Sexta Sei: As cascatas de maravilhas da artista pública e terapeuta social Sil Andrade

Sem ingressos ou paredes, ela se apresenta nas ruas e nas praças da cidade e, em março, chega às feiras livres, levando poesia e uma espécie de terapia grátis para transeuntes

por Fabiano Moreira
sextaseibaixocentro@gmail.com

Sil no Cabaret dos Seres da Ribalta do Movimento Artístico Evolucionário (MARE) Foto: Brendha Torres
Sil no Cabaret dos Seres da Ribalta do MARE. Foto: Brendha Torres

Não sei se foi o dia de Iemanjá, meu aniversário de duplo piscianjo que se aproxima ou o lirismo do personagem da semana, mas eu chorei em várias partes do processo, da elaboração das perguntas à diagramação. “Eu choro para lhe lavar”, Sil Andrade, 60 anos, artista pública que se apresenta pelas ruas, praças e feiras livres de Jufas e que me emocionou com a condução amorosa, política, transformadora, pedagógica e terapêutica de seu ofício. Graduada em literatura e pós-graduada em comunicação, ela ganha a vida se apresentando nas ruas e divulgando a música de compositores locais, abduzindo crianças com talento para a música a se apresentarem com ela e não amarelar, como ela, um dia, amarelou. Com vocês, Sil, essa coração pulsante de Jufas, a pequena escoteira que encontrou toda essa sensibilidade na natureza. A partir de março, ela estará se apresentando nas feiras livres da cidade.

Sil no Cabaret dos Seres da Ribalta do MARE em .homenagem ao centenário de José Amaro, morto em abril de 2022. Foto: Brendha Torres

Moreira – Na pequena bio que você me mandou, diz que você é do Monte Castelo. Como foi o seu primeiro contato com a música e como aprendeu a tocar, a cantar e a compor tão bem? Você é autodidata? Uma danada.

Sil Anrdade –  Sim. Sou de Juiz de Fora e nasci no bairro Monte Castelo, sou canceriana, sexagenária e meus pais são negros, portanto! Vinte dias após meu existir, minha família foi morar no sul do Brasil, onde passei toda a minha infância. Nasci em uma casa musical. Na sala, à noite, aos pés do meu pai, ouvíamos discos do Martinho da Vila, Noite Ilustrada, Evaldo Braga, Perla, Miltinho e vários discos de cantores brasileiros, paraguaios e argentinos. No Clube Social, vi, ao vivo, Agnaldo Timóteo, Ângela Maria, Jerry Adriani e o restante da Jovem Guarda… Aos cinco anos de idade, fui convidada para cantar na Rádio Cultura de Fóz do Iguaçu. Treinei uma canção da cantora  Wanderléa, minha mãe, ficou comigo, me apoiou!… Não tenho lembranças de ter me apresentado… eu amarelei! Alguns anos depois, um tio foi morar conosco e, ele me vendo tocar em paus de vassouras, confeccionou para mim o meu primeiro instrumento. Era de madeira rústica com pregos para segurar as cordas de pescar. Fiquei encantada!. Aos onze anos, veio o primeiro violão, presente do meu pai e, com o Pinho, vieram os professores. Não parei de tocar e sigo estudando. Não sou autodidata, estudo e muito! Cirurgia nas mãos fizeram com que eu focasse na voz, reservei uma segunda opção para o que eu gostava de fazer. Seguindo minha trajetória, venho me preparando e aprendendo a cantar, melhorar o que gosto de tocar e componho com a preocupação de não deixar as canções em gavetas.

Retornando para Juiz de Fora, fiz parte da diretoria e estudei na Sociedade Euterpe do Monte Castelo, Banda de Música, e aprendi saxofone/contralto em uma escola da Zona Norte, fundada em 1951 por um homem negro e pedreiro. Componho com muita facilidade, mas é uma habilidade que demorou a chegar. Quando comecei a compor, não parei mais. As canções, elas surgem com as questões do dia-a-dia e memórias dos lugares por onde morei. Em duo com o bossa-novista, cantor e compositor Driano Barbosa (in memorian e seu parceiro) ao ar livre, nas praças da cidade, eram os ensaios dos repertórios das bossas e das canções do EP “TREMinhão Mineirices & Poesia”, e o EP “Mamão & Poesia”, disponíveis nas plataformas digitais. Todos os compositores deste trabalho são artistas de Juiz de Fora, minha homenagem. 

