Sexta Sei: Ser lésbica para Maria Beraldo é a recusa do sistema capitalista com o consumidor absoluto sendo o homem cis: “Não, não vou te dar de comer”

Depois de seis anos da estreia impactante com “Cavala”, ela volta a ressoar o coletivo a partir de suas experiências pessoais em “Colinho”, seu segundo álbum

por Fabiano Moreira
sextaseibaixocentro@gmail.com

Maria Beraldo por Ivi Maiga Bugrimenko

Há seis anos, Maria Beraldo,  36 anos, mudava a forma de falar sobre a homossexualidade feminina com “Cavala”, seu belo álbum de estreia e saída do armário. Um tempo sem ter tanto a dizer e ocupada demais assinando a direção de peças de Felipe Hirsch (“Fim”, “Lázarus”, “Língua Brasileira”, “Autorretrato”, “Fantasmagoria” e “Av. Paulista”, que estreia em fevereiro), compondo trilhas para diversos longa-metragens e para o Balé da Cidade, ela volta a conjugar seu sexo no mundo com “Colinho”, que acaba de chegar, com parcerias com Zélia Duncan, Ana Frango Elétrico e Negro Leo e um passeio por funk, samba, pop, jazz, folk e canção popular. Batemos um papo, por e-mail, que foi um dos mais articulados e inteligentes aqui da Sexta Sei, para falar como o álbum parte de um assunto particular, a sua sexualidade, para ressoar o coletivo. “Vivemos em um sistema comandado pela lógica do capital, no qual o consumidor absoluto é o homem cis. É ele quem manda, é pra ele que as coisas são destinadas, é ele quem escolhe, é ele quem come, é ele quem possui. Ser lésbica é a recusa desse sistema, estruturalmente: não, não vou te dar de comer. Não vou viver pra você. Não quero o que você tem pra me dar. Não sou sua”, dispara. Sextou demais.

Moreira – Porquê tanto tempo de hiato desde a estreia com “Cavala”? Você estava se dedicando a assinar a direção musical das peças de Felipe Hirsch, compor trilhas para longa-metragens, como “Regra 34” e “Levante”,   além de ter gravado álbuns com o Quartabê, com versões de Moacir Santos e Dorival Caymmi. Não faltou trabalho, né… Ou esse era o momento certo para “Colinho” aflorar?

Maria Beraldo – Olha, acho que um pouco de tudo. Quando passou um ano e meio, dois, do lançamento de “Cavala” as pessoas começaram a me perguntar de disco novo (talvez tenha começado antes até). Nessa época, eu sentia forte que não tinha nada pra dizer ainda. Não tinha o que dizer em todos os sentidos: letra, música, proposta sonora, sonoridade, ideia. Eu tava ainda vivendo o procedimento de descida do “Cavala”, que foi um disco muito intenso pra mim. “Cavala” me transformou em compositora, cantora, produtora, ativista queer e mais um tanto de coisa. Além disso, é um disco no qual abro totalmente minha intimidade, me entreguei muito inteiramente e tudo ali tem uma densidade muito grande, assim como a chegada da “Cavala” na minha vida. Levei tempo para decantar. Elaborar, viver a própria transformação e precisei me voltar pro lado de dentro um pouco. E aí sim, os trabalhos com cinema e teatro foram o meu mergulho desses anos, e isso foi muito importante, porque foram trocas muito ricas com os diretores, foram a chegada na música por um outro ponto de vista, foi a oportunidade de experimentar, pesquisar, descobrir inúmeras sonoridades e perspectivas da música. Aí chegou uma hora que o !Colinho” bateu na minha porta. Fui indo nesse fluxo de teatro e cinema (e sim, a Quartabê também), mas chegou uma hora que esse disco precisava vir porque eu tinha sim muito o que dizer. Cheguei em um lugar, queria compartilhar. Aí ele veio. Um ponto importante nisso tudo é também o buraco no qual estamos com relação às políticas culturais no Brasil. Muito provavelmente, esse disco viria antes se eu tivesse ganhado algum edital – me inscrevi em todos e nunca passei. Mas tem pouco dinheiro pra isso no nosso país – sabemos. Fazer a sua própria música e passar em edital é uma coisa muito difícil. Eu ainda sou privilegiada, consegui trabalhar muito esses anos e fazer o disco com as minhas economias desses outros trabalhos, mas, certamente, tem muito artista incrível com disco pra fazer e sem ter como realizar. É isso tudo e mais um pouco.

