Baterista da banda Estranhos Românticos, Pedro Serra criou movimento e playlist reunindo as novidades do rock feito no balneário
por Fabiano Moreira
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O rock carioca tem uma boa tradição, que remonta a nomes como Barão Vermelho, Os Paralamas do Sucesso, Blitz, Biquini Cavadão, Hanoi Hanoi, Inimigos do Rei, sem falar em nomes mais recentes, como Planet Hemp, O Rappa, Los Hermanos, Matanza (que eu amo), Funk Fuckers, Acabou La Tequila, Canastra e Autoramas. Como toda boa tradição, essa se renovou, e há uma nova geração de bandas fazendo bom rock’n’roll no balneário, como mostra a playlist e o grupo RocKarioca, criados pelo boa praça e baterista Pedro Serra, das bandas Estranhos Românticos e O Branco e o Índio.
“Eu já pensava nisso há algum tempo, mas teve uma ação muito legal, no começo do ano, chamada 1 Banda Por Dia, que a Mariana Eva e o Rodrigo Luminatti, de São Paulo, fizeram, que ajudou a cristalizar. É tipo um grupo de trabalho, uma forma de associação… Não está rolando de fazer eventos e shows, mas penso, no futuro, em promover um festival“, conta Pedro, pelo chat do Facebook. Dá pra visitar o projeto que inspirou aqui.
A playlist traz nomes já bem conhecidos do público, como os maravilhosos do Beach Combers, que fizeram show, aqui em Jufas, na Feira de Discos, no Museu Ferroviário, em abril de 2018, quando eu conheci o poder tombante do chope escuro do Timboo, risos. Também tem Melvin & Os Inoxidáveis, emblema da Casa da Matriz, A Grande Trepada, que tem o baixista Eduardo Villamaior, do Canastra, e Ladrão, que traz, entre os integrantes, o juizforano Daniel Alessi, do Newpigs, e Formigão, do Planet Hemp. Ah, e também tem os meninos do Astro Venga, responsáveis, com os Beach Combers, por todo esse rolê de shows na praia e na rua.
O nosso seletor de bandas massa, o querido Pedro Serra 😉
A playlist tá brasa e traz uma amostra bem diversificada do rock que tá rolando no Rio. “Tem rock canção, indie-rock, synth-rock, punk-rock, hip-rock, hard-rock, art-rock, pop-rock, samba-rock, rock psicodélico, psychobilly e outros bichos”, conta o Pedro, que sabe das coisas.
Entre os destaques, estão a Estranhos Românticos, do Pedro, e o Latexxx, um duo com uma garota, yeah, que costuma tocar e fazer shows com o Fausto Fawcett. Quando o assunto é rock, eu gosto bem pesado, hehe, como o do Fuck Youth. Tem o menino Greco, que eu gosto demais, e que conheci quando era repórter do Globo. Ele foi o primeiro menino de cropped shirt do Rio, causou demais.
Também chamam a atenção a Albaca, do meu parceirão Bacalhau, do Planet Hemp, a Elétrico Vesúvio, que tem, entre os integrantes, Lucky Leminski, filho do poeta, Bambino e os Asteróides, Mauk e os Cadillacs Malditos e Homobono.
Ainda estão na lista Barba Ruiva, Blastfemme (yeah!), The Dead Suns, Banda Gente, Guga Bruno, Katina Surf, Luiz Lopez e Panço. Aumenta que é rock e deu praia!
Abaixa que é tiro!??
A Funalfa lançou edital com quase R$ 3,5 milhões para a cultura. O prazo de inscrição vai até 9 de novembro. O edital contempla espaços de ensino e fruição cultural e artística, linguagens artísticas, cultura popular e urbana, técnicos e bastidores, e micro e pequenas empresas culturais.
O Prêmio Janelas Abertas, da Pró-reitoria de Cultura (Procult) da UFJF, teve 252 inscrições válidas. O resultado final será divulgado no dia 20. São R$ 105 mil em recursos.
A Procult também selecionou trabalhos produzidos durante a pandemia de 34 artistas na exposição “Fissuras do Tempo”, que ganhou montagem real, na sede, e pode ser “visitada” apenas virtualmente em vídeo e álbum de fotos no facebook, tudo com curadoria da pró-reitora e artista Valéria Faria. Todas as obras foram produzidas durante a quarentena, com exclusividade para a exposição. São óleos sobre tela, fotografias, colagens, desenhos, técnica mista e escultura.
O Festival Mix Brasil de Cultura da Diversidade começa no próximo dia 11 a sua 28ª edição, que vai até o dia 22, com sessões online e presenciais. Serão 101 filmes de 24 países, seis peças teatrais e shows de artistas como Linn da Quebrada, que participa da abertura quarta, dia 11, às 20h., e Jaloo, que faz o encerramento, da 22, às 20h. Tudo dentro do site.
