A Era das Lives (II de III)

“A História se repete primeiro como tragédia, segundo como farsa e terceiro como vacilo, na boca de um youtuber safado.” Emerson Hobsbawm 

Inspirado na série “Eras” do renomado historiador marxista Eric Hobsbawm, a qual ficou conhecendo por meio de resumos no youtube, o jovem coach historiográfico Emerson, adota o sobrenome de seu novo mestre para escrever a história contemporânea da internet em três capítulos de no máximo uma lauda. Raso como um cinzeiro e pretensioso como um milionário, tem como objetivo de vida refutar, mesmo sem saber direito o que isso significa.

 

Cap. II A era do vídeo

“Você conhece um site chamado youtube.com? É you de você e tube de tubo, youtube.”

Esse é, em teoria, o primeiro vídeo postado no youtube

A segunda década do século XXI chegou, e com ela a introdução dos smartphones e a explosão da segunda fase das redes sociais – que eu particularmente gosto de chamar de institucionalização das redes. Houve a troca do extinto Orkut, que dividia o domínio do usuário médio com algumas outras redes, pelo Facebook, que rapidamente virou o titã do contato social virtual. Mas nada foi mais influente do que a aparição do youtube. Era o início da internet 2.0. 

A presença das câmeras digitais nas mãos de muitas pessoas, movimentou essa nova hegemonia das redes, lentamente o texto foi perdendo espaço até chegar a famigerada nomenclatura “textão”. Se o léxico foi trocado por megapixels, estes rapidamente se animaram em 24 quadros por segundo. O youtube é, até hoje, a maior rede social do mundo, falo com a convicção de quem lê comentários diariamente nos mais estranhos nichos de vídeos. Não sabe como fazer algo? Têm um vídeo de uma criança – ou dona de casa – ensinando. Quer entretenimento, teorias da conspiração, vídeos comunistas, palhaçada? Tem lá também. Milhões de bilhões de trilhões, tá tudo lá.  Mas essa hegemonia do youtube atraiu sua concorrência. 

Com o fortalecimento do conceito de monetização dos vídeos na rede, as propagandas começaram a irritar os participantes da rede e os concorrentes começaram a aparecer. O Instagram se rende aos vídeos e posteriormente lança o conceito de stories, imitando o Snapchat. Isso influenciou o formato do youtube que, mesmo assim, não perdeu sua hegemonia no quesito vídeos longos. Outro concorrente é o Vimeo, que apostando na alta definição, não conseguiu se massificar como o youtube. 

Fato é, que a interação e o dinamismo dos stories deram a largada para o estados que nos encontramos atualmente. Mas esse é um assunto que discutiremos no próximo e derradeiro capítulo.