Maria Beraldo por Maiga Bugrimenko

Moreira – Foi muito legal viocê ter gravado “Matagal” com a Zelia Ducan e lançado no Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, em 29 de agosto. Porquê ainda temos menos visibilidade lésbica quando comparamos à visibilidade dos homens gays? É reflexo de uma sociedade misógina? Tenho feito essa pergunta a artistas lésbicas.

Maria Beraldo –  Eu acho que sim. A misoginia é uma das maiores forças opressoras na nossa sociedade, sem dúvida. Vivemos em um sistema comandado pela lógica do capital, no qual o consumidor absoluto é o homem cis. É ele quem manda, é pra ele que as coisas são destinadas, é ele quem escolhe, é ele quem come, é ele quem possui. Ser lésbica é a recusa desse sistema, estruturalmente: não, não vou te dar de comer. Não vou viver pra você. Não quero o que você tem pra me dar. Não sou sua. Uma vez que os contratos sociais e políticos estão intrinsecamente ligados aos contratos sexuais, e sendo por meio da sexualidade e do sexo que a sociedade opera, se você não deseja ou nem sequer quer ser desejada por um homem cis, você vai ser apagada, porque não é admitida tamanha exclusão (do homem cis). Ser lésbica é babado. já sofri muito com isso. hoje sinto que é a glória.

Moreira – Sua arte tem essa característica de ser atrelada à sua vida. Se “Cavala” era sobre sair do armário com um grito, “Colinho” passa pela elaboração acerca de sua identidade de gênero não binária. Como foi essa descoberta e qual a importância desse tema hoje para a nossa comunidade?

Maria Beraldo – Essa descoberta aconteceu e acontece muito lentamente. Algumas leituras foram muito importantes e deram colo e contorno a sentimentos que tenho desde muito tempo, talvez desde a infância. Ler Paul Preciado foi divisor de águas. Lendo Paul, entendi muito sobre mim, me senti entendida, autorizada a ser quem sou, liberta, e não mais sozinha. O sistema cisgênero nunca se acomodou em mim de fato. Não cabe no meu corpo (cabe no de alguém?). Sempre senti um enorme desconforto e não sabia de onde vinha. É libertador entender de onde vem e poder ir se livrando aos poucos dele. Sigo elaborando esse assunto. Hoje, o sistema cisgêner,o pra mim, está muito nitidamente como um sistema propriamente. Uma invenção, uma ferramenta de opressão. Cresci sendo ensinada que ele era natureza e hoje entendo que é uma arma. A importância desse tema para a nossa comunidade é infinita. Me parece impossível a construção de uma sociedade realmente justa enquanto houver a fantasia homem/mulher. Esse sistema é destinado à opressão. está na sua gênese, na sua matriz. Acho muito difícil, portanto, que se chegue algum dia à tão falada “igualdade de gêneros”, ou num equilíbrio político social entre homens e mulheres, essa coisa foi criada justamente como ferramenta para que haja essa “diferença”, essa violência, essa opressão.

Moreira – Eu amo o primeiro single divulgado, bem freudiano e punk, “I can´t stand my father anymore”. De onde veio a inspiração? 