Na programação de longas, os destaques são “The World to Come” (EUA) de Mona Fastvold que conta com Vanessa Kirby (The Crown); “I Carry You With Me” (EUA, México) de Heidi Ewing, vencedor do prêmio do público em Sundance; “Saint-Narcisse” (Canadá) do enfant-terrible Bruce LaBruce; “Lingua Franca” (EUA, Filipinas) de Isabel Sandoval, melhor filme do Queer Lisboa deste ano; “Verão de 85” (França) de François Ozon, “Suk Suk” (Hong Kong, China) de Ray Yeung Pak; “Shiva Baby” (Canadá) comédia de Emma Seligman; “Cured” (EUA) de Bennett Singer, Patrick Sammon, ” A Morte Virá e Levará Seus Olhos” (Chile) de José Luis Torres Leiva, “A Cidade Era Nossa” (Países Baixos), de Netty van Hoorn, documentário sobre o movimento lésbico holandês nos anos 70, entre outros.
Já a Mostra Competitiva de filmes nacionais reúne nove títulos, “A Torre”, de Sérgio Borges (MG); “Alfabeto Sexual”, de André Medeiros Martins (SP); “Limiar”, de Coraci Ruiz (SP); “Mães do Derick” de Dê Kelm (PR);
“Meu Nome É Bagdá” de Caru Alves de Souza (SP); “Para Onde Voam as Feiticeiras”, de Eliane Caffé, Carla Caffé e Beto Amaral (SP); “Valentina” de Cássio Pereira Dos Santos (MG/DF); “Vento Seco”, de Daniel Nolasco (GO) e “Vil, Má”, de Gustavo Vinagre (SP).
Saudades da minha época de repórter do site e de cobrir o Show do gongo com a maravilhosa Marisa Orth. Este ano, será transmitido online e ao vivo no dia 16 de novembro, às 21h, direto do Centro Cultural da Diversidade. Vai ter Marisa, sim, e a transmissão será pelo YouTube.
O excelente filme 200% juizforano “Santaterror”, de Bruna Provazi, fala sobre a arte contestadora, punk e totalmente fora das caixinha e da casinha da Raíssa Coiota, que participou das performances pornoterroristas que chocaram o País na visita do Papa Francisco ao Rio. O filme tem a sensibilidade de nos fazer entender tudo isso. Mesmo. Tive a honra de assistir no nosso Festival Primeiro Plano, no ano passado, com direito a after com as duas com cerveja, acompanhando Raíssa xingando a playboyzada nos bares de São Mateus, Iconic. Conheço a moça desde que ela era criança. Fiquei fã. Um beijo, meu amor 😉 O filme passa na mostra Curtas: Identidade & Política, entre os dias 12 e 21, na plataforma: InnSae.
Os filmes poderão ser assistidos pelas plataformas digitais Innsaei, Sesc Digital e Spcine Play.
O Circo Voador no Ar, exibe shows de Metá Metá, na sexta, e BNegão e os seletores de frequência, no sábado, sempre às 22h. Eita nave querida. Aproveita que é o penúltimo final de semana. E as lives do finde? Hoje, sexta, 6, tem Bixiga 70, 19h, e Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, 20h30. No sábado, tem Aláfia, 19h. No domingo, 20h30, tem Getúlio Abelha.
Domingo, dia 8, às 11h, a Orquestra Ouro Preto que eu gosto faz concerto dedicado à música dos grandes clássicos do cinema. A transmissão será feita do Teatro Sesc Palladium. No repertório, estão as músicas que compõem o álbum “Música para Cinema”, lançado em 2017, como: “Manhã de Carnaval”, de “Orfeu Negro”; e músicas de filmes como “Tempos Modernos”, “Luzes da Ribalta”, “Casablanca”, “Central do Brasil” e mais. A Orquestra também rende homenagem a Ennio Morricone, morto este ano.
O Grupo Corpo oferece workshop online e gratuito amanhã, domingo e segunda. Na última edição, foram mais de 6 mil pessoas, ao vivo, dançando juntas. Rola de bailar sequências inspiradas nas principais obras do grupo. Se joga no cadastro para receber o acesso ao grupo de whatsapp.
Até o próximo dia 18, está rolando a primeira edição da Mostra de Cinema Polonês, na plataforma gratuita do Spcine Play. Serão apresentados 14 longas-metragens, como os inéditos “Pilsudski” (2019), sobre o movimento pela independência da Polônia, e “Diversão Pesada” (2018), que apresenta o dilema de três mulheres que lutam contra o alcoolismo.
O Festival Midrash de Teatro chega à sexta edição em versão mais enxuta e on-line. Até o dia 12, mais de 20 peças são apresentadas em transmissões ao vivo, sempre de domingo a quinta-feira. Os ingressos são vendidos pelo Sympla e têm valores, a partir de R$ 20, revertidos para atores e técnicos. A curadoria é de Clarice Niskier, Júlio Adrião e Isio Ghelman.