Sil Andrade na Praçå da Melquita: a nave vai levantar vôo. Foto: Matheus Duarte

Moreira – Você se auto-intitula uma artista pública. É tão forte isso, né, Sil? É um termo que você mesmo criou? Qual o conceito? Parece que você se coloca a serviço. Nos seus shows na rua, a gente realmente se sente atendido por você, tem um quê terapêutico, né? Fica a impressão que você leva mais do que arte pras pessoas 😉

Sil Andrade – “Artista pública” foi uma denominação que eu ouvi nos fóruns online de cultura e arte durante o período da pandemia. Todo este termo público volta com uma profunda reflexão de que eu era uma artista pública, lá no meio de todos! Cantando pra todos, sem a necessidade de ingressos e nem paredes… O afeto, a troca é muito presente, muito forte e ocupando os territórios ociosos, ocupo com minha voz, violão o meu canto. Aos transeuntes, eles gostam! No centro da cidade, fomos ocupando os territórios ociosos na Mister Moore, Parque Halfeld, praça do Teatro Central e o Recuo da Bossa, no coração da cidade, é aonde recebemos e trocamos, com a comunidade, o afeto. O “chapelin no chão” é o charme, mas é trabalho, ensaios, ralação, manutenção… Somos profissionais como qualquer outro profissional. Sempre, em espaço de fala, menciono o respeito aos artistas públicos.

Sil com vestido de Fernanda Cruzick em homenagem à canção "O Luar", de José Amaro, morto em abril de 2022. Foto: Brendha Torres

Moreira – Achei tão emocionante a sua apresentação no aniversário do Museu Mariano Procópio. Eu sou o prefeito de lá no Foursquare, é o meu lugar favorito aqui em Jufas, me lembra coisas boas da minha infância e me faz me sentir bem. Me vejo. Você tocou músicas de compositores de Juiz de Fora, como Geraldo Pereira e Mamão, achei tão delicado isso, celebrativo de nós… O Mamão tem algo que emociona a gente, né? “Um aperto de saudade no meu  tamborim”… Eu chorei ouvindo você cantar “Minirrosas”, coincidentemente, no museu, pegou a minha piscianidade nagô de jeito e me tocou, viu… Você é danada pra emocionar a gente. Um dom.

Sil Andrade – Visibilizar os artistas locais é respeito, é patrimônio, memória. Juiz de Fora é a casa de talentosos artistas, e homenageá-los, estar com eles, poder tomar café, ter acesso. Menciono sempre e inicio os meus repertórios com o grandioso cantor e compositor Geraldo Pereira, ele é daqui. Merece ser honrado, mencionado. Mamão é um artista acessível. Participei das comemorações e dei visibilidade ao centenário de José Amaro, que se foi há dois anos (tem um belo registro dos dois aqui no Cabaret dos Seres da Ribalta 2). Realizei o tributo “Bambas do Portão Azul”, há oito anos, na porta do Joãozinho da Percussão, que participa conosco quando consegue, projeto agraciado com o “16° Prêmio Amigos do Patrimônio”pela Prefeitura. Fiz homenagem a todos os cantores de rádio, como as irmãs Barbosa. A canção “Tristeza pé no chão” uma canção que me foi dada pelo própio compositor, o Mamão, está disponível nas plataformas em duas versões.

“Fragmentos”, Sil Andrade e seu esposo, Driano Barboza (in memorian): foi com essa canção que ele a pediu em namoro, falando de amor na Rua Halfeld 

Moreira – Achei impressionante como você chamou uma criança, no dia desse show, deu a ela um instrumento de percussão, e ele participou do show como se fosse algo ensaiado. Depois, você me contou que não o conhecia. Eu fiquei bege. Você é encantadora de crianças?

Sil Andrade – Atrair com flautinha, pandeirinho e violãozinho os artistas mirins enquanto atuo virou uma meta, tenho que criar oportunidades para apresentá-los ao público. As fotos ficam perfeitas. Com crianças cantando ao meu lado, eu entro em êxtase. É um belo registro. Tenho essa habilidade em reconhecê-los de longe. Quem quer ser artista chega e domina o espaço, enfrentando o público. Quando eu tinha, provavelmente, cinco ou seis anos, fui convidada para cantar na Rádio Cultura de Foz do Iguaçu. Eu me preparei para a apresentação, mas eu não fui! Amarelei… E percebi que, durante minhas atuações, eu poderia atrair as criancinhas que passavam encantadas com a minha cantoria. Então, passei a levar instrumentos infantis, como flautinha, pandeirinho e violãozinho.