Maria Beraldo – Não me lembro exatamente do momento quando fiz essa. É velha, ficou guardada num áudio do meu celular por uns anos. devo ter feito na época do “Cavala”. Acho que fiz andando na rua, coisa assim. Tem muita coisa ali, poderia falar por horas (aliás, sobre todos esses assuntos poderia falar por horas). Mas acho que parte de um sentimento mesmo, um sentimento que acho que todo mundo que tem um pai já sentiu, de não aguentar mais seu pai. E aí acho que isso se junta com o fato de que as lésbicas, na nossa sociedade, precisam entender o porque de serem lésbicas. Seja implícita ou explicitamente, toda lésbica ja se perguntou, e muitas já foram também perguntadas, a respeito do que pode ter causado esse erro no sistema, essa falha, essa “diferença”. O natural é ser hétero. quando se é lésbica você tem que tentar entender de onde isso vem, já que é “diferente”. Isso é uma violência absurda. Sinto raiva quando penso nisso. Mas, enfim, aí entra esse imaginário freudiano, como você disse, e um encontro do meu pai propriamente dito com o simbólico do pai, do patriarca, em última instância, do sistema.Se não aguento mais meu pai (do real ao simbólico, do Rafael ao sistema), será que isso explica eu ser lésbica? Tem esse jogo todo. Muita coisa. Mas que fique claro, amo meu pai, me dou muito bem com ele, e por sorte já briguei muito com ele. Sou apaixonada por ele, me identifico, aprendo muito. é meu professor na vida, meu parceiro, o primeiro poeta que conheci. E dos grandes aprendizados que tive e tenho na vida, com meu pai, é aprender a brigar – porque isso é um aprendizado. Uma das frases mais marcantes que meu pai me disse (muitas vezes) na vida é: ‘Maria, imponha seu significado’ – ele me falava isso enquanto me ensinava a dirigir, mas acho que levei um pouco adiante, a ponto de contestar a ele próprio quando foi necessário, como na minha saída do armário, e todos crescemos com isso.

Moreira  – Me conta mais sobre como foi trabalhar com dois artistas que admiro demais, Ana Frango Elétrico e Negro Leo. Como foram as trocas com eles e os resultados no álbum?

Maria Beraldo – Foi incrível. Também admiro muito os dois. Sou super fã. Aninha eu conheço há um tempão, e nosso primeiro encontro já foi muito importante pra mim. Foi na época do “Mormaço queima”, primeiro disco dela. De lá pra cá, a gente se acompanha, temos uma troca artística que é muito especial pra mim desde o primeiro momento. Acho a ana foda. Inteligente, sensível, uma grande artista. Já tínhamos feito alguns rascunhos de parceria de canção, mas nunca chegamos a finalizar. Quando eu tava compondo pro disco, eu tinha o refrão de “masc” pronto e pensei que tinha que ser a Ana compondo aquela canção comigo. Pensando aquele assunto comigo. Dizendo aquilo tudo comigo. cantando comigo. Nos juntamos no meu estúdio numa tarde, e os versos nasceram pra completar o refrão que já existia. Ali é match. Negro Leo é um dos grandes artistas que temos. ele é uma referência pra mim. O Leo faz a música respirar, me sinto muito feliz e aliviada de ouvir seus discos, ver a relação dele com a música e com a arte. A música do Leo faz a minha cabeça demais, me instiga, me mostra, é foda. “Desejo de Lacrar” é um disco que me salvou em meio a essa tendência tão mercadológica da música dos dias de hoje. E aí, eu tinha uma música pronta, e precisava de uma letra pra colocar ela nesse disco. A música (“Quem eu sou”) era meio Clube da Esquina demais, e eu queria chamar alguém pra fazer uma letra de modo a dar uma rasteira na canção, nessa lógica Clube dela (amo o Clube, mas as referências tão lá pra gente ir adiante, ficar muito colada na ref não é do meu feitio). Aí pensei no Leo. esse gênio. amo o jeito que ele escreve. O Leo pensa com o coração e sente com a cabeça, e isso me move muito. Ele me mandou uma letra e eu de cara amei. Tinha uma frase que eu queria mudar e nos encontramos umas muitas vezes, porque essa mudança nos levou a um debate rico e foi incrível. Espero que a gente faça muito mais música juntos. Amo os dois!

