu são ensaios, gravações e apresentações ao vivo de bandas, principalmente autorais, da cidade e outras tantas de fora, muitas vezes pegas de passagem em turnê entre Rio e BH. Além disso, o delicioso caipimate, prata da casa, nascido ali mesmo, e cachaças temperadas, especialíssimas .
Recentemente, Marcio Jorge, do Maquinaria, Amanda Soldati e Luiza Reis lançaram o Meiuca, bem no meio da vila localizada nos fundos do Maquinaria. É um delicioso café-jardim-culinária-inclusiva, com tudo gluten-free, muitas opções veganas e muito afeto. “A ideia é mesmo ir ocupando a vila com usos que se conectem, e o Maquinaria tava ali na ponta, de frente pra rua o tempo todo, com esse espaço foda aqui atrás”, conta Márcio.
A ideia é habitar a vila com empreendimentos jovens, como o estúdio de tatuagens Caza Trezze Tattoos, de João Reis,e outros usos como exposições, feiras, apresentações de música e até cinema. Além disso, somando na vila, a Casa das Plantas, o Ateliê de restauração São Judas Tadeu, de Francisco Irineu Del’Duca, que chegou primeiro já foi cenário no filme “Zuzu Angel”, e outros que vem chegando, como a Banca Vera, com livros de editoras independentes de vários locais do Brasil e que inaugura em breve.
Serviço
Três anos de Sexta Sei
11 de agosto (sexta), às 21h,no Maquinaria
Rua São Mateus, 552
Shows: Laura Conceição + Amanda Fie e Pedrada, o Legítimo
DJs: Igor F Beats (Electroboogie), Moreira (mashups da Bootie Rio) e Alex Paz (Espaço Hip Hop)
Exposição: “Escatalogias Cítricas”, Clóvis Cacá Faria, e “Ballroom Kunt JF”, Natalia Elmor
Fotos: Natalia Elmor
Ingressos aqui. Lotação: 70 pessoas
Playlist com as novidades musicais da semana. Todas as playlists do 2012, 2021 e 2020 nos links.
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