Sil encantando a criançada no Recanto da Bossa, patrimônio imaterial de Jufas

Moreira – No ano passado, você me procurou para relatar problemas com a gestão do Banco do Brasil da Rua Halfeld, aonde, há oito anos, você criou esse palco afetivo da gente, o “Recuo da Bossa”, todos os sábados, patrimônio imaterial de Jufas. Conseguiu resolver isso? A praça é do povo, né, Sil? Esse gerente devia se ocupar de dinheiro… Procurei a assessoria de imprensa do Banco, quando me acionou, e pedi uma posição, eles até me responderam, mas nunca se posicionaram…

Sil Andrade – Alvará… Autorização… Burocracia e toda exaustão que o processo me produziu. O silêncio das autoridades, da fundação de cultura, dos coletivos, dos movimentos feministas, não recebi nenhum tipo de apoio como mulher, artista, negra, idosa… Retorno aos territórios ociosos empregando a Lei Municipal nº 13.350 de 26 de abril 2016 – Lei do Castelar, mencionando que o artista tem direito de se expressar em logradouros públicos. Sigamos para o oitavo ano do projeto Recuo da Bossa,  “Sem ingressos… Sem paredes…”. Com ele, recebi a 17ª edição do Prêmio Amigo do Patrimônio da Prefeitura. Agregando, levando para minha cidade o que eu sei fazer, meu afeto, minha voz, meu canto, meu violão. Sou artista pública e sobrevivente, conquistei depois de correrias e enfrentamentos ao sistemas, hoje, estou à disposição da arte e cultura local.

*com agradecimento especial a Rodrigo Mangal, do MARE, que cedeu as fotos para a entrevista

Abaixa que é tiro!💥🔫

Capa do álbum "Evocação Negreira" com colagem de Fabu Pires

Quem acompanha as playlists sextantes já ouviu à bela “Theremin”, com o delicioso trocadilho “ter em mim”, disparado a melhor canção desde 2023 que se inicia. A faixa faz parte do segundo álbum do artista paulista radicado em Helsinki, na Finlândia, Nei Zigma. “Evocação Negreira” é uma parceria com o poeta cearense Assis Lima, em produção do guitarrista Guilherme Held, gravado em São Paulo. Um disco leve, bonito e profundo que toca a sensibilidade com sua mistura de jazz, baião, corimba, rock e samba e, sobretudo, reflexões ancestrais. “O disco traz canções que pulsam memórias de um sangue cafuzo onde ressoam tambores do Norte, Congos de Ouro e imagens do encantamento nordestino brasileiro“, diz o release.

Clipe de Pedro Paulo Rocha

Difícil imaginar seu criador na fria Helsinki, longe do Brasil. “Existem muitos detalhes dentro das razões para deixar o Brasil que não quero esmiuçar. Pelo menos, não agora… Mas foram pesos para me fazer sair e encontrar um lugar onde eu poderia andar sem achar que seria atacado ou me sentir vulnerável e ter uma vida mais tranquila, ganhando o mínimo suficiente para dar continuidade ao trabalho com a música. Assimilar novidades, refrescar o pensamento. Logo em seguida, veio todo esse tsunami do Mal que colocou o bolsonarismo em evidência. Foi quando percebi que tinha me auto exilado“, me confessou, pelo papo do Whatsapp.

Longe do Brasil apenas geograficamente, ele buscou a si mesmo em  “Evocação negreira”. “O disco tem um processo de auto encontro profundo, que tem raízes na minha procura pelas pessoas que vieram antes de mim dentro da minha família e que histórias tinham… Eu senti o quanto dessas memórias foram e estão sendo apagadas”, me contou meu novo amigo, que convidei para tomar um caipimate no Meiuca, E ele aceitou. Vamos acompanhar.

Kureb por Gabriel Venzi
Tatá Chama e as Inflamáveis. Foto: Natalia Elmor

O Espaço Hip-Hop, no vão do Viaduto Hélio Fadel Araújo, segue sendo a ocupação urbana mais importante dessas terras e faz o seu primeiro evento do ano no domingo (5), a partir das 13h, com roda de conversa, sets de Alex Paz, Anditaum e Gramboy, batalhas de tag, MC e dança (all style) e shows de Noxio e RT Mallone. Cata aqui o cronograma com todas as atividades, que o rolê é organizado com capricho pelo Stain, descendente de uma linhagem de reis e de rainhas.

No sábado (4),  o rei das pistas, amigo do peito e criador do header da página, Kureb, comanda baile eletrônico de carnaval com entrada franca, que delícia, a  Súbita, entre 14h e 20h, no Museu Ferroviário. No line up, Isi  (14h), OffBeat (15h30), Emuni (16h30) e Kureb back 2 back Reoli (17h30).