Abaixa que é tiro!💥🔫

A inebriante capa do novo Babado Forte é um trabalho de ilustração assinado por @assumevividastrofocus

O que pode ser melhor do que trabalhar com jornalistas que formaram meu caráter? Minha primeira experiência foi com Calbuque e Tom Leão, os caras do Rio Fanzine, que foram meus editores durante os anos de TransCultura, no Segundo Caderno do Globo, entre os anos de 2010 e 2017, que era publicada todas as sextas-feiras, sobre a pós-cultura e a cultura em movimento, um leque que vai de música e arte urbana a novas tecnologias e internet. Pois, no ano passado, entre os meses de março e maio, tive a honra de trabalhar com mais uma ídola, a jornalista de moda e noite Erika Palomino, autora do livro “Babado Forte”, que completa 25 anos com uma edição atualizada com 70% de conteúdo inédito, atualizando os babados entre os anos de 2000 e 2024. O livro já está em pré-venda aqui e, no dia 23 de novembro, na Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo, tem noite de autógrafos com a chefa mais legal que tive nos últimos tempos.  Eu participei do núcleo de pesquisa “Queer-noite”, ao lado de Lufe Steffen e Rica Amaral, e tive a incubência de atualizar os babados do Rio, justamente no período quando morei lá. 

As minhas entrevistas praticamente refizeram a minha trajetória, dando contornos terapêuticos ao processo. Entrevistei a turma do carnaval do desbunde de rua de Bunytos de Corpo (Gigante César), Minha Luz é de Led (Guigga Thomaz e Carla Ferraz) e Viemos do Egyto (Mariano Mattos Martins e Carla Miguez) e também a turma da cultura lésbica, como Sapabonde (Carol Stérica, Nina e Mariana Viegas) e Velcro (Yohanan Barros).. Não podia deixar de falar com produtores de festas que foram muito importantes nessa época, como  I love pop e Buati, dentro da experiência da Gema TV, (José Camarano), da qual fiz parte, e Moo (Alexandre Ostrovsky e Diogo Reis), que trouxe nomes do minimal e fez grandes cenários e flyers. E os clubes foram representados por 00 (Celinho Vidal), Bunker 194, Fosfobox e La Paz (Cabbet Araújo) Dama de Ferro e todas as portas (Clarisse Miranda) e Factoria e Bunker 194 (Ricardinho NS), que remontam ao início da minha vivência clubber. Também falei da experiência viadona do Drag-se (Bem Medeiros e Ravena Creole) e V de Viadão (Eduardo Castelo). Eu mesmo colhi o meu depoimento sobre a Electroboogie, minha festa no Dama de Ferro, a Agemda da Gema TV, a Transcultura e a Bootie Rio

A melhor chefa de todas por André Giorgi

A entrevista mais emocionante foi, com certeza, a com Ricardinho NS, de quem eu era fã, na época, e fazia turismo clubber para dançar o seu som na Factoria e na Bunker. 

Loucurinhas! Saí no Site Erika Palomino (sem o nome, reparem, rs)

A inebriante capa do novo Babado Forte é um trabalho de ilustração assinado por Eli Sudbrack. Uma loucurinha. Cultura queer, moda, a comunicação em tempos digitais, a energia e a ferveção de clubes e pistas de dança, bem como o Brasil e o Carnaval, elementos que constituem a linguagem de avaf, em comum com o Babado Forte. O projeto gráfico e a diagramação do Babado Forte é de Flávia Nalon, Fábio Prata e Yugo Borges (@ps2design). A ilustração ocupa toda a extensão do livro, incluindo as duas orelhas. Na capa, uma brincadeira com a carteirinha do Hell’s com o rosto da autora, que estampava a edição original do livro, de 1999. Babado Forte é um lançamento do @centroculturalvalemaranhao com a @UbuEditora, patrocínio da Vale e @institutoculturalvale.