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O Beco vai ser barril dobrado com os shows umidificantes de Tata Chama e as Inflamáveis e Me Gusta Xagusta, sexta (3), às 20h, com MPB mineira de tempero tropical

Concerto de Carnaval Sinfônica Pró-Música. Foto: Nathália Miranda

O maestro era o Curinga e, entre os músicos da Orquestra Sinfônica Pró-Música/UFJF, podia-se ver integrantes da gangue da série espanhola “A casa de Papel” e outros personagens que os músicos incorporaram para o último Concerto de Carnaval antes da pandemia, em 2020. Eu tava lá. E embarquei na viagem e até me arrependi de não ter caprichado no visual também, erro que não vou cometer no próximo dia 12, às 19h, quando o bloco dos músicos vai entrar no palco do Cine-Theatro Central de novo, com entrada franca. Sob a regência do maestro Victor Cassemiro, a orquestra contará com a formação integral do corpo de instrumentistas, interpretando clássicos do gênero extraídos de um repertório tipicamente brasileiro, com samba, marchinhas, frevo e baião. Os convites serão distribuídos de 7  a 10 de fevereiro (de terça a sexta), das 9h às 12h e das 14h às 17h30, e dia 11 (sábado), das 9h às 12h. 

Acorda, menina, que já é carnaval. Sábado (4) tem Concentra, Mas Não Sai, meio-dia, na Praça Armando Toschi Ministrinho, no Jardim Glória, e Muvuka e Egbe Tóbi Ode + Xota Éfe,  ao lado da Represa de São Pedro, às 15h. No domingo (5), meio-dia, tem o tradicional  Bloco da Imprensa, na parte baixa da Rua Espírito Santo, e o Guerreiras de Clara que eu gosto, 14h, no Parque Halfeld.

Sábado e domingo (4 e 5), às 14h, tem Bloco do Moinho, no Moinho Zona Norte, no Francisco Bernardino, com Parangolé Valvulado e bateria da União das Cores, no sábado (4), e Bloco só Love, no domingo (5).

O Café Muzik também recebeu o memorando e recebe o Bloco do Realce neste sábado (4), às 22h. “Quanto mais purpurina, melhor” 🎶.

No sábado (4), Bloco Só Love, Tokaê e DJ Jeffinho fazem baile pré-carnaval do Clube Cascatinha, das 15h às 22h.

No domingo (5), tem o bloquinho infantil Meleka de Jacaré, a partir das 13h, no Tenetehara.

Artes do Inhamis

O ano era 2019 e eu ainda não era essa criatura sextante e nem conhecia os amigos do Inhamis quando, antes dos filmes do festival Primeiro Plano, uma menina muito engraçada, a Marizótica, dizia que não tinha visto Bacurau kkk. Era a vinheta da Mostra Ratazana, realizada pelo Inhamis, naquele ano, no Clube Necessaire.Tinha vontade de gritar sempre que passavam a vinheta.

A primeira edição foi realizada em 2014 num boteco do bairro São Mateus. A Ratazana é uma mostra competitiva sem esportiva e cooperativa ilegal de videomakers, risos, questionando o elitismo, a formalidade e os critérios curatoriais desse universo. O rato é uma referência ao Cinema Marginal, movimento contracultural dos anos 60/70 responsável por filmes experimentais de baixo orçamento que contestaram a produção cinematográfica nacional.

A Ratazana acolhe filmes rejeitados em festivais de médio porte ou mesmo produzidos de maneira espontânea, sem pretensão de participar desse circuito. Com recursos do edital Exibe Minas, do Fundo Estadual de Cultura, a 4ª edição da Mostra Ratazana acontece de 14 a 16 de abril,  no Museu Ferroviário.

As inscrições de filmes de até 15 minutos podem ser feitas até 19 de março, taqui o regulamento. As artes deslumbrantes são todas do Inhamis.

A produtora Mart'n´ålia e Luiz Otávio. Fotos: Catarina Ribeiro

Tecladista e cavaquinista da banda de Mart’nália, o cantor e compositor Luiz Otávio, 33 anos, já era destaque dos shows dela e passou uma temporada em Jufas, durante a pandemia. Ele acaba de lançar seu quarto álbum, “Essa maré” (Biscoito Fino), o primeiro com canções, com produção da chefa e releituras de canções de Djavan, Arlindo Cruz e Don Beto e quatro composições próprias. O álbum, seu primeiro que não é apenas instrumental, chega mergulhado numa sonoridade black suburbana, que remonta à elegância quente de bailes da Zona Norte e da Zona Oeste. Deficiente visual desde o nascimento, ele sempre teve ouvidos atentos e já gravou com Martinho da Vila e Elza Soares.

A capa do álbum "Essa Maré"

“Essa maré”

Playlist com as novidades musicais da semana. Todas as playlists do 2012, 2021 e 2020 nos links.

Playlist de clipes com Uaná System, Sam Smith, Zara Larsson, P!nk, Felipe Cordeiro + illy + Barro, Hiran + Mari Alves + Cuper,  Ari Lennox, Chlöe, Taylor Swift, MC Guimê + Major RD, midwxst + Denzel Cury, Cali + Kafé, Zoo, Fall Out Boy, Lelekito + Ricky  Ndombashi, H.C. McEntire, Rosalía, Tidoido + Guero e Maria Baldaia.

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