Enquanto a obra original reunia mais de cem relatos e entrevistas sobre a cena clubber nos  anos 1990, focalizando o eixo Rio-São Paulo, a nova edição traz mais de 70% de conteúdo inédito,  cobrindo também experiências mais recentes de capitais como São Luís, Belém, Recife e  Salvador para expandir a discussão sobre moda, música e noite no Brasil. Em uma série de  relatos vibrantes e ricos em detalhes, Palomino narra a criação e a constante  transformação de cenas singulares, mostrando como a resposta original de artistas locais  a influências estrangeiras forjou fenômenos ancorados na realidade underground brasileira,  como a cultura drag e o ballroom, as estéticas mandraka e de cria, festas de rua, itinerantes,  raves, aparelhagens e bailes funk, que reverberam um mundo sociomusical único de ritmos que  vão do tecnobrega ao hip-hop, do rap ao eletropagode, da house à pisadinha, do trap ao  brazilian bass. 

A pesquisa é de Camila Ribeiro, Carolina Casarin, Claudia Assef, Danilo Satou, este  Moreira, Felipe Venancio, GG Albuquerque, Gilberto Porcidonio, Giu Mesquita, Hanayrá  Negreiros, Lufe Steffen, Nerie Bento, Rafael Ricarte, Rener Oliveira e Tom Grito. Tem de Madonna a RuPaul, Mamba Negra e Batekoo. E a chefe é um amor. E os chefinhos, a coordenadora editorial Juliana Travassos e o direcionador de pesquisa Cássio Prates, também. Foi demais participar dessa.

Eu já tinha contado aqui que dou o maior mole pro selo Cavaca Records, risos, e o Cainan Willy, sócio de Yasmin Kalaf, não decepciona e mandou pra cá essa joia que é o CACO/CONCHA, dos primos André (estudante de biologia e formado em Fundamentos do Áudio e Acústica) e Felipe Nunes (lustrador há 14 anos e quadrinista premiado),  que estrearam com clima de mistério com o single “Cassis Cornuta”, que chega com som groovado, estranho e divertido e clipe assinado por Mooluscos que só não abre a playlist desta Sexta Sei porquê o Fatboy Slim e o Daniel Steinberg vieram muito na malícia tecnológica. O diretor faz os melhores clipes da atualidade, como os de Uiu Lopes, YMA e Jadsa e AIYÈ. A banda nasce do conflito de um primo, ansioso pela energia da cidade, e o outro, imerso no concreto, buscando a serenidade do litoral. O trabalho navega por cenários e sentimentos da mata, da praia e da metrópole. 

Os primos compartilham paixões por funk, prog, indie, hip-hop, eletrônico setentista, pós-punk e boogie e resolveram fazer o álbum. O trabalho tem produção de Daniel Soares, e a primeira faixa, que abre o disco, temeu-lírico bicho de concha, explorando temas de liberdade, pertencimento e dualidade entre o corpo sólido e maleável. O clipe é um compilado de vídeos curtos gravados em São Paulo, Lisboa, Barcelona e Berlim, ressaltando o contraste das disrupções de formas, curvas e blocos presentes na arquitetura, ao redor do trânsito e do deslocamento urbano.

Fred e Suzano por Alfredo Mato

Fred Martins e o respeitado percussionista Marcos Suzano surpreendem com o divertido “Barbarizando Geral”  (Biscoito Fino), álbum gravado entre Brasil e Portugal com participação do MPB4. Músicos que navegam pelo universo afro-brasileiro do samba, eles abordam temas sensíveis, como a crise ambiental, mas também fala de amor, epifania e celebração da vida, incluindo nessa leva a canção que dá nome ao álbum e ainda “Senzala” e “O rancho da seita suicida” (que discute o perigo do negacionismo). “O disco nasce da nossa inquietude em relação ao aumento do discurso ultraconservador, fascista mesmo, que naturaliza e semeia o ódio e a violência, Suzano preparou surpresas que eu não imaginaria, e levou o meu violão e o meu canto para lugares inesperados”, explica Fred. “Eu dei muita sorte. O Fred toca um violão da pesada”, rebate Suzano. “Além do Qualquer” ganhou gravação ao vivo 

Jamie XX "in Waves" no Brasil
Os cariocas e o rap do 3030 no Cultural
Maurício Manieri no Cine-Theatro Central
Zélia Duncan em foto de Ale Catan
Maneva no Pátio Mirador
Patati e Patatá
"Alice" tem temporada no Paschoal. (Foto: Thiago Britto).
Coletivo de Skate Vitaminas no “Corpo Urbano 2024”

Como eu já tinha avisado, Jamie XX, do The XX, passa pelo Brasil com datas em Curitiba, na Opera de Arame, hoje (25), e em São Paulo, na Palácio das Artes, no sábado (26). Tudo em nome da divulgação de  “In Waves”.

Na sexta (25), às 22h, os cariocas da banda de rap  3030 fazem show no Cultural Bar, com a ETC que eu gosto, Assis, revelação da Batalha do Bandeirantes que acaba de lançar o EP “Queridinho”, LT e Viffon.

Maurício Manieri faz show da turnê “Classics” na sexta (25), às 21h, no Cine-Theatro Central.

No sábado (26), às 20h, o Madame Gevah recebe o 11° Halloween do Estúdio Victor Fish, com o tema vintage futurista, uma mistura de anos 20 e amanhã com os DJs Rangel e Vedder..Tem Pancadão Halloween no sábado (26) com os DJs Ever Beatz, Submundo, Red Bottega, Amanda Fie e Femmenino no Beco. O negócio tá tão na moda que vai ter Halloween até no pagode, segunda-feira (27), às 18h,no Olímpico. Às seis da tarde roubarei tua alm!. Em BH, tem Halloween com a drag Helena Maldita, na sexta (25), na Autêntica. A residente Voga vai celebrar dez anos de carreira.

O evento “Corpo Urbano 2024 – Skate e Cultura de Rua: Edição Especial 10º Rolê das Minas”, organizado pela Associação Juiz-forana de Skate (AJS), rola  neste sábado (26), a partir das 9h, com atividades gratuitas no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (CCBM), no Beco da Cultura e na Praça Antônio Carlos (PAC). Vai ter discotecagem com Amanda Fie e Tainá Novellino, Rap das Minas e première Vídeo-Skate Coletivo “Vitaminas”.

Zélia Duncan recebe Simone, Paulinho Moska, Isabela Taviani, Almério e grande elenco neste sábado (26), às 2oh, no Circo Voador.

Maneva faz show no sábado (26) às 16h, no Festival Luna, no Pátio Mirador, com ETC, Banda Relax e Off Beat

Patati & Patatá apresentam o show “Sorrir e Brincar”, no domingo (27),  às 17h, no Cine-Theatro Central. 

Nos dias 31 de outubro a 3 de novembro, às 20h. no Teatro Paschoal Carlos Magno, tem o espetáculo “Alice”, da Cia Eita! e belas fotos de divulgação

Playlist com as novidades musicais da semana, que consolida às 2h da sexta. Todas as playlists de 2023 2022, 2021 e 2020 nos links

Para melhores resultados, assista na smart TV à playlist de clipes com Fatboy Slim & Daniel Steinberg, Caco|Concha, Jamie XX, Tyler, The Creator, O Grilo, Rosé + Bruno Mars, Chinese Man, Grace Bergere, Julia Vargas, Sevdaliza + Karol G, Flaira Ferro, Lucas Félix, Ezra Collective, Kings Of Leon , Audrey Nuna, Kings of Leon, Alva, CocoRosie, Luísa Sonza, Day Limns, Hotelo, Francisco, el Hombre, Jaden, e Ramoznzin

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